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A educação infantil na Europa no século XX

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  411 Visualizações

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1- A educação infantil na Europa no século XX

Os principais agentes do processo da história da educação infantil.

• Ovídio Decroly (1871-1932) médico belga elaborou, em 1901 uma metodologia de ensino que propunha atividades didáticas baseadas na ideia de totalidade do funcionamento psicológico e no interesse da criança.

• A medica psiquiatra italiana Maria Montessori (1879-1952) é incluída na lista dos principais construtores de propostas sistematizadas para a educação infantil no século XX.

• Em 1907, Maria foi convocada a organizar uma sala para Educação da criança sem deficiências, essa experiência foi denominada como “casa das crianças”.

• No período seguinte da segunda guerra mundial, as ideias a respeito da infância como fase de valor positivo e de respeito à natureza. Tais ideias impulsionaram um espírito de renovação escolar que culminou o movimento das escolas novas.

• Nas décadas de 20 e 30 Vygotsk, atestava que a criança é introduzida na cultura por parceiros mais experientes.

• Na primeira metade do século XX, Wallon destacava o valor da afetividade na diferenciação que cada criança aprende a fazer entre si mesma e os outros.

• Ainda na primeira metade do século XX, Celestin Freinet (1896-1966) foi um dos educadores que renovaram as práticas pedagógicas de seu tempo.

• Na década de 50, após a segunda guerra mundial, surgem novas preocupações com a situação social da infância e a ideia da criança como portadora de direitos.

• A partir de 1960, houve um renascimento de escolas Montessori nas nos Estados Unidos.

• No decorrer do século XX, através do movimento feminista, passaram a reivindicar creches para igualdade de oportunidade de trabalho para as mães.

1- Processo histórico da educação infantil na Europa e no Brasil

Já por volta da década de 1970, com o aumento do número de fábricas, iniciaram-se os movimentos de mulheres e os de luta por creche, resultando na necessidade de criar um lugar para os filhos da massa operária, surgindo então às creches, com um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”.

Nos anos 80 em geral, as feministas intelectualizadas de classe média, e que eram contra a ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar os governos progressistas que, atendendo às reivindicações populares, prometeram creches nas suas campanhas eleitorais.

Só em 1988 a educação infantil teve início ao seu reconhecimento, quando pela primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição, depois em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei federal 8069/90), entre os direitos estava o de atendimento em creches e pré-escolas para as crianças até os seis anos de idade. Pela primeira vez na história, uma Constituição do Brasil faz referência a direitos específicos das crianças, que não sejam aqueles circunscritos ao âmbito do Direito da Família.

Analisando todo o processo histórico que passou a educação infantil tanto européia como brasileira, percebemos que houve grandes mudanças, pois a infância é algo que está em construção permanente e com inúmeras variações durante a história, pois ela deixou de ser objeto de cuidados apenas das famílias e passou a ser objeto dos deveres públicos, visto que a criança hoje é considerada como ser que tem identidade própria, ou seja, são cidadãos de direitos.

Conhecer a história da educação infantil na Europa e no Brasil nos permite compreender a evolução dos níveis sociais e da educação em cada País, as concepções sobre o processo de desenvolvimento infantil, sobre o papel da família, comunidade, instituição educacional e o poder público na educação das crianças.

As primeiras instituições na Europa e Estados Unidos tinham como objetivo cuidar das crianças enquanto as suas mães saíam para o trabalho, caracterizando assim a transformação das famílias.

No período que se seguiu à Primeira Guerra Mundial, devido ao aumento do número de órfãos e a visível deterioração ambiental, as crianças foram atendidas fora da organização familiar. Os programas de atendimento às crianças ganham grandes inovações, destacando-se a estimulação precoce nos lares e em creches, orientados por especialistas da área da saúde. Destacaram-se Ovídio DECROLY médico belga que trabalhou com crianças excepcionais, Maria Montessori médica psiquiatra italiana que atendeu crianças com deficiência mental, Friedrich Froebel educador alemão criador do primeiro jardim de infância, Celestin Freinet pedagogo francês que defendia a liberdade de ação para a criança, entre outros.

Decroly (1871-1932) trabalhou com crianças excepcionais, elaborou uma metodologia de ensino baseada no interesse da criança se preocupava com o domínio do conteúdo pela criança, mas também pensava em centro de interesse se estruturando em três eixos: observação, associação e expressão. Decroly defendia um ensino voltado ao intelecto, ao contrário dos sensualistas que acentuavam um trabalho voltado com as sensações.

Maria Montessori (1879-1952) propunha uma pedagogia científica da criança, ao mesmo tempo em que, opondo-se a concepções que considerava materialistas, via com interesse uma educação que ocupasse com o desenvolvimento da espiritualidade. Montessori teve como marca distintiva a elaboração de materiais adequados a exploração sensorial pelas crianças e especificas ao alcance de cada objetivo educacional destinados a desenvolver passo a passo as diferentes funções psicológicas.

Froebel, pedagogo, conhecido pela criação dos jardins de infância e criador dos kindergarten, enfatizava a importância do jogo e do brinquedo no processo de desenvolvimento infantil, sendo por isso, o precursor de uma pedagogia diferenciada para a educação das crianças e dos mais velhos, agrupando-os em diferentes faixas etárias.

Para Celestin Freinet a educação que a escola dava às crianças deveria extrapolar os limites da sala de aula e integrar-se às experiências por elas vividas em seu meio social.

Já no Brasil, até meados do século XIX, o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituições infantis praticamente não existia.

No período precedente à proclamação da República, observam-se iniciativas isoladas de proteção à infância, muitas delas orientadas ao combate das altas taxas de mortalidade infantil da época, com a criação de entidades de amparo.

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