A Importância da Brincadeira na Educação Infantil: Desemaranhando o ¨Mistério¨ do Bincar

A Importância da brincadeira na Educação Infantil

Desemaranhando o ¨Mistério¨ do Bincar

Nas escolas de educação infantil e de ensino fundamental existem evidencias de que o brincar geralmente é relegado a atividades, as crianças brincam apenas depois de terminarem suas atividades. Brincar é coisa séria e é a principal atividade de toda criança. Nem sempre os professores incluem o brincar na hora de ensinar, muito menos se envolvem nas atividades escolhidas.

A brincadeira é uma contribuição, uma necessidade para o desenvolvimento infantil. Há uma necessidade de fazer o brincar funcionar para intensificar a aprendizagem dentro das redes escolares.

É necessário que os educadores e adultos envolvidos nos cuidados com crianças, estabeleçam um sólido conceito do brincar, assim promovam, valorizem, encorajem e iniciem o brincar em salas de aula.

Por que brincar?

Quando uma criança se envolve em uma brincadeira, ela vive aquele momento, experimentando como é estar no papel de outra pessoa. Uma simples brincadeira pode proporcionar uma variedade de situações de aprendizagem, possibilita na criança, o estímulo do corpo e do cérebro, desafiando-a a dominar experiências novas e o que lhe é familiar.

A brincadeira faz parte do desenvolvimento do indivíduo, e tem um valor que muitas vezes é subestimado. A brincadeira possibilita que a criança tenha um autoconhecimento, contribui para a sua formação cognitiva, emocional, social, quanto mai ela brinca, mais aprende.

É através do brincar que a criança consegue resolver conflitos e ansiedades, expressar seu pensamento, sua criatividade, sua cultura, suas vivências, sua imaginação, seus afetos e desafetos.

Quando a brincadeira se torna algo relacionado com a aprendizagem, torna-se mais prazerosa e divertida, nela a criança pode repetir as habilidades cognitivas e motoras, quantas vezes forem necessárias, para adquirir confiança e domínio.

O brincar ajuda os participantes a desenvolver confiança em si mesmo e em suas capacidades e, em situações sociais, ajuda-os a julgar as muitas variáveis presentes nas interações sociais e a ser empático com os outros. Ele leva as crianças e os adultos a desenvolver percepções sobre as outras pessoas e a compreender as exigências bidirecionais de expectativa e tolerância. JANET R. MOYLES, 2002 P.22

A criança não fala espontaneamente sobre os seus sentimentos, é no brincar que ela fala o que aconteceu com ela, transmite suas emoções e aprende a controlá-las.

O Brincar e a Aprendizagem

A brincadeira é uma ferramenta que a criança tem para interpretar o mundo.

Para Janet R. Moyles (2002), existem várias classificações do comportamento do brincar, podendo ser um processo ou um modo. O que vai diferenciar é a maneira de como os adultos e as crianças consideram certos objetos ou eventos, como está sendo a interação é o que indica se estão ou não agindo de maneira lúdica. Nesse sentido, pode se referir ao brincar dirigido principalmente ao processo, e o brincar livre inclui os dois, processo e modo, e é dentro desse tipo de brincar que os professores devem procurar a aprendizagem real.

Os professores precisam estar atentos para identificar suas atitudes externas, suas emoções, expressões faciais, se estão ou não motivados com a brincadeira etc..

Na brincadeira lúdica dirigida, a criança precisa de oportunidade para criar novas situações, acontecendo assim a aprendizagem.

De acordo com Jante R. Moyles 2002, p.33, Por meio do brincar livre, exploratório, as crianças aprendem alguma coisa sobre situações, pessoas, atitudes e respostas, materiais, propriedades, texturas e estruturas, atributos visuais, auditivos e sinestésicos.

Por meio do brincar dirigido, elas tem uma outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades estendendo-se a um relativo domínio dentro daquela área ou atividade. Por meio do brincar livre subseqüente e ampliado,