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A INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  28/6/2019  •  Monografia  •  3.642 Palavras (15 Páginas)  •  400 Visualizações

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A INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

BENDER, GABRIELA DOS SANTOS

- LINHA DE PESQUISA

ÁREA: Cultura, Tecnologia e Aprendizagem.

SUBÁREAS:

Prática docente (docência).

        Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, discorre os mecanismos de inclusão na Educação Infantil, considerando a legislação vigente, as práticas pedagógicas alinhadas ao currículo e aos referencias de Educação, assim como a necessidade de atendimento das necessidades educacionais de crianças com deficiência em situações concretas de ensino e aprendizagem. Desse modo, há dois aspectos fundamentais para subsidiar a proposta:

- PROBLEMATIZAÇÃO

Quais as práticas pedagógicas necessárias para materializar as políticas públicas de inclusão, na Educação Infantil, em escolas de ensino regular?

- HIPÓTESE.

        A primeira hipótese a ser investigada ao longo desta pesquisa é que há estudantes excluídos do convívio e/ou dos processos de interação social em suas comunidades, ou seja, família, escola e entornos. Logo, infere-se que os mecanismos de exclusão estão intimamente ligados ao conhecimento dos indivíduos, inclusive do corpo docente. Mas os professores precisam de suporte docente, como, por exemplo, material didático adaptado às deficiências e ao capital humano de apoio: auxiliar de educação; cuidador e intérprete de libras são elementos fundamentais à eficiência da mediação inclusiva. Conforme MANTOAN (1997):

Estou convicta de que todos nós, professores, sabemos que é preciso expulsar a exclusão de nossas escolas e mesmo de fora delas e que os desafios são necessários, a fim de que possamos avançar, progredir, evoluir em nossos empreendimentos. E fácil receber os “alunos que aprendem apesar da escola” e é mais fácil ainda encaminhar, para as classes e escolas especiais, os que têm dificuldades de aprendizagem e, sendo ou não deficientes, para os programas de reforço e aceleração. Por meio dessas válvulas de escape, continuamos a discriminar os alunos que não damos conta de ensinar. Estamos habituados a repassar nossos problemas para outros colegas, os “especializados” e, assim, não recai sobre nossos ombros o peso de nossas limitações profissionais. (MANTOAN, 1997, p.17).

                A segunda hipótese é que o capital humano da escola, ou seja: docentes, gestores, técnicos - administrativos e apoio precisam de capacitação. Nesse sentido, o suporte de instituições como, por exemplo, a Associação dos Amigos e Pais dos Excepcionais – APAE são estratégias para preparar os profissionais ligados à área de Educação em situações concretas da intervenção inclusiva.

A escola tem por finalidade instituir os cenários políticos e pedagógicos para permitir o acesso ao conhecimento, empreendendo “[...] esforços permanentes de universalização da cultura”. (MEIRIEU, 2002, p. 175) Nesse sentido, faz-se necessário buscar a escola concreta, onde habitam alunos(as), professores(as), profissionais em ações pedagógicas; a escola, onde, na atualidade, se coloca o princípio ético da inclusão escolar. Para tal, fazem-se necessárias reflexões sobre a educabilidade, processos de inclusão-exclusão, políticas educacionais, condições de aprendizagem, dentre tantas outras (MIRANDA & FILHO, 2012, 20).

Diante do exposto,  por meio das referências pesquisadas e dos trabalhos da base da Scielo, persegue-se direcionamentos para a discussão sobre  o problema e as hipóteses por hora apresentadas. Leva-se em conta a necessidade de problematizar alguns posicionamentos sobre a temática, como, por exemplo, a recorrente associação entre inclusão de estudantes e capacitação de docentes.

- JUSTIFICATIVA

        Esta pesquisa surgiu das discussões e observações, sobre questões inclusivas, problematizadas em sala de aula durante o curso de graduação. Tais contribuições incentivaram a investigação dos processos inclusivos durante a Educação Infantil.

Em tal sentido, ao relacionar as leis e os documentos favoráveis ao pleno acesso da criança com deficiência no ensino regular, como medida inclusiva, destacam-se também diretrizes acerca das práticas pedagógicas que regulam a aplicabilidade das políticas públicas de inclusão. De acordo com MIRANDA & FILHO (2012, p. 35):

No tocante à formação de recursos humanos para atuação na escola regular com alunos com deficiência e outras necessidades educacionais especiais, o Ministério da Educação deu início, em 2003, ao Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, promovido pela Secretaria de Educação Especial, visando: disseminar a política de Educação Inclusiva nos municípios, em todo país; apoiar a formação de gestores e educadores para efetivar a transformação dos sistemas educacionais inclusivos. Fundamenta- -se no seguinte princípio: garantia do direito dos alunos com necessidades educacionais especiais de acesso e permanência, com qualidade, na escola regular de ensino. (BRASIL, 2006).

Salienta-se que o problema e as hipóteses supracitadas estão intimamente ligados às perguntas apresentadas por este trabalho com base em outras pesquisas realizadas acerca do tema, conforme cita - se na introdução e nas referências bibliográficas da presente proposta.    

A inclusão apresenta inúmeras vantagens (PECK; ODOM; BRICKER, 1993), como nos mostra a investigação realizada nas últimas duas décadas. São diversos os estudos que apresentam claras vantagens da dita Escola para Todos, sendo que o impacto parece ser bastante positivo para os diversos intervenientes neste processo, nomeadamente as crianças com necessidades especiais e respectivas famílias e as crianças com desenvolvimento “dito normal” e suas famílias. Quanto aos benefícios para as crianças e jovens ditos “normais” Staub e Peck (1995 apud TANNER; LINSCOTT; GALLIS, 1996) referem a redução das atitudes de receio relativamente às diferenças humanas, o desenvolvimento de princípios pessoais e de relações de amizade calorosas, a melhoria no auto-conceito, e ainda a melhoria na cognição social (BRANDÃO & FERREIRA, 2013, 488).

A partir de tais inferências, pressupõe-se que alguns fatores como: origem, cultura, situação socioeconômica elementos de ordem histórica, biológica e social, atuam em um campo de forças que se retroalimentam. Consequentemente, esses aspectos dialogam com o desenvolvimento dos estudantes com e sem deficiência, no que diz respeito às competências a serem desenvolvidas no âmbito escolar: aquisição da escrita, por exemplo.

- OBJETIVO GERAL

Estudar estratégias que viabilizam a inclusão, no ensino regular de crianças com deficiência intelectual, na Educação Infantil.

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