ACOMPANHANDO O DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
Por: Roseli Rose • 21/2/2016 • Resenha • 2.276 Palavras (10 Páginas) • 1.968 Visualizações
RESUMO: LIVRO AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO INFANTIL. CAP 3- ACOMPANHANDO O DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
A avaliação mediadora em Educação Infantil. Fundamentam-se em concepções de infância e fundamentos teóricos, as práticas avaliativas só podem ser delineadas em tais fundamentos.
As questões inerentes à avaliação recrudescente em paralelo aos estudos e pesquisas sobre a infância.
Nas últimas décadas, a função dos espaços institucionais devido à profissionalização das mulheres, afastando-as de casa. Apontam principalmente para a importância de um trabalho.
Estudos de sociologia invalidam a idéia de uma educação infantil autoritária, sugerindo que se considere a criança no seu tempo e suas necessidades.
As teorias construtivistas e sociointeracionistas de conhecimento provocaram nos educadores um processo de repensar a aprendizagem de bebês e crianças.
Segundo Piaget, a criança constrói o conhecimento na sua interação com o objeto. Ao nascer possuem processos internos que lhe possibilitam a aprendizagem, mas que necessitam do meio. Segundo ele um estímulo não é estímulo ate que a criança aja sobre ele, conhecimento se constrói na interação S-O.
Muitas vezes, ao propor uma brincadeira para crianças da mesma idade, o professor perceberá que para alguns ele será muito difícil, e para outros será pouco desafiador.
Diz Franco, que a partir dessa visão, a educação deixa de ter a figura do professor como centro do processo de aprendizagem.
Segundo Vygotsky, a criança participa ativamente da construção de sua própria cultura e de sua história, construindo conhecimentos e constituindo sua identidade a partir de suas interações com o meio.
Para ele, todas as crianças têm capacidades intrínsecas de progresso, sendo assim, deve-se apenas analisar o seu potencial de aprendizagem, e não determinar do que ela deve ser capaz.
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- AÇÕES FAVORECEDORAS DO DESENVOLVIMENTO.
O desenvolvimento se dá nas crianças em ritmo evolutivo por meio de uma exploração ativa e incessante do meio.
Um exemplo é um bebê que pela sua curiosidade, alcança um surpreendente conhecimento das coisas da vida.
Segundo Kamii, Piaget explica o desenvolvimento da inteligência por meio de 4 fatores: Maturação Biológica; experiências com os objetos; transmissão social e a equilibração.
Um exemplo é a conquista do caminhar por um bebê, suas relações sociais, afetivas e suas conquistas na área cognitiva ampliam-se. É impossível, avaliar uma criança só analisando seus avanços em uma área isoladamente.
Conclui-se que na avaliação na Educação Infantil, que só podemos nos referir a aprendizagem das crianças no contexto mais amplo do seu conhecimento e que não se pode propor desafios que as crianças não conseguem realizar no momento.
Se respeitadas e desafiadas corretamente, irá naturalmente se desenvolver até onde for possível. Não é coerente então, durante uma prática avaliativa, parir de uma visão padronizada, que leve a comparações e julgamentos.
Um exemplo é uma avaliação de uma criança agitada que não participa das rodas de conversa, não aguarda sua vez de falar...
Mas será que não é esperado que uma criança de dois anos não espere sua vez de falar, esses julgamentos sobre a criança, trazem prejuízos, ela passa ser julgada “capaz” ou “incapaz”.
Aponta Angotti, que decorrente de procedimentos avaliativos como esses a criança aprende apenas a “ser comportado”, ficar sentada, quieta, fazendo apenas o que a professora mandou.
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- O QUE SE VÊ E O QUE SE DEIXA DE VER NAS CRIANÇAS.
A seguir, alguns itens de uma lista classificatória para alertar para processos avaliativos que supostamente seriam bem intencionados, mas que revelam falta de conhecimento sobre o desenvolvimento infantil.
- Participa de todas as tarefas;
- Realiza com coerência sua auto-avaliação;
- Aceita reclamações e críticas;
- Espera sua vez para falar;
- Usa as regras de cortesia (...)
A escala de avaliação que a ficha apresenta é S (sempre), QS (quase sempre), AV (algumas vezes), e R (raramente). No caso de uma criança de dois anos, com certeza ela teria, em todos os itens, a opção R assinalada. E os pais, diante disso, falariam mal e ficariam preocupados com a criança.
Segundo Kamii, as crianças evoluem da Heterônoma à autonomia pela mediação dos adultos com quem vivem, internalizando valores morais e condutas sociais construídas gradativamente.
Essas fichas classificatórias podem fazer confusões, corre está se desenvolvendo. Decorrem destes instrumentos avaliativos, ações perigosas, uma vez que eles passam a treinar ou exigir das crianças atitudes listadas nestas fichas.
Não há como se falar em ação avaliativa, como acompanhamento e mediação, desvinculando-a do cotidiano da ação educativa e da dinâmica da construção do conhecimento
A avaliação mediadora é um processo espontâneo, a medida que se admira cada criança em suas manifestações singulares do dia a dia. “Ver a criança como ela é”, significa buscar entender seu pensamento e suas ações.
Piaget aponta que não se deve seguir um roteiro com perguntas prontas, mas ajustar os desafios as hipóteses.
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O processo avaliativo é reflexivo e alicerce do fazer pedagógico. Dá-se pela abertura dos professores ao entendimento das crianças.
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