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A Inclusão Na Escola Regular de Educação Infantil

Por:   •  19/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.678 Palavras (23 Páginas)  •  145 Visualizações

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A INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

BENDER, Gabriela dos Santos1

    Orientador: GRACILIANO, Eliana Claudia2

RESUMO

Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, discorre os mecanismos de inclusão na Educação Infantil, considerando a legislação vigente, as práticas pedagógicas alinhadas ao currículo e aos referencias de Educação, assim como a necessidade de atendimento das necessidades educacionais de crianças com deficiência em situações concretas de ensino e aprendizagem. Estudar estratégias que viabilizam a inclusão, no ensino regular de crianças com deficiência intelectual, na Educação Infantil, trata-se do objetivo geral deste trabalho. Sobre os objetivos específicos, o primeiro é compreender as demandas de crianças com deficiência na Educação Infantil.  O segundo objetivo específico é estudar as contribuições de pesquisas da base da Scielo acerca do tema em análise. No que se refere à metodologia, recorre-se a pesquisa de revisão bibliográfica fundamentada pela base da Scielo.

Palavras-Chave: INCLUSÃO. ESCOLA REGULAR. DEFICIÊNCIA. EDUCAÇÃO INFANTIL.

  1. Formada em língua inglesa pela YES Idiomas. Estudante de Pedagogia pela Faculdade Educacional da Lapa, polo Não Me Toque/RS
  2. Pedagoga, Psicopedagoga e Mestre em Educação: Foco de pesquisa: Educação básica, teoria e prática, didática e metodologia do ensino. Doutoranda em Educação pela Federal de São Carlos/SP.

INTRODUÇÃO

Este artigo de natureza bibliográfica aborda a Inclusão na Escola Regular de Educação Infantil, tendo como viés as premissas envolvidas em tal contexto. Desse modo, apresenta - se o problema a ser perseguido ao longo deste trabalho: Quais as práticas pedagógicas necessárias para materializar as políticas públicas de inclusão, na Educação Infantil, em escolas de ensino regular?

Deve - se citar que para nortear as possíves respostas ao problema supracitado, recorre – se a algumas hipóteses. A primeira hipótese a ser investigada ao longo desta pesquisa é que há estudantes excluídos do convívio e/ou dos processos de interação social em suas comunidades, ou seja, família, escola e entornos. Logo, infere-se que os mecanismos de exclusão estão intimamente ligados ao conhecimento dos indivíduos, inclusive do corpo docente.

Sobre a segunda hipótese, discute-se  a necessidade que o corpo docente tem de suporte para o pleno exercício de uma educação inclusiva. Assim, material didático adaptado às deficiências e  capital humano: auxiliar de educação; cuidador e intérprete de lLbras são norteadores das práticas  inclusivas.

Faz- se necessário dizer que o objetivo geral desta pequisa éé estudar as estratégias que viabilizam a inclusão, no ensino regular de crianças com deficiência intelectual, na Educação Infantil. Sobre os objetivos específicos, o primeiro é compreender as demandas de crianças com deficiência na Educação Infantil.  O segundo objetivo específico é estudar as contribuições de pesquisas da base da Scielo acerca do tema em análise.

Sobre a metodologia, opta - se pela pesquisa de revisão bibliográfica fundamentada pela base da Scielo e estruturada por meio de um corpus dividido em partes. Na primeira parte, apresenta -se as principais ideias da pesquisa. Na segunda parte, aborda-se o problema proposto pelo trabalho: Quais as práticas pedagógicas necessárias para materializar as políticas públicas de inclusão, na Educação Infantil, em escolas de ensino regular?E por fim, as considerações finais, discutem os resultados alcançados com a pesquisa.    

  1. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INCLUSÃO EM ESCOLAS REGULARES

O ponto de partida para responder ao problema proposto, ou seja, Quais as práticas pedagógicas necessárias para materializar as políticas públicas de inclusão, na Educação Infantil, em escolas de ensino regular?;é justamente iniciar  a discussão por meio da trajetória do processo de inclusão em escolas  regulares.

Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de Ensino (MEC/SECADI Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2012, p.14).

Nota – se que ao citar a inclusão de estudantes com deficiência na rede regular de Ensino, na verdade, cita-se um processo de inclusão social da pessoa com deficiência, posto que a escola, em virtude do caráter comunitário, exerce um papel fundamental, no que se refere a práticas inclusivas.

Até porque, a escola recebe estudantes de diferentes culturas, media e difunde conhecimento e intercambia o desenvolvimento de diferentes grupos sociais, o que está intimamente ligado ao entendimento da diversidade e da adaptação às diferenças.

No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff(MEC/SECADI Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2012, p.14).

A partir de tais reflexões, a participação social da escola em processo inclusive, desde a assimilação de nomenclaturas  como: pessoa com deficiência, denominação definida durante a Declaração de Salamanca (1994),  em lugar de pessoa especiais. Bem como, conforme GABRILLE (2008) doença mental e deficiência intellectual.

Quando falamos de deficiência intelectual é comum as pessoas fazerem uma relação imediata com a doença mental. Não se engane, pois não é. A doença mental configura-se pela alteração da percepção individual e da realidade, o que, nem sempre, acontece com pessoas com déficit intelectual, as quais não apresentam sintomas patológicos verificados nas doenças mentais como as neuroses graves, psicoses agudas ou casos de demência. Portanto, a primeira regra de relacionamento com pessoas com deficiência intelectual é: não tratá-las como doentes. Isso pode prejudicar os processos de mediações, trazendo sérias consequências ao seu desenvolvimento. Não podemos esquecer que elas são saudáveis (GABRILLI,2008, p.20).

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