A Língua Brasileira de Sinais

Somente   surdos   podem   pertencer   a   comunidade   surda   e   fazer   aquisição  da Língua?

Giselle Lenzi

Matrícula – 47023778

                                                                 Curso – Formação Pedagógica em Pedagogia

Não, pois o surdo tem a possibilidade de se identificar com a língua, costumes e cultura, devido ao primeiro contato com a língua de sinais e com a comunidade para o aprendizado da língua de sinais e para sua formação de identidade, sendo importante ressaltar que, há sim, possibilidade se surdos e ouvintes interagirem com uma segunda língua para uma busca de conhecimentos linguísticos.

O bilingiismo permite ao surdo fazer uso das duas línguas, escolhendo a qual irá utilizar em cada situação lingüística. A língua de sinais é um sistema lingüístico usado para a comunicação entre pessoas surdas. Se o bilinguismo é definido como o uso de duas ou mais línguas, é possível afirmar que a maioria das pessoas surdas que usa a língua de sinais e a língua predominante pode ser considerada bilingue.

A comunidade surda refere-se às pessoas portadoras de deficiência auditiva sendo composta por ouvintes militantes da causa como professores, familiares, intérpretes, amigos, cônjuges, pais  surdos entre outros que  estão   inseridos   em   debates relacionados   à   comunidade   e   por   esse   envolvimento   estão  em  forma de membros. Deste modo, uma   comunidade   de   surdos   pode   ser   constituída, por pessoas   que   não   são   surdas,  mas   que   fazem   parte  da   rede   de apoio   para  que  os objetivos da  comunidade  sejam alcançados.

É importante ressaltar que   a   comunidade   surda   é   mais   que   um ponto comum aonde   pessoas  surdas  e  ouvintes  se   encontram  para  ampliarem  a comunicação,   a   comunidade   surda   é   um   movimento  onde   várias   junções  são feitas,   como movimentos   culturais, religiosos,   políticos  e   de   lazer.  

Sendo assim, temos   a   comunidade   surda,   como   um   espaço   de   trocas  em   que   a   língua   de   sinais,   a experiência visual e  os artefatos culturais  surdos são  compartilhados entre pessoas surdas  e ouvintes que agregam interesses comuns e projetos coletivos,  é   na   comunidade   surda que os surdos têm juntado forças para conquistar seus direitos.