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A FILOSOFIA EDUCACIONAL DE PAULO FREIRE

Por:   •  30/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.407 Palavras (18 Páginas)  •  297 Visualizações

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2.1 A FILOSOFIA EDUCACIONAL DE PAULO FREIRE

Para Paulo Freire, no primeiro capítulo do seu livro, Pedagogia do Oprimido, ele trouxe uma ideia de que o real problema da sociedade era a desumanização. Mesmo em um ambiente de liberdade, não havia respeito, não eram tratados de igual pra igual.

A desumanização é um fato concreto da história da humanidade. Não eram apenas aqueles que tinham sua humanidade roubada, mas também aqueles que roubavam de si mesmo.

É um educador marxista , tem uma visão de uma sociedade desigual, é o que encontramos entre o opressor e o oprimido.

Freire contribuiu muito para educação brasileira, atuando mesmo depois de sua morte, e continua até hoje. Sua causa defendeu na obra Pedagogia do Oprimido, o que o faz um dos maiores educadores críticos desse século. Sua obra é viva, e filosófica, pois tem o objetivo de buscar permanentemente do conhecimento.

Seu método foi de grande significado e auxiliou na formação e alfabetização de jovens e adultos. A alfabetização é aprender a dizer a sua palavra, ou seja aprender a falar por si mesmo.

O oprimido deve ser reconhecido nessa situação, pra que se possa promover uma mudança, ele deve buscar a mudança.

O objetivo é desconstituir esse processo de desumanização e tornar a sociedade humanizada. Ele acha que o oprimido, pode ser o restaurador dessa sociedade. Ninguém deve se impor pra isso, deve haver outros métodos para se restaurar isso, acabar com essa desigualdade social.

Desenvolveu métodos, nos quais ele queria trabalhar, diante aos opressores e oprimidos. Fazendo uma revolução, no comportamento dos opressores, mas o medo é que acabe gerando ainda mais destes. Precisa ser um trabalho cuidadoso, de ambas as partes. Essa transformação não pode ser um ato isolado, deve acontecer em sociedade.

O opressor se acha o “ser mais”, um desumanizado, e o oprimido, o “ser menos”, o opressor se impõe sobre o oprimido. Para que isso mude é preciso que o oprimido se reconheça nessa situação e busque a manutenção dos seus interesses e de poder. “Pois ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão” (FREIRE, 1987, p. 52). Esta descoberta deve ser associada de ação e reflexão e não de mero ativismo. Isso contribui para a restauração da desumanização e tornar a sociedade humanizada.

Os opressores se fazem de generosos, para enganar os oprimidos. Oferecem uma falsa caridade. O interesse é mudar isso. Restaurar a generosidade verdadeira, e acaba com a generosidade com segundas intenções.

O que quer dizer que o oprimido, “hospeda” o opressor em si? Sim, deixa que o opressor tenha poder sobre ele.

Os opressores e oprimidos nada mais são, que os mais favorecidos e menos favorecidos na sociedade. Os opressores só querem ter mais, e cada vez mais, não se preocupando com os oprimidos.

Os opressores usam de seus poderes para aproximar-se dos oprimidos e fazerem com que pensem que são bons e os falsos generosos, sem certificar-se da injustiça feita a eles. Os oprimidos esquecem de lutar pela sua humanização.

Tanto opressores quanto oprimidos, tem dificuldade de se libertar, muitas das vezes uma fala pelo outro. A libertação e transformação, acontecera somente quando cada um se libertar do opressor, entendendo que a mudança começa dentro de cada um, esta libertação é chamada de Práxis. É muito essencial entre os opressores contra os oprimidos, ajuda a orientar em uma ação tendo como objetivo a superação.

E esta luta somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscar recuperar sua humanidade, que é uma forma de cria-la, não se sentem idealistamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos. (FREIRE, 1987, p. 16).

Para Paulo Freire, em seu livro, as mudanças tem que ser de ambas as partes, tanto da parte do poder estatal quanto da parte social, a intenção é que deve ser uma ação cultural. Ele acreditava na mudança do ser humano, até quando estavam sobre uma situação de exploração e domínio dos opressores. “Somente os oprimidos libertando-se, podem libertar os opressores” (FREIRE, 1987, p. 24), apesar disso, eles precisam dos oprimidos para existirem e estarem no poder. O que nos leva a pensar que a mudança é então necessária.

Através de sua obra Freire indaga a respeito do ato de ensinar, o que vai muito além de uma troca de conhecimentos. A relação entre professor e aluno é fundamental, quando é feita de modo correto, mas passa a ser algo que causa danos quando apenas o professor fala e o aluno apenas ouve, ou como citado em sua obra, educandos sendo como vasilhas onde são depositados informações e conhecimentos do educador. Ele sendo o que se julga sábia, o que tem posse única do saber e o aluno sendo totalmente o oposto.

A “educação bancária” é rigorosamente tachada por ele como didática inconveniente, não deixa que o aluno pense sozinho, não tem sua própria visão de mundo, são impostos assuntos, conteúdos, devem agir passivamente, sem rejeitar. Dessa forma não há espaço para questionamentos e duvidas. Essa concepção é chamada por ele de opressora, e pode ser definida como egoísta. Procuravam manipular os sujeitos para a vida em sociedade e acabavam os tornando sujeitos sem opinião. No entanto Paulo Freire mostra que concepção bancária pode cedo ou tarde entrar em conflito com a própria natureza humana. Enfatiza que a comunicação dá sentido à vida humana, enfatiza também que para uma sociedade ser liberta não pode haver a prática “bancária” pois ela vai num sentido oposto a autonomia. Por essa razão não podemos nos calar e consentir com a educação como algo que nos é imposto, e deixar com que nos trate como pessoas vazias e agir como se fossem um recipiente que precisa se encher. A educação libertadora vem como uma solução, ela diminui o problema de uma educação dominadora, e serve como arma contra a tão criticada educação bancária. A escola tende a ser uma instituição opressora, onde os educadores tratam os alunos como incapazes de produzir conhecimento. Os educandos devem compreender que são um ser social. Então se colocando nesse papel, jamais estará no lugar do oprimido. Deve fazer uma troca de experiência e informação. É um processo coletivo onde deve haver diálogo, para que seja saudável, para que ambos valorizem os conhecimentos do outro. Transformamos a realidade nos comunicando e sendo elementos fundamentais para a busca de libertação.

A chamada educação problematizada, mencionada por Freire só é possível por meio

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