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Análise Conto a Roupa Nova do Imperador

Por:   •  22/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.611 Palavras (11 Páginas)  •  13.739 Visualizações

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Introdução

Os contos de fadas têm natureza espiritual, ética e existencial. Sua origem está ligada a cultura celta e retratam a história de heróis e heroínas, em narrativas ligadas aos sobrenatural e visavam a realização interior do ser humano.

Esse trabalho foi desenvolvido através da leitura, análise e interpretação do conto "A Roupa Nova do Imperador", escrito por Hans Christian Andersen e apresentado por Ana Maria Machado e também com o auxílio de pesquisas relacionadas ao tema.

Hans Christian Andersen escritor dinamarquês famoso, sobretudo por seus Contos (1835-1872), considerados obras-primas da literatura infantil. Filho de um sapateiro e de uma lavadeira, seu primeiro contato com contos populares dinamarqueses deu-se no quarto de fiar do asilo onde sua avó trabalhava. Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos infantis que tornaram Hans Christian Andersen famoso.

Em suas histórias Andersen buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava demonstrar que todos os homens deveriam ter direitos iguais.

Em “A roupa nova do imperador”, é contada a história de um imperador muito vaidoso, que gastava todo o seu dinheiro em roupas novas, ignorando o exército, teatro e passeios pelo campo. Após a chegada de dois vigaristas na cidade, que fingiam tecer um tecido especial, mostra que os funcionários, o imperador e todos na cidade passam a mentir, por medo, receio e vaidade.

O conto "A Roupa Nova do Imperador", faz diversas críticas sociais ao comportamento humano, tais como a vaidade, a mentira, senso comum e também sobre a ingenuidade e inocência das crianças.

Desenvolvimento

O livro narra a história do imperador que foi enganado por dois ladrões, que se fingiram de tecelões e disseram ter feito uma linda roupa para ele, mas que apenas as pessoas sensatas e aptas poderiam vê-la. Apesar de não enxergá-la, o imperador, vaidoso e perfeccionista, sai às ruas exibindo sua roupa, até que uma criança desfez a farsa ao gritar no meio da multidão: O rei está nu!

Um texto narrado na terceira pessoa, tendo como personagens, um Imperador, dois Tecelões, Primeiro Ministro, Segundo Alto Funcionário e uma criança. Sendo o Imperador e os Ministros personagens esféricos, e os tecelões e a criança personagens planos.

A estória acontece em uma cidade, passa por uma fazenda e em um tear. Em tempos cronológicos linear, pois segue começo, meio e fim.

Os temas principais encontrados no conto são a vaidade e o egocentrismo do Imperador, as mentiras e os medos das pessoas que afirmavam ver o tecido invisível, a malandragem dos Tecelões vigaristas, que conseguiram enganar todos. A inocência, a coragem e sinceridade da criança, pois foi a única a assumir que o Imperador estiva nu.

Trata-se de um conflito social e interior, no meio do conto a situação inicial acontece quando, todos tentavam ver a roupa nova do Imperador, mas não conseguiam, mas ainda assim fingiam ver. A causa era o medo da reação do Imperador, pois poderiam ser chamados de burros, preferiram mentir e não demonstrar nada. Isso levou as pessoas a passarem por mentirosas enganando a si mesmas.

No conto em analise, a situação social e interior do Imperador é resolvida quando, inocentemente uma criança surge e afirma que o Imperador não estava vestindo roupa alguma As pessoas se assustaram, como uma única criança teve coragem de dizer o que os adultos da cidade não tiveram. Porém o imperador continuou se exibindo, se sentiu embaraçado com a situação, mas permaneceu desfilando com suas roupas novas, que nem ele mesmo as via.

Analisando o texto, o principal elemento mágico existente é um: Rei/Imperador, no dicionário de símbolos, o Rei pode ser considerado um símbolo SELF. O Rei representa matéria prima como objetivo do OPUS ALQUÍMICO, na qualidade de rei transformado. Na sociedade primitiva, ao rei ou ao chefe da tribo, eram atribuídas qualidades Máicas ou Mana, o respeitável súdito.

Pode ser observado no conto que todos tinham medo do Imperador e jamais gostariam de decepcioná-lo, mesmo não vendo o tecido, ninguém jamais desejaria desapontar um rei, que significa Herói na cidade.

Outro elemento que aparece no conto é o ouro, um precioso metal de muito valor, os vigaristas pediram fios de ouro, pois sabiam que valia muito dinheiro para eles roubarem.

Também aparece um manto, que representa a dignidade superior, mostrava o quanto o Imperador era importante, aumentava ainda mais seu ego.

No conto também tem uma criança, que no dicionário dos símbolos, representa a inocência, ela foi a única pessoa que teve a inocência, coragem e a espontaneidade de falar que o Imperador estava nu, pois todos estavam preocupados com sua reação ao falar, mas a pureza da criança não deixou ela se intimidar e ser enganada como os demais.

Também tem o espelho, que representa a autocontemplação, simboliza a verdade que supostamente mostra a mentira por gerar enganos e imagens deturpadas. O Imperador era egocêntrico, muito vaidoso, portanto se exaltava a se ver no espelho e mesmo que não pudesse ver nada, ouvia seus ministros falarem o quanto estava maravilhosamente belo.

Este conto pode ser trabalhando com as crianças em diversos aspectos, como moral e social. Acreditamos que essa história, é valida para criança apartir de oito anos, pois transmite a mensagem de sempre usar a verdade, mesmo que outros se coloquem em condições superiores que a sua, sempre falar a verdade, não passar por cima dos seus princípios, controlar as ambições materiais, equilibrar a vaidade, para que não nos tornemos pessoas demasiadamente vaidosas que priorize a beleza e os bens materiais. No texto analisamos, que os adultos vão se transformando em pessoas submissas, e somente a criança foi convicta em dizer a verdade. A criança não pode perder essa sinceridade, devemos trabalhar o potencial da criança usando este conto como base.

O conto mostrou ter algumas referencias para nossas vidas, que mesmo você alimentando uma mentira, em algum momento ela será desvendada. Após analise do conto, podemos perceber o que o texto realmente mostrou que a ambição, a vaidade e a ganância não levam ninguém a lugar nenhum, e pode sujeitar a passar vergonha ou lidar com pessoas falsas.

O conteúdo

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