A Importância da Afetividade no Processo Ensino Aprendizagem
Por: varanzinha • 29/11/2017 • Artigo • 5.082 Palavras (21 Páginas) • 426 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Ivany Ribeiro
RA: 910213597
RESUMO:
O artigo trata da importância do desenvolvimento da afetividade paralelamente ao desenvolvimento cognitivo nas escolas, mostrando por meio das teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, como estão intimamente relacionados. Como também da relação estabelecida entre a afetividade e o processo de ensino e aprendizagem, e sua relação que está inteiramente ligada ao desenvolvimento do aluno. Mostrando a responsabilidade dos educadores em contribuir na formação da personalidade da criança.
Oferece contribuições para que o professor desenvolva uma relação de afeto com seus alunos e discute a necessidade de atenção a essa dimensão em sala de aula.
A questão da afetividade tem sido bastante discutida por professores, pais e educadores em que é percebida a importância da afetividade no processo de ensino e aprendizagem. Mas o que é afetividade?
Segundo Ferreira (1999, p. 62) afetividade significa:
Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
Uma educação entre professores e alunos que não aborde a emoção na sala de aula como a afetividade traz prejuízos para a ação pedagógica, pois podem atingir não só o professor, mas também o aluno. E se o professor não souber lidar com crises emocionais isso poderá provocar desgastes físicos e psicológicos.
Para fazermos essa relação da afetividade com o processo de ensino e aprendizagem, vamos falar sobre o desenvolvimento da criança através da interação infantil, pois o professor competente poderá organizar uma ação adequada para as reais necessidades dos seus alunos.
Palavras chave: Aprendizagem. Afetividade. Cognição. Ensino. Família-escola.
INTRODUÇÃO
A emoção nas relações humanas surge a passos lentos, mas significativos, diante das novas teorias científicas e do advento da evolução tecnológica. A educação é alertada quanto ao seu sentido socializador frente aos novos tempos informacionais e de novos valores morais sociais, tanto no âmbito da escola como no da família. Especialmente a neurologia e psicologia vêm empreendendo uma chamada às pesquisas educacionais, com ênfase na educação emocional, permeada pela interação dos sujeitos com afetividade, segurança, compreensão e alteridade, dentre outros.
O objetivo deste artigo é compreender e identificar essa importância da afetividade no processo ensino-aprendizagem, relatando a possibilidade de progressivamente envolver os sentimentos para uma aprendizagem mais interessante e significativa junto a real função da escola no processo ensino-aprendizagem e relacionando o desenvolvimento cognitivo e afetivo.
A escola, vista como um espaço em que os educando diariamente permanecem parte de seu tempo precisa de carinho, afeto e atenção às crianças. É um espaço de interação entre as pessoas no qual o professor tem por meta representar, de maneira afetiva e interativa, os conteúdos escolares de acordo com a realidade do educando. Portanto, falar sobre a relação professor-aluno dentro da sala de aula é falar sobre estratégias de se promover o processo ensino-aprendizagem.
A importância da afetividade na aprendizagem escolar, por sua vez, não depende somente do professor, mas sim de toda uma equipe de trabalho da instituição.
É preciso saber tomar decisões em conjunto, trabalhar em parceria, integrar o grupo buscando alternativas conjuntas que sejam sustentadas por um projeto político-pedagógico. As relações entre a comunidade escolar devem ser permeadas pelo afeto na certeza de construir um novo modo de relacionar-se, ou seja, com mais carinho e compreensão. Tudo influencia o desenvolvimento afetivo e cognitivo, até mesmo a organização da sala de aula.
A sala de aula precisa ser um lugar bonito e aconchegante. O tempo e o espaço escolar podem ser reorientados para superar a rotina e a rigidez dos horários fixos, por exemplo.
Objetivos
- Intervir junto à família e ao educador sobre a importância de valorizar o lado afetivo do educando, buscando compreender suas dificuldades e anseios.
- Discutir a temática junto a toda equipe escolar: discente, docente e funcionários.
- Proporcionar condições para reuniões com debates, leitura de textos reflexivos, vídeos, dinâmicas, palestras e ressaltar aos pais seu valor na participação da vida escolar de seu filho e no processo de ensino-aprendizagem.
Justificativa
As ciências da Educação e a Psicologia têm dado uma progressiva atenção aos estudos da afetividade na formação da auto-estima dos alunos. Neste texto, pretendo discutir de que forma a relação afetiva entre professor e aluno pode ajudar os alunos a desenvolverem atitudes e pensamentos positivos que estariam contribuindo na sua auto-estima, através da valorização deste relacionamento em sala de aula. Falar em afetividade e auto-estima é acreditar em uma educação com relevância social e, logo, em uma escola construída a partir de respeito, compreensão e autonomia de idéias. Uma vez que se pretende formar cidadãos honestos responsáveis, a formação da auto-estima é fundamental para qualquer indivíduo.
Sendo assim, a escolha deste tema visa uma contribuição para fomentar maior discussão e interesse dos pedagogos que, assim como eu, acreditam no sucesso escolar tendo como princípio básico a afetividade em sua relação educacional e, conseqüentemente, contribuindo para uma auto-estima positiva. Nesta perspectiva, demonstrarei que, podemos construir um ambiente escolar pautado no respeito, favorecendo a construção da auto-estima que está intimamente ligada à afetividade.
Ao lidar com os problemas da educação nos dias de hoje, os especialistas afirmam que devem concentrar-se em um processo essencial: o estímulo e o reforço da auto-estima das crianças, pois os estudos avaliam que a importância da auto-estima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústia da alma.
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