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A Ontologia Humana Enquanto Referência para uma Educação Popular Emancipatória

Por:   •  2/5/2022  •  Resenha  •  624 Palavras (3 Páginas)  •  148 Visualizações

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Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Sociais

Disciplina: Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos

Resumo: A Ontologia Humana enquanto referência para uma Educação Popular Emancipatória

Segundo BOMFIM(2015) a Ontologia se dá pelo estudo do ser, do essencial da existência e da didática, como a arte e ciência do ensino e aplicadora de princípios que tem como propósito desenvolver o indivíduo através de suas habilidades cognitivas, reflexivas e críticas, o intento do autor foi explanar a assunção das características humanas em Marx enquanto princípios didático pedagógicos na perspectiva de uma concepção de educação popular emancipatória, levando em conta que o trabalho pode ser emancipador, mas pode também se tornar um instrumento que submete e até mesmo escraviza o ser humano.

Inicialmente, a Educação Popular nasce pela Pedagogia de Paulo Freire, na qual entende a educação como um ato político comprometido com a construção da individualidade humana e a construção do mundo. "Educar é uma atividade que pretende conduzir o outro a um determinado estado que o realize em sua condição de espécie ao mesmo tempo que em sua cultura" (BOMFIM, 2015). Assim posto, a educação popular busca estabelecer o vínculo entre os serviços e a comunidade, dialogando sempre com as classes populares. Há princípios freirianos que caminham juntos e integram a educação popular: diálogo, amorosidade, problematização e a construção coletiva de um projeto democrático de sociedade. Sabe-se então que, a educação também é um ato de amor, é reconhecer a identidade de Ser humano, essa educação é uma força de afeto. Sendo assim, Bonfim expõe o sentido da educação popular como meio de educar o ser humano através do próprio ser humano em paralelo aos conteúdos identitários do educando, Paulo Freire defende que ninguém educa ninguém, os homens são educados entre si mediados na relação com o mundo, portanto, toda forma de educar é legítima.

O autor convida o leitor também a refletir sobre o fato de que: "qualquer proposta de Educação Popular que se pretenda emancipatória deve fundar-se numa clara compreensão da ontologia humana, sem a qual a assunção da cultura como referência formativa não ultrapassará as fronteiras do senso comum. [...]. O ser humano só é educado correspondentemente à sua condição de espécie se a atividade educacional corresponde à identidade em questão" (BOMFIM, 2015). A educação popular é libertadora quando valoriza o sujeito, valoriza os diferentes saberes e culturas tradicionais e reconhece que estas são as várias formas de produzir e reproduzir conhecimento. Falando-se em Marx, a relação trabalho e força de trabalho entende-se que o trabalhador não tem controle de suas atribuições e os resultados delas, não há controle sobre o processo de produção. Nesse sentido, a educação na sociedade capitalista tem influência direta pela política, ou seja, a classe dominante no capital, também domina na educação.

Decerto, o assentimento da ontologia humana como presunção para o desenvolvimento e a afirmação das diversas alusões identitárias livra o ser humano da possibilidade de construir esse alvoroço, cuja saída exige a exclusão

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