ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

5. ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

5.1 Planejamento na educação infantil

Ana Carolina Nogueira

Introdução

Como parte da formação enquanto futura pedagoga, a Prática de ensino e Pesquisa sob forma de Estágio Supervisionado III foi voltada para a educação infantil. Neste texto abordo a importância do planejamento na educação infantil a partir das observações e problemáticas elencadas no estágio. No primeiro momento analiso as atividades feitas no período de regência, em seguida o embasamento teórico do tema e, por conseguinte as considerações finais desta etapa . Com o objetivo de compreender o trabalho pedagógico e a dinâmica escolar nesta etapa da educação básica, foram feitas observações e inserções com as crianças e também estudos de textos de Redin (2014), Ostetto (2000)  que ajudam a pensar sobre o tema.  

A partir das observações feitas na turma de Maternal II, pensei em algumas atividades relacionadas ao tema proposto “Grandezas e medidas”. No entanto enfrentei algumas dificuldades na elaboração do planejamento por conta de residirmos em cidades diferentes, muitas vezes realizados pelas redes sociais e por e-mail.

Desenvolvi o estágio no Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI Idalino Rinaldi e na semana de 10 a 14 de setembro efetivei o período de regência com o tema mencionado acima.

Ao conclui a semana de regência, dentre as atividades aplicadas, destaco a brincadeira proposta para separar os brinquedos por tamanhos. Uma atividade que deu certo, pois com a explicação, as crianças compreenderam separando os brinquedos por tamanhos em caixas que foram disponibilizadas para elas. As mesmas participaram, opinaram, sendo bem ativos, ficando atentas às atividades, as crianças que ficaram com dúvida os colegas ajudavam falando em que caixa deveriam colocar. Interagiram muito bem entre si, esperando sua vez chegar para fazer a atividade proposto.

Em um outro momento, propomos uma atividade que considero não ter sido bem-sucedida. Ao contarmos uma história sobre tamanhos, comprimentos e pesos, as crianças ganharam um barbante de acordo com sua medida, mas algumas perderam ou trocaram com o colega. Entendo que erramos ao planejá-la, pois a história foi contada no pátio onde havia muita distração. A parte externa do CMEI era utilizada para as crianças divertirem-se livremente ao invés de conduzir uma atividade dirigida.

Acredito que a atividade que deu certo funcionou porque foi desenvolvida em sala de aula não havendo distração para as crianças. Assim prestaram atenção na explicação.

Ao fim da regência, concluí que o planejamento é muito importante, pois ao pensar nas atividades é preciso conhecer as crianças e como acontecerá o planejamento na sala de aula. Acredito que, em alguns momentos, falhamos por não termos sentado e pensado em conjunto as atividades, em como executá-las.

Nesse sentido, escolhi o planejamento como temática de discussão por considerar de extrema importância no processo de ensino aprendizagem. As atividades precisam ser pensadas antes da execução para, pelo menos possibilitarem que as crianças interajam com o que está sendo proposto. Numa sala de aula nem sempre o planejado acontece, há imprevistos, a turma não é homogênea. No entanto sem ter um planejamento, isso se torna mais complicado.

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Fundamentação teórica

 Neste momento do texto discuto o planejamento na educação infantil a partir de pesquisadores da área e apresento a importância deste para o processo de ensino aprendizagem das crianças na educação infantil, refletindo sobre a prática pedagógica atual. Destaco alguns tipos de planejamento e o porque necessita-se do planejamento na ação pedagógica. Os autores que me auxiliam são Ostetto (2000), Redin (2014) que trazem pontos significativos sobre esta temática.  

Segundo Ostetto (2000) e Fusari (1976) o planejamento é um instrumento essencial para a ação pedagógica do professor, pois se trata de uma organização pessoal do professor para atingir seus objetivos perante seus alunos. A elaboração de um planejamento depende da visão de mundo do professor, de criança, educação, seleção de conteúdo, atividades articuladas a realidade.

Desta forma, para iniciar o planejamento, deve-se conhecer a realidade das crianças, ter clareza da concepção de educação para a ação pedagógica, para assim planejar de acordo com a especificidade da turma.

Segundo Redin (2014) planejar é mais que listar atividades, materiais, fazer planos e executa-los. É permitir ousar, errar, acertar novamente, voltar atrás, ir adiante, dar volta, é desenhar, escrever na história a capacidade de maravilhar-se abrindo caminhos não percorridos. Afirma ainda que planejar é também importante para revermos nossas posturas e avançar em descobertas e criação, mantendo viva a nossa infância adormecida, que pode alimentar nossa capacidade de criar. Assim, percebemos que nem sempre ocorre como esperamos, mas o professor deve ter sempre uma “carta na manga”. O planejamento deve ser algo flexível, e com possíveis mudanças.