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ATPS LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO - ALFABETIZAR LETRANDO

Por:   •  19/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.190 Palavras (9 Páginas)  •  394 Visualizações

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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

ALFABETIZAR LETRANDO

Tutora a distância: Ms. Rosemeire Farias

Valparaíso, 05 Novembro de 2014

Objetivos

O presente trabalho pretende apresentar conceitos e algumas situações práticas referentes a alfabetização dos membros deste grupo, como acreditam que deva ser a alfabetização na atualidade fazendo um paralelo com as atividades coerentes para que tal processo ocorra de maneira prazerosa e eficiente.

Introdução

A educação formal nem sempre foi acessível. Olhando a história da humanidade constatamos que o conhecimento era restrito a poucos, primeiro ao clero e a igreja, posteriormente a homens elitizados.

Com a democratização do ensino em nosso país, aumentou-se o acesso a escolarização e ao número de alfabetizados.

Apresentaremos abaixo o que é alfabetização para os membros deste grupo, como foi este processo para estes, o que é alfabetização, o que é letramento, como se dá o ensino nos dias atuais.

1 - Nossas memórias

“Lembro-me do cheiro da cartilha, da sensação ao tocar aquele livro pela primeira vez, ver as gravuras, as letras que eu não entendia, tudo aquilo parecia mágico, uma magia que aos poucos foi se revelando ... Ao final daquele ano o encantamento era outro, queria mais, aquele livro não era mais novidade, eu precisava de outras coisas, mas me falaram que eu tinha que esperar a próxima lição.” (Aluna Joyce Alves dos Santos)

Como já era de se esperar os membros deste grupo foram alfabetizados na escola e o material utilizado pela professora era a cartilha.

Algumas sensações e recordações ficam evidentes: o compromisso com o estudo, que era incentivado pela família, a rigidez na escola, o cuidado com os materiais, a precariedade dos materiais e até da merenda, muitos detalhes que, a nosso ver, foram cruciais para a concretização da aprendizagem.

Pedagogicamente falando, as práticas eram extremamente tradicionais, não há nenhuma recordação de leitura na escola, feita pelo professor, a leitura lembrada era aquela das sabatinas, para se cobrar fluência leitora e nada mais, era apenas para avaliar e punir.

“Em minha casa haviam muitos livros, na verdade muitos deles eram para enfeites na estante da sala, mas minha mãe comprou uma coleção com os clássicos, além dos livros também tinha as fitas k-7. Como nem sempre minha mãe tinha tempo para ler ela colocava as fitas para eu ouvir, a minha preferida era a Branca de Neve, como eu amava aqueles momentos. Não me lembro de leituras feitas para mim na escola, sei que eu amava ir para a escola, minha professora era um encanto, uma referência pra mim e eu fui feliz com minha cartilha e minha alfabetização na primeira série.” (Tatiana Victor de Souza Silva)

Alfabetizar naquela época era fazer com que os alunos aprendessem as sílabas, que conseguissem aprender as famílias silábicas, grafando-as e lendo-as com maestria. Interpretar era um processo distinto e posterior ao período de aquisição da alfabetização. Os textos eram cartilhescos, sem sentido, elaborados apenas para ensinar a sílaba: “O bebe baba” e tantos outros que ficaram na memória, mas não fizeram e não fazem sentido.

Hoje alfabetizar é muito mais. É oferecer condições para que o aluno se aproprie do conhecimento utilizando-se das práticas sociais. A alfabetização está profundamente ligada ao contexto do aluno, precisa fazer sentido, ser coerente, contextualizada. Não é suficiente ensinar as famílias silábicas. Ler não é reconhecer os pedacinhos das palavras, não se trata de ler frases, ler está intimamente ligado a compreensão, a interpretação; é preciso que a leitura não seja algo mecânico, precisa ter sentido.

Alguns autores separam a alfabetização do letramento. Este grupo compartilha do pensamento de Magda Soares que acredita na alfabetização e no letramento juntos. A decodificação, ou seja, o processo de transformar as partes linguísticas em sonoras, letras em sons (alfabetização) tem que estar aliado a práticas sociais (letramento), isso não significa que não se deve ensinar letras e sílabas aos alunos, o que acreditamos é que o processo de aquisição da linguagem deva ser através de textos que fazem parte da esfera social, que estejam na sociedade e que tenham sentido. Desta forma, a possibilidade de se formar um leitor ou escritor competentes é ampliada. Este cidadão será capaz de ler e escrever autonomamente, isto significa que ele será capaz de circular nesta sociedade letrada sem ser privado de nenhuma informação ou conhecimento.

Alfabetizar letramento é propiciar ao aluno conhecimento e aprendizagens úteis e significativas.

2 - Os gêneros e a aprendizagem.

Como citado anteriormente, acreditamos que os textos das esferas sociais precisam estar presentes na escola. Que a criança ao ter contato com estes, a aprender sua finalidade, o portador, como circula na sociedade, como é sua estrutura e características terá maior facilidade para ser o cidadão participativo que se espera e que a escola pretende formar.

Alguns gêneros estão presentes na escola a mais tempo como a carta, contos, poemas, lendas entre outros, mas estes não apresentavam um caráter de vivência social, mas sempre eram didatizados, ensinava-se a estrutura das cartas, ensinavam a preencher envelopes; nos poemas, ensinavam o que eram versos, estrofes e rimas, não que estes aspectos devem ser esquecidos ou banidos das escola, mas trabalhar com textos não se resume a questões de estrutura ou formalidades da língua.

Dentre tantos gêneros textuais que circulam na sociedade falaremos sucintamente dos contos, fábulas, histórias em quadrinhos, lendas e poesias.

O conto é um gênero textual da ordem do narrar, é constituído de uma sucessão cronológica de ações dos personagens. Apresenta elementos como: enredo, personagens, espaço e tempo. Os infantis, geralmente são marcados pela presença da magia e da aventura. Antes mesmo da atividade de leitura, o leitor já cria um pacto com este gênero textual, pressupondo que irá entrar em contato com uma história de “faz de conta”, realidade e fantasia se misturam.

Ainda na ordem do narrar encontramos as fábulas e as lendas. As fábulas

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