Associativismo
Por: gleciaveloso • 10/5/2015 • Trabalho acadêmico • 640 Palavras (3 Páginas) • 367 Visualizações
Associativismo e democracia no Brasil contemporâneo
Diferentes perspectivas teóricas ressaltam benefícios democráticos das praticas associativas a defesa dos grupos mais vulneráveis e excluídos, o caráter pedagógico no sentido da promoção de processos de educação politica, a promoção de reações de confiança, cooperação e espírito publico, as denuncias de relações e poder, ou ainda a participação na elaboração e controle de politicas publicas. Mark Warre 2001 aponta para a emergência de um consenso no interior da teoria democrática acerca da concepção Tocquevilliana da importância da vida associativa para a democracia , pelo fato de as associações serem vista, entre outros.
No caso brasileiro, pode-se afirmar olhando a literatura sobre o tema nas ultimas, décadas, que o país testemunhou a emergência de um quadro associativo vigoroso e diversificado. O acumulo de pesquisas sobre essa temática propiciou a sistematização de alguns balanços mais abrangentes que apresentam as diferentes fases trajetória das ações coletivas nos pais, ressaltando o surgimento de um novo associativismo durante o ano de 1970 que rompe com patrões tradicionais. Os anos de 1980 marcam um pico na constituição de diversas associações e movimentos sociais que desencadeia diferentes mobilizações e reivindicações, como as questões urbanas, de gênero, de sexualidade, ambientais, culminando com articulações mais gerais ,como as de defesa de uma constituição pautada por princípios de participação e de justiça social.
A década de 1990 vai trazer novas características nas práticas associativas do páis. Por um lado, como analisado em Scherer-Warren e Luchmann o ímpeto do processo de globalização e a realização de inúmeras conferencias mundiais nas nações unidas veio ampliando a interlocução entre os movimentos sociais e colocando novos desafios analítico em função das articulações de vários fóruns locais nacionais e internacionais. Surgiram também outros coletivos com novas preocupações, a exemplos dos movimentos contra a violência (Gohn, 2003), e muitas novas ongs nas varias áreas temáticas ,resultantes do estímulos as parcerias entre sociedade civil e o poder publico. No processo de incorporação do conceito de sociedade civil , ganha destaque a concepção habermasiana, caracterizada como esfera social portadora por excelência dos potenciais de racionalidade comunicativa , constituindo-se como um conjunto de associações e movimentos sociais que se diferenciam dos Partidos e outras instituições politicas uma vez que nao estão organizados tendo em vista a conquista do poder , bem como dos agentes e instituições econômicas, mais recentemente ,os limites dessa frente teórica vao dando o tom nos debates sobre o tema do associativismo dos movimentos sociais..
Quanto à heterogeneidade no campo associativo, cabe aqui tecer duas observações: em primeiro lugar, os limites dos recortes teóricos, como teorias da sociedade civil e dos movimentos sociais. Em segundo, o alto grau de generalização acerca dos impactos democráticos das associações, sem maiores cuidados no que se refere a necessidade de se especificar , no interior desse campo complexo e plural, os diferentes tipos de associações , e muitas vezes contraditórios efeitos democráticos.
O problema de generalizar não é apenas
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