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As Práticas de Violência Contra Crianças

Por:   •  2/4/2018  •  Dissertação  •  646 Palavras (3 Páginas)  •  965 Visualizações

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Portfólio:

O modelo ecossistêmico é um modelo criado para a compreensão dos maus-tratos, enfatizando que variáveis de diferentes níveis ecológicos interagem para produzir as ocorrências de maus-tratos e também a importância de se considerar a historia de vida da criança e a dos pais, analisando se ocorreu eventual historia de maus-tratos dos pais, sua relação com os próprios pais ou cuidados recebidos na infância, assim como a existência ou não de conflitos.

O modelo transacional explica os conceitos de risco de maus-tratos e a proteção para ocorrência dele. Os fatores de risco de maus-tratos são aqueles que aumentam a probabilidade do acontecimento, enquanto os fatores de proteção seriam os que diminuiriam essa possibilidade, quando presente.

Abuso físico envolve o uso da força física contra a criança ou adolescente, por parte dos pais, responsáveis ou cuidadores, familiares ou pessoas próximas. Neste caso, a força física é usada de forma intencional, isto é, não ocorre de forma acidental, e tem como objetivo lesar, ferir ou destruir a vítima. O uso da força física é baseado no poder disciplinador e autoritário que o adulto assume sobre a criança ou o adolescente, que são agredidos com o objetivo de obter disciplina e obediência. Na maioria das vezes, este tipo de violência deixa marcas, sendo, portanto o de maior visibilidade e de mais fácil diagnóstico. As marcas indicativas do abuso incluem hematomas, escoriações, lacerações, contusões e queimaduras. O grau da violência física varia consideravelmente, de beliscões e tapas até agressões que conduzem à morte. As agressões mais freqüentes incluem tapas, beliscões, chineladas, puxões de orelha, chutes, cintadas, murros, queimaduras com água quente, brasa de cigarro e ferro elétrico, sufocação, mutilação e espancamentos. Nesta categoria, que inclui a maioria dos casos de maus tratos, estão inseridos problemas como: ausência de cuidados médicos, pelo não reconhecimento ou admissão, por parte dos pais ou responsáveis, da necessidade de atenção ou tratamento médico; abandono e expulsão da criança de casa por rejeição; ausência de alimentação, cuidados de higiene, roupas, proteção às alterações climáticas; imprudência ou desobediência às regras de trânsito e falta de medidas preventivas para evitar intoxicação exógena; supervisão inadequada, como deixar a criança sozinha e sem cuidados por longos períodos.

A Negligência envolve a omissão de cuidados básicos e de proteção à criança frente a agravos evitáveis e tem como conseqüência, portanto, o não atendimento de necessidades físicas e emocionais prioritárias. Constituem exemplos de negligência deixar de oferecer a criança ou adolescente, alimentação, medicamentos, cuidados de higiene, proteção a alterações climáticas, vestimentas e educação. O abandono pode ser definido como uma forma grave de negligência, que por sua vez evidencia a ausência de um vínculo adequado dos responsáveis com seu filho. Famílias negligentes geralmente apresentam consumo elevado de álcool e drogas, grandes número de filhos, psicopatia e desestruturação familiar. Além disso, baixa renda, desemprego e pobreza são fatores associados a alto risco para negligência dos filhos, sendo negligência física a mais associada com pobreza. A negligência é o tipo mais freqüente de maus

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