A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Por: lARISSA00 • 16/9/2015 • Artigo • 782 Palavras (4 Páginas) • 452 Visualizações
A ESSÊNCIA DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Larissa Pereira de Negreiros[1]
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo trazer um breve resumo sobre o livro “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire e fazer algumas relações com o dia a dia da educação no meio da realidade a qual vivemos. Em sua maioria o artigo foi escrito trazendo pontos, com o objetivo de facilitar um maior entendimento sobre o que a obra traz, de maneira mais simples e resumida. O livro traz uma demonstração de um método de alfabetização dialético, que se diferenciou do “vanguardismo” dos intelectuais de esquerda tradicionais e onde Paulo Freire sempre defendeu o diálogo com pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. Esse livro foi traduzido para mais de 40 línguas e é considerado o mais importante trabalho do autor e a principal referência mundial para o entendimento e a prática de uma pedagogia libertadora.
Palavras-chave: Pedagogia; Paulo Freire; Oprimido.
INTRODUÇÃO
A obra, em linhas muito gerais, trata de dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, chamada de bancária, na qual a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada como prática da liberdade.
Este estudo reflete os fundamentos de um projeto de formação pedagógica democrática oferecendo amplo sentido de liberdade e igualdade para todos, a partir da aproximação com a realidade, buscando superar as opressões existentes.
DESENVOLVIMENTO
Algumas das principais justificativas para a escrita da “Pedagogia do Oprimido”, são reconhecer a desumanização como realidade histórica e o homem é vocacionado a humanidade que muitas vezes é negada e reafirmada na sua própria negação. Há no livro uma citação que exprime muito bem tal justificativa:
“Mais uma vez os homens, desafiados pela dramaticidade da hora atual, se propõem a si mesmos como problema. Descobrem que pouco sabem de si, de seu “posto no cosmo”, e se inquietam por saber mais.” (1987, pág.29).
A concepção “bancária” da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica, podem ser associados como Paulo Freire bem mencionou:
“A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem enchidos pelo educador.” (1987, pág.57).
Alguns dos fundamentos da proposta freireana são:
- Existencialismo: transformação do ser e do mundo no cotidiano.
- Humanismo: valorização da subjetividade do ser.
- Teoria Marxista: práxis.
- Teoria da Libertação: desmitificação dos medos através da prática pedagógica.
Alguns dos aspectos metodológicos da proposta freireana:
- Dialogicidade: maiêutica socrática.
- Interdisciplinaridade: trabalhar conjuntamente diferentes aspectos.
- Contextualização de conteúdos.
- Investigação: temas geradores.
- Problematização: reflexão da ação.
- Ação Revolucionária.
Algumas características subjetivas da proposta freireana:
- Valorização do intelecto individual e coletivo (ser pensante).
- Desvelamento de ideologias.
- Superação das opressões.
- Autonomia do sujeito.
- Transcedência da realidade.
A Dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade:
“Esta busca nos leva a surpreender, nela, suas dimensões: ação e reflexão, de tal forma solidárias, em uma intenção tão radical que, sacrificada, ainda que em parte, uma delas, se ressente, imediatamente, a outra. Não há palavra verdadeira que não seja práxis.” (1987, pág.77).
Algumas características da Teoria Dialógica são: a práxis, como ação-reflexão; troca de saberes e experiências; amor ao mundo e ao homem; crença no outro; colaboração, união, organização; síntese cultural (junção dos saberes).
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