ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA: POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES
Por: Rita De Cássia Soares • 21/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.426 Palavras (6 Páginas) • 1.567 Visualizações
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA
POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES
SÃO PAULO
2018
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA
POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES
Portfólio realizado pela aluna Rita de Cássia Soares da Silva, RA 8049271, para verificação parcial do desempenho na disciplina de Psicologia da Educação
SÃO PAULO
2018
Com base nos estudos da Unidade 2, ou seja, nas abordagens teóricas do Behaviorismo, Psicanálise, Gestalt e Humanismo, faça um quadro ou tabela contendo uma descrição das possibilidades (quais conceitos podem ser aplicados, utilizados na Educação?) e limitações (a abordagem trata de conceitos não relativos à escola, ou outras limitações) de cada abordagem no contexto escolar, de forma resumida e com suas palavras. Para tanto, pense no foco principal de cada abordagem, e nos conceitos formulados por elas que tem relação com a aprendizagem/educação
possibilidades | limitações | |
BEHAVIORISMO /NEOBEHAVIORISMO | Considerando os estudos da unidade, compreendo que a base desta pesquisa é comportamental. Sendo assim, as possibilidades na dimensão escolar estariam relacionadas à compreensão de como os estímulos, podem influir no comportamento dos alunos. Sendo possível reforçar os comportamentos que desejamos enquanto docentes e reprimindo os comportamentos não favoráveis ou até mesmo indesejáveis. A compreensão do olhar de Skinner, nos permite refletir sobre as influências ambientais que sucedem e precedem o comportamento das pessoas. A partir desta reflexão, acredito que em sala de aula, a percepção do ambiente pode auxiliar o professor a conduzir melhor as questões de comportamento, favorecendo por consequência o processo de aprendizagem, levando-se em consideração o reforço dos estímulos positivo e negativo. Ainda ressalto que no meu entender, a visão menos radical de Bandura (1925), aumenta ainda mais a possibilidade de pensarmos como a teoria comportamental pode abrir possibilidades no contexto da Educação, já que segundo ele, o aprendizado se dá a partir da observação do comportamento de outros indivíduos bem como a consequência de suas próprias ações. | Apesar de compreender a importância e a extrema relevância, do comportamento no processo de aprendizagem ou no contexto da Educação, acredito que essa (s) teoria (s) não consideram de forma mais pontual os indivíduos. Claro que os estímulos e as respostas se baseiam também em experiências pessoais e individuais. No entanto não consegui identificar questões como afetividade, por exemplo. Atualmente penso em como tratar questões de distúrbios de aprendizagem, considerando os estímulos e as respostas, talvez no meu raso entender essa seria uma limitação. |
possibilidades | limitações | |
PSICANÁLISE | De acordo com meu entendimento, a psicanálise busca compreender o indivíduo a partir do inconsciente. Pode- se dizer que é a interpretação ou a tentativa de interpretar as ações, não a partir do que é verbalizado, mas a partir do que está “escondido”, ou oculto nas palavras. Ainda faz uso dos sonhos ou atos falhos. Para a psicanálise é o inconsciente que vai definir as ações do indivíduo. Sendo assim, considerando o contexto da Educação, a psicanálise, busca compreender o vínculo afetivo aluno-professor. Neste sentido é preciso também entender os conceitos de transferência e contratransferência. A transferência pode ser positiva; seria a expressão do que o aluno sente pelo professor. Pode ser o desejo de aprender ligado a figura do professor, sendo este o principal agente deste processo. Ainda em reflexão, devemos compreender que o aluno pode transferir algo negativo para a figura do professor, o que neste caso dificultaria o processo de aprender. Já na contratransferência o professor poderá desenvolver um certo distanciamento do aluno, mesmo que não pretenda, esse não envolvimento também refletirá de forma negativa no processo de ensino aprendizagem. | Neste contexto o que pude compreender, é que a psicanálise está baseada na relação (desenvolvimento de laços) aluno-professor e vice-versa, que de forma inconsciente podem desenvolver afetos