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A Importância Do Lúdico No Contexto Da Educação Especial

Por:   •  25/2/2023  •  Relatório de pesquisa  •  4.458 Palavras (18 Páginas)  •  114 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

                   [1]Jakeline Vicente 1Yasmym Camelo [2]Zilma Cardoso Barros Soares

RESUMO

Palavras chave: Aluno. Aprendizagem. Inclusão. Lúdico.

        

INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso destaca a importância do lúdico para o beneficiamento da inclusão escolar e o desenvolvimento dos alunos especiais na escola regular. Brincando, a criança tem a chance de se relacionar, pois participando de brincadeiras ela se socializa. O brincar é agradável para toda criança e insere os alunos com necessidades especiais no contexto escolar, transformando o ambiente escolar em um lugar prazeroso, benéfico para a inclusão. A criança deve descobrir e construir por si mesma os significados por meio de jogos e brincadeiras.

O professor precisa propiciar um ambiente agradável, e recursos que apresentam situações desafiadoras, incentivando perguntas e respostas, instigando a criatividade e a descoberta de acordo com a necessidade de cada criança. É relevante ressaltar a função do brincar na socialização do desenvolvimento de todas as crianças na escola, não só das crianças com necessidades especiais.

Em um dos artigos da Constituição Federal de 1988, ela proporciona a inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino, assegurando-lhes o direito à educação de modo igual como todo cidadão. Em várias escolas brasileiras, o atendimento para os alunos com necessidades educativas especiais, mesmo sendo garantidos por lei, não é ofertado por causa da falta de recursos pedagógicos, por falta também de sensibilidade e, as vezes por motivo da resistência de muitos professores que não se acham preparados para trabalhar com essas crianças na rede regular de ensino.

A declaração da Salamanca discute os Princípios, a Política e a Prática em Educação Especial.  Foi formada a partir da Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), e incluiu a questão do atendimento especial nas escolas regulares para as crianças com necessidades educativas especiais.

Norteou o trabalho como o lúdico pode ajudar no desenvolvimento educacional de um aluno especial? Justificou-se a utilizar brinquedos e jogos em salas de aula, almejando obter momentos de brincadeira, é algo que nem sempre foi permitido. Ao ver a criança apenas como um ser disciplinado para receber conhecimentos, é difícil relacionar o jogo no processo de aprendizagem, como ação livre, começado e mantido pelo aluno, simplesmente pelo prazer que o mesmo proporciona.

A Declaração de Salamanca argumenta que todas as crianças têm de estar na escola e precisam ser considerados em seus ritmos de aprendizagem, mostrando deficiência ou não. Ela preza o trabalho escolar e as relações criadas entre os alunos, argumenta sobre a dedicação educacional que deve ser direcionada aos alunos com necessidades educativas especiais, reforçando que todas as crianças, independentemente de suas características, têm direito à educação. E precisam ser reconhecidas as suas necessidades para a melhoria de seu desenvolvimento e aprendizagem.

Preconizar que todos as crianças precisam estar na escola, tendo ou não uma deficiência, a escola necessita de tomar atitudes para melhor receber essas crianças’’, e uma dessas atitudes é criar adaptações estruturais bem como curriculares. Essas adaptações proporcionaram uma ação docente que alveja à promoção e o desenvolvimento de todas as crianças, com necessidades educativas especiais ou não. A escola precisa rever o seu papel, mudar os critérios de avaliação, atividades, elaborando e sempre atualizando o seu projeto político pedagógico, de modo que contemple a sua ação como escola inclusiva.

        

5. Fundamentação teórica

A educação especial surge no Brasil na segunda metade do séc. XlX, com a implantação da primeira instituição asilar. Tratava-se de internatos e se designavam a atender pessoas com deficiências visuais e auditivas. No ano de 1854 foi criada uma dessas instituições conhecida como Instituto dos Meninos Cegos, hoje intitulado Instituto Benjamim Constant (IBC), a primeira instituição de educação especial criada na América Latina e localiza-se no Rio de Janeiro. Outra instituição criada foi o Instituto Nacional de educação de Surdos, conhecida como INES, localizada também na cidade do Rio de janeiro. Essa instituição foi fundada por Ernest Hwet, um professor surdo, francês, que veio ao Brasil a convite do Imperador D. Pedro ll para se dedicar a educação de surdos. Ele iniciou dando aula para duas crianças no Colégio Vassimon, que em 1856 passou a ser conhecido como Imperial Instituto dos Meninos Surdos-Mudos. Após cem anos de criação, 1957, começou a ser chamado de Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Ao se falar do lúdico e sua importância na humanidade, este fez parte de toda a história. Na cultura dos povos primitivos até o século VI, onde tudo era ensinado a partir da imitação, de forma que os ensinamentos eram passados de geração para geração sempre da mesma forma.  Santana (2011) explica que nesse período os jogos já existiam como forma de treinamento para a sobrevivência.

 

Durante os jogos as crianças aprendiam sobre a organização de sua própria comunidade, bem como sobre suas futuras obrigações enquanto adultos. Além disso, o brincar é apresentado como o primeiro contato com as futuras ações da vida adulta, sendo assim a brincadeira apresentava-se como uma formadora da personalidade dos indivíduos de determinada sociedade.

Passando para o período da antiguidade, sabe-se que havia uma nova forma de organização social com uma outra forma de produção econômica, isso ocorreu devido o avanço social que proporcionou o surgimento da escrita, isto promoveu o nascimento e organização das grandes cidades.

Com a sociedade urbana, surge um novo educar, as obras gregas apresentam o cenário educativo na Grécia antiga. Platão, por exemplo, explica que a partir das informações dadas pelos gregos, sabe-se que a educação na antiguidade se utilizava de jogos e brincadeiras para formar os futuros cidadãos, mas isto ocorria somente com os meninos, já que se trata de uma sociedade patriarcal, onde as mulheres não eram consideradas cidadãs.

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