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A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por:   •  11/6/2016  •  Resenha  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  2.268 Visualizações

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JOICE MOROTSKOSKI

RESUMO

Resumo apresentado como requisito parcial à obtenção de nota na disciplina de Teoria e Metodologia no Ensino Fundamental do curso de Pedagogia, da Faculdade Capivari - FUCAP.

Capivari de Baixo, Maio de 2016

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COMO EIXOS ORIENTADORES.

A organização do trabalho pedagógico nos anos/séries iniciais do ensino fundamental de nove anos, em ação educativa com novas crianças e adolescentes num mundo em constante mudança. A forma como organização o trabalho pedagógico está ligada ao sentido que atribuímos á escola e à sua função social; aos sentidos que damos à infância e à adolescência e aos processos de ensino-apredizagem.

Educar para que as crianças e os adolescentes possam cada vez mais compreender o mundo em que vivem por meio de trabalho pedagógico com conhecimento que têm e com aqueles conhecimentos que vão, aos poucos, se apropriando pelo sentido vivo que possuem e pelos interesses e desejos que geram. Na escola e na vida, encontramos a multiplicidade de sujeitos de modo de viver, pensar e ser. Somos sujeitos culturais, não somos sujeitos errantes: criamos vínculos, sentimentos, mundos, literatura, teorias, modas, receitas culinárias, filosofia, brincadeiras, jogos, arte, máquinas – tudo nos enreda e nos diz que, mesmo sem caminhos traçados, como de modo geral acontece com animais, construímos histórias e histórias, culturas e culturas que nos enraízam, nos envolvem e nos idenficam. Compreendendo também a vida e a luta dos homens através dos tempos, os conhecimentos produzidos e de modos de produção, as desigualdades criadas e diferenças. A escola è, então, lugar de encontro de muitas pessoas; lugar de partilha de conhecimentos, idéias, crenças, sentimentos, lugar de conflitos, portanto, uma vez que acolhe pessoas diferentes, com valores e saberes diferentes. A principal função social da escola: ensina e aprender – professoras, crianças, funcionários, famílias e todas as demais pessoas que fazem parte da comunidade escolar.

