A INTERDISCIPLINARIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Por: jakelinen • 16/9/2017 • Artigo • 1.745 Palavras (7 Páginas) • 597 Visualizações
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DALVA REGINA PASCOA NICOLETE
INTERDISCIPLINARIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2016
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DALVA REGINA PASCOA NICOLETE
INTERDISCIPLINARIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Artigo científico apresentado à Universidade Candido Mendes- UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Alfabetização e Letramento.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2016
INTERDISCIPLINARIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Dalva Regina Pascoa Nicolete
RESUMO
Este artigo fala sobre interdisciplinaridade e realizou-se uma pesquisa bibliográfica procurando enfatizar a utilização da interdisciplinaridade na alfabetização, que é uma forma de integração dos conteúdos das disciplinas com todas as áreas de conhecimento mesmo as aparentemente distintas e logo nos primeiros anos de alfabetização e conhecimento de mundo de uma criança.
Palavras-chave:Integração. Disciplinas. Conteúdos.
Introdução
O presente trabalho tem como tema a utilização da interdisciplinaridade nas formas de trabalho em sala de aula para interação das disciplinas e seus conteúdos com das diferentes áreas de conhecimento.
A interdisciplinaridade começou a ser abordada no Brasil a partir da Lei das Diretrizes e Bases N 5.692/71 e também com a LDB Nº 9.394/96, vem se tornando cada vez mais presente no discurso e na prática com grande influência na legislação e nas propostas curriculares.
Apesar das propostas e esforços, ainda é pouco conhecida e compartilhada.
Questões a serem norteadas:
- È possível a interação entre disciplinas distintas mesmo no início do processo de alfabetização?
- Produz um saber reflexivo e crítico e valoriza o processo ensino-aprendizagem?
Segundo Libâneo (1994), o processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos alunos, ou seja, o professor dirige o estudo das matérias e assim, os alunos atingem progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais. É importante ressaltar que o direcionamento do processo de ensino necessita do conhecimento dos princípios e diretrizes, métodos, procedimentos e outras formas organizativas.
Desenvolvimento
Utilizar situações reais é o caminho mais seguro para fazer relação entre as disciplinas, aplicar na prática o conteúdo aprendido nos livros didáticos dá sentido aos estudos, estimula a pesquisa e aguça a curiosidade e vontade de ir a detalhes e entender que o mundo não é disciplinar.
Os temas trabalhados devem ser bem delimitados e nenhum tema deve deixar de ser abordado por falta de conhecimento do professor, não há problema algum em dizer que não sabe á respeito do assunto e que vai pesquisar junto aos alunos.
Esclarecendo que não basta falar sobre o mesmo assunto nas diferentes disciplinas, isto é multidisciplinaridade, é preciso interliga-las e para tanto a união dos mestres no tema abordado se torna indispensável.
Segundo FAZENDA (1999, p. 66): “a indefinição sobre interdisciplinaridade origina-se ainda dos equívocos sobre o conceito de disciplina”. A polêmica sobre disciplina e interdisciplinaridade possibilita uma abordagem pragmática em que a ação passa a ser o ponto de convergência entre o fazer e o pensar interdisciplinar. É preciso estabelecer uma relação de interação entre as disciplinas, que seriam a marca fundamental das relações interdisciplinares.
A organização disciplinar foi instiuída no século XIX, notamente com a formação das universidades modernas; desenvolveu-se, depois, no século XX, com o impulso dado à pesquisa científica; isto significa que as disciplinas têm uma história: nascimento, institucionalização, evolução, esgotamento, etc; essa história está inscrita na da Universidade, que, por sua vez, está inscrita na história da sociedade; MORIN ( 2002 , p. 105 )
Para que haja letramento no processo de alfabetização se faz necessário um trabalho interdisciplinar, a criança precisa se apropriar de usos sociais da escrita ler para produzir bons textos e o trabalho interdisciplinar vai ajuda-la a ter conhecimentos além da Língua Portuguesa, favorecendo uma compreensão mais complexa e uma formação mais critica.
É uma proposta que exige interação entre duas ou mais disciplinas, o que resultará em intercomunicação e enriquecimento recíproco e, consequentemente, em uma transformação das metodologias de pesquisa, em uma modificação de conceitos, de terminologias fundamentais etc. Entre as diferentes matérias ocorrem intercâmbios mútuos e recíprocas integrações; existe um equilíbrio de forças nas relações estabelecidas (SANTOMÉ, 1998, p. 63).
Também não se pode perder de vista que a prática interdisciplinar necessita de “pedagogia apropriada, processo integrador, mudança institucional e relação entre disciplinaridade e interdisciplinaridade” (KLEIN, 2001, p. 110). Assim, acreditamos que a mudança de atitude para um trabalho interdisciplinar virá com o compromisso pactuado, integrando todas as dimensões de ensino: a pedagógica; a política; e a institucional (ANDRÉ, 2005).
Incorporar este conceito em sala de aula requer a saída da zona de conforto do professor de articular área de ensino, é preciso considerar o todo, sem fragmentação excessiva e aprofundando conhecimentos em suas especificidades.
Crianças compreendem linguagem antes de serem alfabetizadas, o que a alfabetização traz de específico é compreensão da linguagem e capacidade de identificar e produzir a forma gráfica das palavras, lemos para compreender mas nem sempre saber ler nos leva a compreender, é preciso interpretar o que se lê, alfabetizar a partir de textos que abordem as mais diversas matérias podem ajudar a acelerar o processo de desenvolvimento da linguagem e na formação do leitor crítico.
As diferenças entre as crianças que chegam à escola, precisa ser observada pelo professor, algumas mais estimuladas em seu ambiente familiar, outras menos, umas com vocabulário mais rico, outras menos, construir o conhecimento destas crianças através da linguagem verbal e escrita deverá ser feita através de atividades ricas, prazerosas e desafiadoras com oportunidades para interagir e trocar conhecimentos. É o sujeito que, segundo Piajet, procura ativamente compreender o mundo que o cerca, buscando as interrogações que este mundo lhe propõe.
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