A Pedagogia Waldorf
Por: Julianafrigerio • 6/12/2018 • Resenha • 938 Palavras (4 Páginas) • 214 Visualizações
Universidade Federal do Rio Grande – FURG[pic 1][pic 2]
Instituto de Educação – IE
Curso de Pedagogia Licenciatura Diurno
Organização do Trabalho Pedagógico
Acadêmicas: Dariane Lopes (129018), Juliana Reis (128641), Lorena Magalhães (128643), Rafaela Chaplin (128640), Surama Amaral (111664).
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O artigo apresenta as dificuldades e possibilidades encontradas na última década do século XX pela educação de jovens e adultos (EJA). Partindo do analfabetismo, como problema e desafio ainda por ser vencido, tendo como base taxas brutais considerando analfabetos maiores de sete anos.
Quatro ordens de fatores marcaram os empecilhos e as novas práticas para a EJA, sendo elas:
1 – As determinações constitucionais de 1988 e as perspectivas abertas em 1990 com a Conferência Mundial de Educação para Todos, que levaram a elaboração de diagnósticos do analfabetismo no Brasil:
Foi colocada a tarefa de eliminar o analfabetismo, com prazo e recursos determinados. O Brasil passou a compor a “Cúpula dos Nove”, visto ser uma das nações com maior número de analfabetos Np mundo, recebendo prioridade para ganhar ajuda internacional. Porém para receber tal ajuda, tinha de elaborar plano decenal com vistas universalização do ensino fundamental e a erradicação do analfabetismo.
Paulo Freire realizou em 1990, como secretário da educação da cidade de São Paulo, a 1º Conferência Brasileira de Alfabetização onde representantes do Ministério da Educação e Cultura (MEC) se comprometeram com a alfabetização de adultos. Foi, oficialmente, em 1991 que o Plano Nacional de Alfabetização e Cidadania (Pnac) foi lançado como a primeira tentativa de tal comprometimento. Porém, o que foi vivenciado foi a ineficiência e o uso indevido dos recursos pelo governo. Os membros de algumas das Comissões Estaduais e Municipais questionaram os repasses de recursos financeiros e realizaram mobilizações cujo resultado foi a Reunião Preparatória do Pnac, nesta reunião foi marcada pela mobilização da sociedade em torno da questão da alfabetização e o financiamento tema de destaque. O presidente em exercício autorizou liberação de recursos para aplicação no ensino básico. Mesmo com o empenho e representatividade das comissões estaduais, a Conferência Brasileira de Alfabetização e Cidadania não foi realizada e em sequência foram extintas pelo ministro da Educação em exercício. Importante ressaltar que, a posição do então ministro era que os recursos deveriam ser destinados aos analfabetos jovens e/ou em idade escolar e não aos adultos.
Em governo posterior, desencadeou processo de elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003) envolvendo setores governamentais, entidades e sindicatos da educação e priorizando o combate ao analfabetismo. Porém, não por muito tempo a EJA recebeu incentivos favoráveis. Entre os anos 1995 e 2002, a EJA passou a ser uma política marginal, onde o governo federal é a central da coordenação e os Estados e municípios, sobrecarregados, como os executores das políticas de educação básica.
A EJA sai do MEC e é transformada em ação social da primeira dama do país, que cria e exerce a presidência do programa “Comunidade Solidária”, sem tarefa de universalização, assim pouca a pouco a tal política assume sua faceta assistencialista. Em 1997, o Programa Alfabetização Solidária (AlfaSol) foi criado com o objetivo de reduzir as aterrorizantes taxas de analfabetismo que muitas regiões do país apresentavam. Com base no ranking dos municípios que concentravam analfabetos, produzido pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE) a partir do censo de 1991, o programa começou a atuar.
O AlfaSol cumpriu sua meta, expandiu e criou a campanha “Adote um Aluno”, estatísticas suspeitas que comprovam tal eficácia baseadas na ampliação da cobertura do ensino fundamental. Porém, levando em consideração o número daqueles que continuavam sem o tempo de escolaridade que lhes assegurava o ensino fundamental, a gravidade do problema ficava melhor dimensionada. A erradicação do analfabetismo não se concretizou, e a diminuição do analfabetismo e a melhoria da escolaridade continuavam em ritmo lento. O Censo demográfico de 2000, constatou que somente 536.206 jovens e adultos estavam matriculados em cursos de alfabetização e deste total 22.921 faziam em escolas/classes privadas. Na população entre 15 a 29 anos, 2.414.478 são analfabetos.
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