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A escola que temos e a escola que queremos: uma análise sobre as teorias curriculares

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Por:   •  26/10/2014  •  Resenha  •  545 Palavras (3 Páginas)  •  574 Visualizações

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A escola que temos e a escola que queremos: uma análise sobre as teorias curriculares

Por: LINETE OLIVEIRA DE SOUSA

O objetivo deste artigo é propor uma análise entre os filmes, “Entre os Muros da Escola” (2008), uma produção francesa dirigida por Laurent Cantet, tendo no elenco François Bégaudeau, professor na vida real e escritor do livro que inspirou o filme, e “Escritores da Liberdade” (2007) produção norte americana e alemã, dirigida por Richard LaGravenese; buscando identificar as teorias curriculares envolvidas na pratica dos docentes, a partir das categorias: função da escola, conhecimentos, relações de poder, organização curricular, postura do professor, aluno, relação professor e aluno, cultura, diversidade e o espaço físico escolar. E a partir disso discutir sobre a escola que temos e a escola que queremos.

No filme francês “Entre os Muros da Escola” podemos ver de maneira clara a ideologia tradicional. No tocante a função da instituição escolar, esta é tão somente uma reprodutora do conhecimento adquirido, onde estes são transmitidos descontextualizados da realidade e cultura dos educandos, não há uma reflexão a respeito deste conhecimento; isto fica explicito no momento em que o professor Marin esta ensinando o “imperfeito do subjuntivo”, um termo da norma culta. Uma aluna questiona o seu uso no cotidiano, alegando que ninguém oraliza naquele tempo, o professor explica que é uma maneira diferente de falar, mas não diz em que situações e com qual finalidade, não demonstra por exemplo que a linguagem é um marcador social. Numa outra cena uma aluna no fim do ano letivo diz ao professor que não aprendeu nada, não compreendeu nada do que foi ensinado, sendo assim se ela obteve boas notas e foi promovida tudo deveu-se a memorização do conteúdo e não ao seu entendimento.

A função escolar apresentada no filme “Escritores da Liberdade” também se apresenta de maneira tradicional com relação a escola, a diferença encontra-se na pratica docente exercida pela professora Gruwell, incutida dos saberes da teoria critica curricular e aplicada no cotidiano da sala de aula, mesmo sem o aval da direção ela busca uma emancipação do educando e a formação da criticidade social, respeitando os saberes pré existentes do aluno . Isto é visível, quando em uma cena, ela se utiliza do gênero musical rap, apreciado pelos jovens retratados no filme, para ensinar poesia e o conceito de rima interna.

Os conhecimentos explicitados no primeiro filme são totalmente desvinculados do cotidiano dos alunos, os saberes valorizados são os da cultura branca européia, ou seja os ideais da elite francesa. Em “Escritores da Liberdade” isso isto também acontece, valorizando a cultura branca norte americana, pois trata-se de uma escola tradicionalista preocupada em reproduzir os ideais elitisistas, mas ocorre uma quebra de paradigmas pela professora Gruwell. Percebendo os grandes problemas sociais de seus alunos ela resolve adotar novos métodos de ensino; numa cena a educadora utiliza-se de uma brincadeira de mau gosto criada pelos alunos, onde estes fizeram uma caricatura representando um colega negro com lábios exageradamente volumosos, para suscitar uma reflexão sobre a intolerância e preconceito contra os judeus na segunda guerra e ouve as realidades brutais do dia a dia dos seus

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