A Educação Intercultural
Por: Gleison Oliveira Campos • 24/9/2018 • Relatório de pesquisa • 381 Palavras (2 Páginas) • 175 Visualizações
A educação intercultural pretende promover o reconhecimento e a valorização da diversidade como oportunidade e como fonte de aprendizagem para todos, no respeito pela multiculturalidade das sociedades atuais, bem como desenvolver a capacidade de comunicar e incentivar a interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença comum à humanidade. A educação intercultural, no contexto das lutas sociais contra os processos crescentes de exclusão social inerentes à globalização econômica, propõe o desenvolvimento de estratégias que promovam a construção de identidades particulares e o reconhecimento das diferenças, ao mesmo tempo em que sustentem a inter-relação crítica e solidária entre diferentes grupos. Partindo da questão; “culturas diferentes podem conversar entre si?”, este artigo apresenta uma conceituação operacional de educação intercultural, elaborada a partir dos estudos desenvolvidos na Europa. Verifica a necessidade de se recolocar a proposta de educação intercultural, considerando a especificidade da formação das identidades culturais e dos processos de integração interétnica no Brasil. E propõe uma perspectiva epistemológica da complexidade, com base nas premissas de Gregory Bateson, para compreender e para orientar o desenvolvimento de contextos educativos que promovam a articulação entre diferentes contextos subjetivos, sociais e culturais. O grande desafi o da escola prevê um trabalho com a diversidade, ou seja, uma escola que se proponha a atuar de forma ativa com a heterogeneidade, que caminhe na perspectiva do diálogo, que
considere relevante o ‘outro’, que valorize o diferente.
É possível constatar um avanço, na
escola atual, no que diz respeito a essa
temática, uma vez que já se percebe a presença de discussões acerca de gênero, sexualidade, relações étnico-raciais, tensões entre igualdade e diferenças e Direitos
Humanos. Mas, para que se construa
essa escola que seja, de fato, realizadora/promotora de uma educação intercultural, muitos desafi os deverão ser vencidos.
Para enfrentar esses desafios, tanto
a escola, instituição social e local de tra-
balho do professor, como o próprio pro-
fessor, ao realizar seu trabalho, deverão
fortalecer os diálogos e as negociações
no sentido de viabilizar a compreensão e o entendimento do processo de construção das diferenças dentro da diversidade cultural presentes em sociedades plurais, na tentativa de superar preconceitos culturais, além da apropriação das reivindicações e das lutas por reconhecimento da diferença e da cultura empreendida pelos movimentos sociais e, principalmente,
(re)conhecer o ‘outro’ e respeitá-lo como
sujeito nesse espaço intercultural.
...