Desenvolvimento nas Perspectivas de Piaget e Vygotsky
Por: Letícia Benevides • 4/11/2019 • Resenha • 1.575 Palavras (7 Páginas) • 314 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
LETÍCIA MORAES BENEVIDES
FICHAMENTO DO ARTIGO:
Desenvolvimento nas perspectivas de Piaget e Vygotsky
Mococa
2018
LETÍCIA MORAES BENEVIDES
FICHAMENTO DO ARTIGO:
Desenvolvimento nas perspectivas de Piaget e Vygotsky
Trabalho apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina Psicologia do Desenvolvimento, orientada pela professora Ana Lucia Ribeiro.
Mococa
2018
- Indicação bibliográfica
ANJOS, Ana Carolina Bertolin et al. Desenvolvimento nas perspectivas de Piaget e Vygotsky. Disponível em: http://revistas.unipar.br/index.php/educere/article/view/5610/3191. Acesso em: 26-10-2018.
Disponível também na biblioteca virtual da Universidade Estácio de Sá.
- Resumo
O artigo propõe a descrição das teorias Epistemologia Genética de Jean Piaget e a Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky, confrontando-as posteriormente e refletindo sobre suas semelhanças e diferenças.
Inicialmente há um pequeno resumo biográfico em que se descreve a história de vida dos autores e o desenrolar de suas pesquisas.
A seguir a Epistemologia Genética é descrita, contextualizando-a historicamente. As autoras apontam que Piaget foi inovador para sua época e contrariou as teorias inatistas e do comportamentalismo vigentes naquele momento, afirmando que a inteligência não é exclusivamente algo que se herda geneticamente e nem resultado de estímulos externos, mas uma interação entre o sujeito, que possui suas bases genéticas com o meio que o rodeia. As fases de desenvolvimento, assim como os conceitos ligados a Teoria da Equilibração são explicados a seguir.
A Teoria Histórico-Cultural é então descrita. Vygotsky, segundo as autoras, dá atenção à linguagem, à educação e a infância, ressaltando a importância da interação com os grupos sociais para aprender, que é se apropriar de formas culturais cada vez mais maduras de atividade. Estas relações, segundo o texto, não determinam o sujeito, como se ele as recebesse passivamente. Ele age sobre a realidade e se constroi internamente através das relações sociais.
As autoras colocam como Níveis de Desenvolvimento defendidos por Vygotsky:
- Nível de Desenvolvimento Real ou Afetivo (o que a criança já sabe fazer sozinha);
- Nível de Desenvolvimento Potencial (o que a criança já tem condições de aprender).
A Zona de Desenvolvimento Potencial ou Proximal é a distância entre os dois níveis, e é onde atua o agende mediador.
As autoras confrontam as ideias dos teóricos e concluem afirmando que elas se complementam, sendo de grande contribuição para a área educacional.
- Citação
“[...] para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista.” (pág. 4)
“[...] equilibração é organização, adaptação, assimilação e acomodação, que para Piaget é uma propriedade intrínseca e constitutiva da vida mental, por meio dela é que se mantém um estado de equilíbrio ou adaptação com o meio. E esse processo de equilibração sempre consiste em levar o sujeito a um estado superior em relação ao estado inicial.” (pág. 6)
“Os alunos são a melhor fonte de informação sobre sua própria capacidade de pensamento. A descoberta fundamental de Piaget foi de que os indivíduos constroem seu próprio entendimento, a aprendizagem é um processo construtivo.” (pág. 9)
“Ainda de acordo com esses pesquisadores, uma crítica à teoria de Piaget é que ela negligencia os efeitos importantes do grupo social e cultural da criança, ele descrevia a criança como um pequeno cientista, construindo uma compreensão do mundo em grande parte sozinha.” (pág. 10)
“As funções psicológicas que surgem e se firmam no plano da inter-relação, tornam–se internalizadas, ou seja, transformam-se para se constituir em funcionamento interno. Esse plano interno, não é um plano de consciência preexistente que é atualizado, pelo deslocamento da fonte de regulação para o próprio sujeito, longe de ser uma mera cópia do externo, o funcionamento interno resulta de uma apropriação das formas de ação que estão intimamente interligadas a estratégias e conhecimentos dominados pelo sujeito como ocorrências no contexto interativo.” (pág. 10)
“Ele dá uma atenção especial à educação por considerar que ela possibilita desenvolver modalidades de pensamento específicas e possui um papel diferente e insubstituível, na apropriação pelo sujeito da experiência cultural acumulada.” (pág. 11)
“O conceito de zona de desenvolvimento proximal diz respeito a funções do sujeito e a capacidades dele com o apoio em recursos auxiliares oferecidos pelo outro, o caracteriza o desenvolvimento proximal é a capacidade que surge e desenvolve de modo partilhado. Sendo assim a zona de desenvolvimento proximal refere-se ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver seu amadurecimento, e tornar suas funções e ações no nível de desenvolvimento real. Então aquilo que uma criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã.” (pág. 12)
- Comentários
As autoras discorrem de forma detalhada sobre as teorias de dois importantíssimos estudiosos da área de desenvolvimento humano, que são Piaget e Vygotsky. Profissionais da área de Educação e Psicologia podem se beneficiar deste artigo pois compõe de forma clara seus principais conceitos e ainda colocam as teorias lado a lado, confrontando-as e analisando como elas se diferenciam e o que tem em comum, mostrando como elas se complementam.
Não concordo com a crítica das autoras a Piaget, afirmando que ele nega a influência da interação social no desenvolvimento da criança.
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