e desafetos. Isto pode ser um elemento facilitador, mas também, considerando uma possibilidade de afastamento de ambas as partes, pode ser um elemento que dificulte e limite o processo de formação, conhecimento e aprendizado. Em uma leitura complementar, Santos (2009), no apresenta como um ponto de reflexão, a possibilidade de que alguns professores, tem ciência dos sentimentos que despertam em seus alunos, compreendem a responsabilidade desta questão, porém de certa forma, não conseguem separar o que é (seria) pessoal, do que é pedagógico e essa dificuldade de compreensão pode deixar o professor mais suscetível a cometer erros. A dificuldade em se manter o autocontrole, pode ser um limitador na aplicação e na compreensão desta teoria. |
possibilidades | limitações | |
HUMANISMO | A proposta da teoria denominada, Humanismo, considera em sua base de reflexão, que os indivíduos são todos iguais. Neste olhar não existe, portanto, um ser superior a outro ou no contexto da educação, não existe um aluno melhor do que outro. De certa forma, como propõe Rogers (1997), o aluno nesta perspectiva, independente do estágio em que esteja, deve ser motivado a conhecer, distinguir e resolver suas questões ou problemas. Sendo assim, o professor deve proporcionar condições para que o aluno se sinta motivado. O professor, no papel de facilitador deve compreender o aluno e assumir um posicionamento empático que pode auxiliar no ambiente de aprendizado. O Humanismo abre possibilidade, deste “professor facilitador” de trabalhar o indivíduo para que ele possa refletir sobre o seu ambiente, tornando-se mais consciente e de certa forma mais consciente do seu meio social. | Embora o Humanismo possibilite uma abordagem do indivíduo, respeitando as suas trajetórias individuais, motivando-o a buscar a autonomia e a criatividade para o desenvolvimento e compreensão não só do seu meio ambiente, mas também do seu potencial e habilidades, é preciso também considerar que ao professor neste contexto, não pode ser ensinado estratégias e métodos que favoreçam sua atividade e seu propósito em sala de aula. Esse professor deve então, buscar formas de exercitar a empatia e construir suas próprias ferramentas, a partir inclusive do autoconhecimento. Devemos considerar que nem sempre os docentes conseguem trabalhar essa abordagem, seja pelo próprio ambiente escolar seja pela dificuldade em compreender o próximo e a si mesmo. |
possibilidades | limitações | |
GESTALT | Gestalt trabalha na compreensão de como os indivíduos percebem as coisas e como essa percepção se organiza. O cérebro trabalha de forma dinâmica e ao mesmo tempo, o que auxilia a percepção e a organização no campo visual. Numa compreensão a partir de algumas leituras a respeito do tema, entendo que a Gestalt propõe que o “entendimento das partes” só é possível após o “entendimento do todo” e esse “todo”, vai além da percepção das partes. Buscando uma aproximação nos processos de aprendizagem, essa totalidade (esse todo) se refere ao meio social, físico e psicológico que compõe o contexto da escola. O aluno deve ser apresentado primeiramente aos conceitos globais, para que possa posteriormente compreender os detalhes. Em uma aula de biologia por exemplo, o aluno entra em contato primeiro com o corpo humano, para depois compreender os sistemas que o compõe. Essa teoria, portanto, se viabiliza quando o professor compreende que o importante é que aluno perceba as situações de forma global e como ele poderá resolvê-las a partir dos insights. O insight para o aluno é o momento em que a percepção se realiza e dá sentido ao todo. Sendo assim, é possível que o professor, motive seus alunos estimulando-os aos insights, facilitando e oportunizando o processo perceptivo para a construção do conhecimento. | Talvez uma das limitações da Gestalt, seja o caráter muitas vezes subjetivo dos processos avaliativos e de aprendizagem, uma vez que o aluno é o centro do processo, cabendo ao professor propor um ambiente favorável aos insights com uma intervenção mínima. No entanto, para que isso ocorra, devemos considerar que o aluno deve possuir experiências anteriores associadas à questão. Alunos de uma mesma sala, com a mesma idade, expostos aos mesmos estímulos, podem e possivelmente vão captar, selecionar, organizar e compreender de forma diferente a mesma situação. |
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