APS - Jogos como recursos auxiliadores da aprendizagem

INTRODUÇÃO

O ensino de matemática na Educação contribui para formação de cidadãos, pois, para que atuem no mundo, precisam de um conhecimento amplo e do desenvolvimento de inúmeras competências e habilidades.

De forma geral, as crianças estão imersas no mundo dos números desde que nascem. O mundo todo é repleto de situações, fatos e fenômenos que envolvam os números.

O educador deve promover situações de aprendizagem que permitam as crianças trabalhar noções matemáticas a partir da realidade, das suas experiências, dos seus interesses, para desenvolver raciocínio lógico, organizar o pensamento, ter noção de espaço e tempo, aprender a contar, identificar, relacionar, comparar, abstrair, expressar quantidade, reconhecer e valorizar os números, as operações, numéricas, as contagens orais e as noções espaciais, comunicando ideias matemáticas, formulando hipóteses, propondo soluções etc.

Nesse sentido, apresentamos uma série de atividades significativas para o educador desenvolver habilidades e competências, relativas ao conhecimento matemático em particular, integrado com a realidade, numa postura interdisciplinar.

Os jogos matemáticos estão presentes na vida das crianças desde o início da escolaridade; sendo assim, já há um grande repertório de jogos e atividades lúdicas construídas. Partindo desse conhecimento prévio, podemos fazer avanços no trabalho, pois as crianças aprenderão e entrarão em contato com situações que requer atenção, rapidez, concentração, cálculos mentais, raciocínio lógico, saber perder, conhecimentos dos números, entre outras habilidades.

Dessa forma, o trabalho com jogos não se limita ao propósito de ampliar e aprofundar conhecimentos matemáticos. Vai além disso, pois possibilita que os alunos produzam textos instrucionais para destinatários reais.

A proposta do jogo tem como base as necessidades reais de trabalho dos alunos, possibilitando a construção da autonomia e o desenvolvimento deles.

As atividades lúdicas são inerentes ao ser humano. Cada grupo étnico apresenta sua forma particular de ludicidade, sendo que o jogo se apresenta como um objeto cultural. Por isso, encontramos uma variedade infinita de jogos, nas diferentes culturas e em qualquer momento histórico,

Definir o jogo, objeto de atenção desta pesquisa, torna-se um desafio. Estudo sobre o jogo no processo ensino-aprendizagem da matemática mostrou a variedade de concepções e definições sobre o que seja jogo e as perspectivas diversas de análise filosófica, histórica, pedagógica e psicológica, na busca da compreensão do significado do jogo na vida humana.

O jogo é um fator distinto e fundamental, presente em tudo o que acontece no mundo, é no jogo que a civilização surge e se desenvolve, o jogo faz parte da cultura e gera a própria cultura.

Neste trabalho, pretende-se investigar os processos desencadeados na construção e ou resgaste de conceito e habilidades matemáticas a partir da intervenção pedagógica com jogos de regras.

DESENVOLVIMENTO

O jogo foi aplicado com crianças do primeiro ano do ensino fundamental; ao verem o jogo, ficaram entusiasmadas e curiosas; tem como objetivo pescar o peixe, mas o jogador só fica com o mesmo se responder a conta de forma correta, o que instiga ainda mais a se esforçar para acertar. Logo, as crianças ficaram ainda mais animadas, pois queriam mostrar que de fato sabiam resolver as contas; no geral, a maioria acertou, foi observado que algumas utilizavam os dedos ou algo concreto para contar, quando erravam o resultado, tentavam encontrar o erro, perguntando ao mediador ou aos amigos.

É evidente que as atividades lúdicas e os jogos são extremamente importantes como recurso no processo educativo, melhorando o desenvolvimento e desempenho dos alunos, facilitando no processo de aprendizagem.

Segundo Vygotsky (apud ROLIM, GUERRA e TASSIGNY, 2008, p.177)

“O brincar relaciona-se ainda com a aprendizagem. Brincar é aprender; na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino-aprendizagem”.

Foi observado que de acordo com a necessidade de cada