Nossa objetivo é convidar o (a) professor (a) para conversar sobre princípios e questões relevantes para a organização do trabalho pedagógico no ensino fundamental de nove anos, iniciais desse nível de ensino, com ênfase no trabalho com as crianças de seis anos. Do ponto de vista escolar, espera-se que a criança de seis anos possa ser iniciada no processo formal de alfabetização, visto que possui condições de compreender e sistematizar determinados conhecimentos. É importante observar que essas respostas variam de criança para criança e a escola deve lidar de modo atento com essas e muitas outras diferenças. É importante que não haja rupturas na passagem da educação infantil para o ensino fundamental, mas que haja continuidade dos processos de aprendizagem. É essencial que elas possam sentir a escola como espaço diferente de seus lares, visto que aquele se organiza como um espaço público e não privado como a casa, mas se sintam acolhidas e também possam continuar aprendendo criativamente. Na interação com seus pares e com os professores, por meio de variadas e dinâmicas atividades, as crianças vivenciam os processos de aprender e também de ensinar, com empenho, responsabilidade e alegria. A organização do trabalho pedagógico caracteriza-se como uma dimensão muito importante para desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola como um todo. O projeto político pedagógico, como sabemos, é instrumento que nos da direções, nos aponta cominhos, prevendo, de forma flexível, modos de caminhar. O projeto é eixo organizado da ação de todos que fazem parte da comunidade escolar. Um projeto político-pedagógico é como uma radiografia do movimento que a escola realiza e pretende realizar para alcançar mais importante: educar, promovendo a produção de conhecimentos e a formação de pessoas integra e integradas à sociedade por meio da participação cidadã, de forma autônoma e critica. Os critérios de organização das crianças em classes/turmas/grupos e de arrumação das carteiras, dos grupos e dos materiais nas salas de aula; o planejamento do tempo para brincadeiras livres e da hora da refeição; a programação de atividades e os modos como elas são propostas – tudo isso influencia na forma como o projeto pedagógico se desenrola. Todos podem agir para que o trabalho pedagógico de ensinar e aprender aconteça; todos se beneficiam dele e se compromete com ele. A integração família-escola desempenha papel de destaque nesse processo. O movimento do conjunto de professores e dos demais participantes da vida escolar indicar a disposição de, continuamente, rever posições, metodologias, modos de enfrentar surpresas e dificuldades. A organização do trabalho pedagógico, então, deve ser pensada em função do que as crianças sabem, dos seus universos de conhecimentos, em relação aos conhecimentos e conteúdos que consideramos importantes que elas aprendam. Ao provocarmos situações pedagógicas que Jevem os alunos a construir conhecimentos, por meios do trabalho com diversos conteúdos, utilizamos principalmente a linguagem a linguagem verbal, oral e escrita. É a partir desses modos de falar/modos de ser o trabalho pedagógico deve ser organizado, de forma que tenha sentido para estudantes. A variação acontece em todos os níveis da língua; sintático, semântico, morfológico e fonológico. É no processo de interlocução que as crianças e os adolescentes se constituem como produtores de texto orais. A linguagem é recriada por meio dessa mesma participação – os outros, isto é, os seus interlocutores, têm um papel muito importante no processo da criança e do jovem. É o seu trabalho, que os torna seres falantes e participantes no universo social. A tendência da língua oral é ir-se afastando da linguagem escrita, uma vez que essa última é alterada a primeira está em permanente mudança. Aprender escrever sem medo de errar é importante. Os tropeços fazem parte de qualquer processo de aprendizagem. Isso não quer dizer que a professora não deva mostrar ás crianças os problemas e os equívocos observados, levando-as a compreender as motivações dos problemas e equívocos encontrados. É esperado que as crianças passem um logo tempo cometendo erros ortográficos, antes de estabilizarem o conhecimento outras formas de viver, falar e se comportar; aprendemos conteúdos das diferentes disciplinas, como história, ciências, geografia, matemática, filosofia, entre outras; entramos em contato com literatura; conhecemos outras expressões da arte, artes ciências e plásticas, artes ligadas ao movimento e ao ritmo, como a dança e a musica. Pensar na organização da escola em função de crianças das series/anos iniciais do ensino fundamental, com ênfase nas crianças de seis anos, envolve concebê-las no sentido da inserção no mundo letrado. As crianças de áreas rurais, por sua vez, podem ter um afastamento maior da linguagem escrita, pelas peculiaridades dessas áreas. Depois, saber que essas letras se organizam com base em convenções, de acordo com um sistema de escrita de base alfabética. Tudo isso precisa ser trabalhado de várias maneiras pelo (a) professor (a) com as crianças para que cada vez mais seus conhecimentos sobre a língua escrita vão crescendo. A leitura e a escrita podem surgir de forma espontânea e significado já na pré-escola, prescindindo da condução e treinamento rígidos pressuposto pelo uso das cartilhas. Quando a criança entra na escola, a sua leitura de mundo (Freire, 1982) já está bastante desenvolvida.  Aprender-se ler com a leitura, com foi dito, mas os caminhos não parecem ser os mesmos para todas as crianças. É preciso que as crianças tenha acesso e contato intenso com diferentes textos para que possam explorá-los, perguntado sobre eles, tentando adivinhar seus conteúdos, observando sua organização e marcas, para que possam elaborar saberes sobre as suas características e ampliando seus conhecimento de mundo. Para finalizar, considerando os encaminhamentos e as questões apresentadas, em função da organização do trabalho pedagógico no ensino fundamental, destacamos que as ações desenvolvimentos na educação infantil, pela ênfase na oralidade e em outras formas de expressão, por meio da participação ativa das crianças em atividades interativas e lúdicas, podem ser bom caminho para orientar os processos de ensino-apredizagem ao longo do ensino fundamental – a escola precisa ser séria, mas não precisa ser sisuda, como dizia Paulo Freire.

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