Antiguidade grega: a Paidéia
Por: marialuizaluz • 6/7/2017 • Resenha • 716 Palavras (3 Páginas) • 654 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
Aluna: Maria Luiza Luz (201711365) Professora: Gilvânia Nascimento
Pedagogia (Noturno)
A paideia, que surgiu como um aprimoramento da educação grega, é um tema de extrema relevância para a educação, pois foi ela que deu ao homem ferramentas para a construção do conhecimento, possibilitando o desenvolvimento de suas capacidades visando a sua adequação às exigências da vida em sociedade. Chega-se à paideia através do estudo das transformações sofridas em sociedade na Grécia Antiga e em seus ideais de educação – que era a formação integral do homem, ou seja, sua integralização na sociedade. A construção desses ideais caminhava junto com as transformações sociais ocorridas na Grécia e com a influência das ideias filosóficas existentes.
No primeiro modelo de paideia grega está a preparação física e intelectual dos gregos, e foi no período arcaico que houve o começo de um novo processo para a formação de “bons cidadãos”, sendo este o novo ideal do homem, devendo ser crítico, analítico e atuante nos costumes democráticos, exercendo a argumentação e a lógica.
Devido a autonomia política, o modo de educar variava entre as pólis, podendo-se destacar Esparta e Atenas, duas importantes cidades-estados da Antiga Grécia, que promoveram dois diferentes ideais de educação.
Esparta era militarizada, visando fazer de cada indivíduo um soldado; Atenas era iniciadora do ideal democrático, dedicando-se a praticar gentilezas e finezas, sempre obedecendo o código ético social.
Por não ter um sistema definido, a educação antiga iniciava dentro das próprias famílias: até os sete anos, as crianças eram educadas no gineceu, ao lado da mãe e de outras mulheres da casa. Após essa idade, as meninas continuavam sob os cuidados da mãe e aprendendo trabalhos domésticos, já os meninos eram desligados da autoridade materna e iriam aprender música, ler, escrever e recitar poemas, desta forma, as crianças do sexo masculino iniciavam a sua vida de aprendizagem.
Os mais ricos tinham um escravo chamado de pedagogo, que acompanhava os meninos até as assembleias, onde ocorriam discussões que envolviam pensamentos críticos e criativos. Enquanto isso, ao completar a educação elementar, os mais pobres saíam em busca de trabalho.
Aos 16 anos, os meninos que continuavam estudando não tinha mais os cuidados do pedagogo e paravam de estudar literatura e música, se dedicando à discussões literárias e outros assuntos que eram influenciados por filósofos.
Após os 20 anos, os jovens eram preparados para o militarismo, tornando-se cidadãos. A prática de exercícios físicos visava o domínio de si, objetivando o desenvolvimento de qualidades como paciência, força, coragem e lealdade.
A paideia buscava a formação do homem no campo político, social, cultural, moral e educativo. Esta filosofia reconheceu o homem como ser racional, passando a lhe atribuir uma identidade cultural e histórica, dando espaço para a educação ser o fundamento da sociedade.
O conceito de “paideia” pode ser facilmente entendido como educação, porém, vai além disso; traz consigo a ideia de cultura, instrução e formação do homem, tendo um significado muito mais amplo e profundo.
Podemos concluir que a ideia principal de paideia é dar ao homem todo o conhecimento necessário, para que ele possa alcançar a harmonia consigo mesmo e com a comunidade, tornando-o capaz de entender o que é cidadania, respeito, ética e outros conceitos fundamentais para a formação integral do cidadão.
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