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Alfabetização: em busca de um método?

Por:   •  5/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  767 Palavras (4 Páginas)  •  482 Visualizações

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Alfabetização: em busca de um método?


    Durante muito tempo este parecia ser o problema da alfabetização a busca por um método.
    Na década de 1950 e 1960, a alfabetização estava sim em busca de um método, isto também persistiu nos anos 70.
    Questiona-se muito sobre a utilização destes métodos sobre tudo qual deles é o mais importante e resolutivo: Fônico? Global? Silábico?
    Muita mudança no paradigma da alfabetização balançou na prática. O  associacionismo é a tendência predominante nas décadas de 1950,1960 e sobretudo 1970, quando a vertente skinneriana desta tendência exercia grande influência no ensino brasileiro, refletindo-se fortemente na alfabetização é superado neste período apesar de por pequenas diferença pela tendência psicogenética, cuja predominância nos anos 80,reflete a tardia mais forte influência de Piaget na reflexão sobre alfabetização no Brasil.
    A concepção psicogenética alterou profundamente a concepção do processo de aquisição da língua escrita em aspectos fundamentais: a criança de aprendiz depende de estímulos passa a produzir respostas que reforçadas geram a aquisição de língua escrita .
    É preciso buscar um método de alfabetização ?

Conforme, Soares (2003, p. 92)

[...] atrevo-me a responder que sim, que estamos, sim, em busca de um método de alfabetização, rejeitamos, não há duvida, os métodos tradicionais de alfabetização, já não podemos aceita-los, mas a tarefa de conciliar nossa nova compreensão do processo pelo qual a criança aprende a ler e a escrever com as condições objetivas da  probabilidade da escola nos impõe a buscar de diretivas que não só nos salvem do espontaneísmo, a que pode levar uma interpretação equivocada e ingênua da perspectiva psicogenética, mas sobretudo que nos projeta da ambiguidade conceitual, a que pode nos levar à ortodoxia da escola.

     Soares questiona, sobre as escolas que nos impõe a utilização de métodos únicos como tradicionais ou construtivistas, que visa à escola e não a necessidade da criança.

     A discussão sobre método de alfabetização é hoje, difícil, porque se apresenta sempre contaminada por duas questões, em primeiro lugar, o fato de que o problema da aprendizagem da leitura e da escrita tenha sido considerado, no quadro dos paradigmas conceituais tradicionais, como um problema, sobretudo metodológico, tem levado a que se rejeitem métodos de alfabetização ao mesmo tempo em que se rejeitam esses paradigmas que já não mais são aceitos. Em segundo lugar, e em estreita relação com a questão anterior, “método”, na área da alfabetização, tornou-se, imediatamente, “método” com os tipos tradicionais de métodos.

     Soares nos trás que método, na área do ensino é um conceito genérico sob o qual podem se abrigadas tantas alternativas quanto quadros conceituais existirem ou vierem a existir, sendo eles tanto no campo de ensino das línguas materna ou estrangeiras, oral e escrita, como num método de alfabetização.

     De acordo com Soares (2003, p95) “[...] na área da alfabetização, e considerando as condições atuais de formação do professor alfabetizador, em nosso país, estamos em busca de um método, tenhamos coragem de afirma-lo”.

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