A MUSICOTERAPIA COMO AUXÍLIO NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
Por: 220276 • 6/4/2018 • Artigo • 6.648 Palavras (27 Páginas) • 293 Visualizações
A MUSICOTERAPIA COMO AUXÍLIO NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
(Autora do Artigo)
RESUMO
O presente artigo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica tomando por base diversos outros artigos já divulgados na Internet e em periódicos diversos, além de alguns livros, com objetivo de analisar de que forma a musicoterapia auxilia no desenvolvimento da educação inclusiva, ele retrata o conceito de musicoterapia, o que é educação sob uma perspectiva inclusiva maximizando as formas de trabalho do profissional para lidar com os alunos que possuem necessidades especiais. Concluiu-se que, por meio da musicoterapia, o aluno com necessidades especiais tende muito a conquistar beneméritos já que esta se torna um instrumento facilitador da educação inclusiva, devendo os profissionais explorarem-na mais buscando resultados positivos e inovadores para o desenvolvimento desses alunos.
Palavras-chave: Alunos com necessidades especiais; Musicoterapia; Educação Inclusiva.
1. INTRODUÇÃO
Na educação se faz necessário a utilização de instrumentos capazes de contribuir para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos com necessidades especiais. Sendo assim, é fato que exista um trabalho voltado para o desenvolvimento de todos os potenciais dos alunos, todos os alunos, inclusive os que possuem necessidades especiais, incluindo-os com esses instrumentos capazes de contribuir para a melhoria da qualidade educacional.
Este estudo, portanto, tem o objetivo de analisar de que forma a musicoterapia auxilia no desenvolvimento da educação inclusiva, ele retrata o conceito de musicoterapia, o que é educação sob uma perspectiva inclusiva maximizando as formas de trabalho do profissional para lidar com os alunos que possuem necessidades especiais, isso, por meio de uma preparação profissional de qualidade, onde se seja capaz de planejar, adaptar e avaliar atividades e procedimentos de acordo com cada criança, fazendo uso da música como instrumento para desenvolver os potenciais da criança.
Para o desenvolvimento deste artigo, contou-se com os estudos de alguns autores por meio da pesquisa bibliográfica, onde se pode citar a musicoterapia como uma técnica que auxilia no desenvolvimento comportamental e cognitivo dos alunos com necessidades especiais.
2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL: RANÇOS E AVANÇOS
O Brasil tem uma história de ranços e avanços no que concerne à educação especial inclusiva, isso se deve ao fato de que, nem sempre se pensou nesta educação como uma forma integrativa e eficaz, porém, como toda conquista perpassa por lutas, esta não se fez diferente.
No Brasil, a pessoa com deficiência foi incluída, por vários séculos, dentro da categoria mais ampla dos “miseráveis”, talvez o mais pobre entre os pobres (SILVA, 1987). Na cultura indígena, onde as pessoas nascidas com deficiência era um sinal de mau agouro, um prenúncio de castigos dos deuses a eliminação sumária das crianças era habitual, assim como o abandono dos que adquiriam a deficiência no decorrer da vida (NEGREIROS, 2014).
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9394 de 23 de dezembro de 1996, em seu capítulo V, existe a determinação de que a criança portadora de deficiência, leve ou mais comprometida deve ser incluída no ensino público. O artigo 58 da mencionada lei garante que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial”. E acrescenta que haverá “atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular”.
Na mesma Lei, consta no artigo 59, que os sistemas de ensino assegurarão aos alunos com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades. II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
As atuais políticas socioeducacionais brasileiras impõem aos profissionais da saúde e educação, principalmente, um novo campo de atuação, ainda em construção, onde o compartilhamento de saberes e a constante renovação de práticas se fazem imprescindíveis, se antes as crianças “deficientes” era assassinadas”, escondidas e segregadas, passou-se a uma era em que elas possuem visibilidade e tratamento específico para que seja incluída e não apenas integradas nas escolas regulares, a escola deve se adaptar a ela e dar a ela todo aparato para sua formação pessoal e social.
Prova disso, são as leis advindas após o advento da LDBEN, que não pararam de surgir, como em 2001 com o Decreto Nº 3.956, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, garantindo a essas pessoas, entre outros direitos, o de frequentar uma escola regular e receber educação especial e não “escolarização” especial. Crianças com diferentes necessidades passam a conviver em um mesmo espaço escolar que, pressupõe-se, está preparado para atender às diversidades e necessidades específicas de cada uma delas.
Segundo os estudos de Diniz (2009, p. 69):
O modelo social da deficiência, ao resistir à redução da deficiência aos impedimentos, ofereceu novos instrumentos para a transformação social e a garantia de direitos. Não era a natureza quem oprimia, mas a cultura da normalidade que descrevia alguns corpos como indesejáveis [...] ao denunciar a opressão das estruturas sociais o modelo social mostrou que os impedimentos são uma das muitas formas de vivenciar o corpo.
Entende-se que se deve lutar para minimizar o preconceito, porque suas raízes ainda permanecem, e isso deve ser iniciado nos mais diversos lugares que venham a fluir esse preconceito desde escolas, lazer, mídias, enfim trabalhar em prol da causa de conscientização social.
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