A Educação Popular
Por: Derel • 27/5/2018 • Trabalho acadêmico • 892 Palavras (4 Páginas) • 138 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CED-CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA-MANHA-7-SEMESTRE
PROFESSORA: DORINHA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO POPULAR
ALUNO: MAYAMIA FIGUEIREDO
TRABALHO DE CAMPO
Compreender a educação popular e suas bases norteadoras exigem de nós muito além de um olhar teórico e analítico do universo freiriano, em sua extensa bibliografia. Exigem principalmente participação nas ações que a desenvolvem na prática, analisando e reconhecendo as inúmeras barreiras que ainda dificultam o processo de emancipação do homem pela educação, seja em quaisquer contextos: na escola, nos projetos sociais, nas comunidades religiosas, abrigos e na comunidade.
Diante dessa necessidade, a presente pesquisa de campo estabelece fortes e significativos diálogos entre as concepções da educação popular e seus desafios para uma transformação social efetiva, onde o sujeito tenha voz e vez na sociedade como um ser não passivo dos processos de construção do mundo, mas ativo e crítico das mudanças globais. Essa educação popular se dá não somente no ambiente escolar visto que ela se volta aos interesses sociais como um todo, e se concebe como instrumento de fortalecimento das classes populares que sofrem a desumanização de qualquer elemento opressor. A educação popular se volta assim para atender a sociedade em comum, um exemplo são os projetos comunitários que, através da educação transformam a realidade social dos bairros e que são necessários instrumentos de garantia dos direitos até a redução do índice de violência.
O projeto de minha análise está localizado no bairro onde moro, o Carlito Pamplona zona periférica do estado, chama-se “Construindo Pontes” e funciona na paróquia do bairro N.S. do Perpetuo Socorro todas as terças-feiras das 18:00 as 20:00. Nas minhas investigações sobre algum projeto de educação do bairro, descobri que só existe este e não é muito divulgado. Se trata, pois, de um dos projetos ofertados pela paroquia (existem vários que atendem a comunidade: assistência psicológica, massagem, dança, teatro, curso de costura) e especificamente se refere a educação de crianças que não tem condição de pagar um curso de reforço têm dificuldades principalmente na leitura.
A iniciativa é recente (1 ano) e surgiu pela necessidade de ajudar essas crianças carentes que possuíam alto nível de evasão escolar e atraso etário. No começo a ideia funcionou: havia um número de 7 alunos em uma turma, todos com faixa etária de 6 a 14 anos, porém, em menos de 1 mês do início do projeto a turma contava com um número de apenas 3 alunos. Hoje, estão participando 2 alunos um com 13 anos cursando 7° ano ótimo leitor, porém apresenta dificuldade na escrita, adora o curso e vai todos os dias. O outro aluno iniciou recentemente e tem 9 anos, ainda no 2° ano de uma rede particular que, por não incetiva-lo o torna inseguro no seu processo de aprendizagem. Dois desafios que Alexandra, a professora do curso enfrenta e se doa com o objetivo de segundo ela, conscientizar a eles, a família e a comunidade em geral, que eles podem sim aprender e serem sujeitos de sua vida, para isso devem compreender a necessidade deste espaço formador na transformação de realidades, apropriando-se deste espaço social e assim tendo mais confiança em si e no outro como parceiro e não dominador.
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