TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

As Contribuições de Paulo Freire para o Ensino nas Series Iniciais

Por:   •  25/3/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.899 Palavras (8 Páginas)  •  315 Visualizações

Página 1 de 8

Centro Universitário Leonardo da Vinci[pic 1]

[pic 2]

PROJETO DE

PROJETO DE ESTÁGIO: “AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE  PARA O ENSINO NAS SERIES INICIAIS”

Campo Grande

2020

1 PARTE I: PESQUISA

  1. DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Área de concentração: A Pedagogia de Paulo Freire

Projeto de Extensão: Musicalização na Metodologia de Ensino

Programa de Extensão: ??????

Produto Virtual: Paper de Estágio

Tema: As contribuições de Paulo Freire para o Ensino nas Series Iniciais

.

O projeto aqui proposto tem como área de concentração: A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE, e com o tema: AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA O ENSINO NAS SÉRIES INICIAIS. O estudo aqui proposto surgiu da necessidade de compreender os conceitos e estratégias de alfabetização das series iniciais, segundo Paulo Freire.

Freire tem a educação como uma troca de conhecimentos, onde professor e aluno aprendem um com o outro, o ato de aprendizagem é um conhecimento transmitido entre professor e aluno e vice versa, ou seja, nenhuma pessoa tem a capacidade de aprender sozinha.

A escola tem o papel de ensinar o aluno a “ler o mundo”, e com a ajuda do professor possibilitar a criação e produção do conhecimento.

O estudo aqui tem como justificativa trazer para o contexto educativo a importância da troca do conhecimento, segundo Paulo Freire, visto que, nem sempre essa troca, entre aluno e professor, é respeitada e tida dentro da sala de aula.

Com isso, esperamos contribuir para um melhor entendimento, de que os dois lados, professor e aluno, aprenderão juntos um com o outro. E para que isso aconteça é necessário que professor e aluno, tenham uma relação afetiva e democrática dentro e fora do espaço escolar.

1.2 OBJETIVOS

  • Analisar e evidenciar a influência da Pedagogia de Paulo Freire no processo de ensino/aprendizagem nas series iniciais.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o surgimento de uma nova pedagogia de alfabetizar, criada por Paulo Freire, movimentos de todas as ordens que tinham como relevância a valorização do dialogo e a interação, entre professor e aluno, ganharam força, e passaram a garantir a liberdade do aluno e o seu direito a educação básica.

Essa nova pedagogia, tinha como proposta a alfabetização por meio da leitura do mundo e as experiências já tidas pelo educando, ou seja, a alfabetização partia da realidade de vida do aluno para o aprendizado da técnica de ler e escrever.

Paulo Freire tinha a educação como uma das suas principais preocupação, ele considerava o homem como um sujeito que sustenta sua própria existência.

Segundo Leonardo Boff  in Freire (1992);  

“Toda a pedagogia de Paulo Freire é uma permanente dialog-ação das pessoas entre si e de todas com a realidade circundante em vista de sua transformação. Destarte se forma a comunidade na qual todos, enraizados na realidade, aprendem uns dos outros, ensinam uns aos outros e se fazem parceiros na construção coletiva da história” (BOFF in FREIRE, 1992, p. 6).

Nesse sentido, temos que ter o aluno como um ser que busca constantemente, a sua autorrealização e crescimento, ou seja, um ser inacabado.

O novo método de ensino chamava a atenção de todos, pois acelerava o processo de alfabetização. T

Tal método consiste em três momentos entrelaçados:

O primeiro momento é a investigação temática, pela qual professor e aluno buscam, no universo vocabular do educando e da sociedade onde vive as palavras e temas centrais de sua biografia. Esta é a etapa da descoberta do universo vocabular, em que são levantadas as palavras e temas geradores relacionados com a vida cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem. Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado social, trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula. O segundo momento a tematização, pela qual professor e aluno codificam e descodificam esses temas, buscando seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido e é nesta fase que são elaboradas as fichas para a decomposição das famílias fonéticas dando para a leitura e a escrita. O terceiro, a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido, nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto, volta-se ao concreto problematizando, descobrindo limites e possibilidades existenciais captadas na primeira etapa. A realidade opressiva é experimentada como um processo passível de superação, a educação para a libertação deve desembocar na práxis transformadora. (FREIRE, 1979, p.72).

Freire elaborou uma educação interdisciplinar, em que o objetivo era a libertação dos oprimidos, ou seja, uma educação por meio da ação cultural libertadora. Isso evitou a lógica mecanicista que considera a consciência como criadora da realidade, e o mecanismo objetivista, que considera a consciência como cópia da realidade.

Durante o processo de conhecimento do aluno, o professor precisa ter a consciência de que não possui todo o conhecimento, ou seja, precisa parar de ver o seu aluno como um educando “depositório”, em que o professor deposita o seu conhecimento, uma “educação bancária”.

O professor precisa entender que o seu aluno, não é uma lata vazia, em que ele chega e a preenche com seu conhecimento, ele deve considerar toda a cultura desse aluno, e manter um dialogo constante entre professor e aluno, tendo a compreensão de que juntos podem aprender e descobrir novas dimensões e possibilidades, pois o educador é somente o mediador no processo de ensino-aprendizagem e aprende junto com seu aluno.

Durante a educação infantil, o dialogo é muito importante, pois é por meio dele, que a criança se comunica com o novo conhecimento, individual e coletivamente, o que permite o professor trabalhar, em um todo, as diversas formas de níveis e habilidades do saber, e assim de forma espontânea, a criança expresse sua curiosidade epistemológica, que para Paulo Freire, quanto mais a curiosidade espontânea se intensifica, mas sobretudo se ‘revigoriza’, tanto mais epistemológica ela vai se tornando (…)” (FREIRE, 2008, p.87).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.6 Kb)   pdf (137.6 Kb)   docx (31 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com