Atendimento psicopedagógico em uma clínica-escola
Por: Bianca Simãozinho • 2/9/2019 • Resenha • 1.061 Palavras (5 Páginas) • 467 Visualizações
1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MENEZES, Rafael S.; LOPES, Maria G. A. S.; AVOGLIA, Hilda R. C. Atendimento psicopedagógico em uma clínica-escola: um olhar para aspectos da adolescência. Construção Psicopedagógica, São Paulo, v. 20, n. 20, p. 74-90. 2012.
2 CREDENCIAIS DOS AUTORES
Rafael de Souza Menezes é graduado em Psicologia pela Universidade Paulista. Possui especialização em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela Universidade Católica de Santos e está cursando especialização em Psicologia, Nutrição e Transtornos Alimentares pela Universidade de Araraquara.
Maria Gentil Araújo da Silva Lopes é graduada Licenciada em História e em Psicopedagogia Institucional e Clínica.
Hilda Rosa Capelão Avoglia é especialista em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo. Possui mestrado em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Atualmente é docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Políticas Públicas da Universidade Católica de Santos.
3 RESUMO DO ARTIGO
Os autores iniciam o artigo com um histórico da Psicopedagogia, ressaltando que em seus primórdios, na década de 1970, a disciplina atribuía o fracasso da aprendizagem ao discente. Tanto a escola quanto a família só passaram a fazer parte do universo de pesquisa em Psicopedagogia a partir da década de 1980. De acordo com os autores, há a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para dar conta do fenômeno da dificuldade de aprendizagem. Compreendida como uma mudança de comportamento que resulta da relação do indivíduo com o meio, para ser efetivada a aprendizagem necessita de condições internas (sujeito) e externas (estímulos). Dificuldades de aprendizagem ocorrem se a criança não dá o retorno esperado, podendo ser de dois tipos: dificuldades escolares e distúrbios de aprendizagem.
Enquanto a atenção lentamente se torna uma ação voluntária, a memória compreende a capacidade de armazenar e mobilizar conhecimentos, sendo devedora os processos de atenção e de percepção. A tarefa do psicopedagogo consiste em identificar como a aprendizagem ocorre. Porém, há a necessidade de um olhar para a família e para a escola como partícipes da aprendizagem da criança, uma vez que seu desenvolvimento passa por um cuidado adequado. Sobretudo durante a adolescência, momento de transformações e de afirmação da autonomia do indivíduo.
Através de um estudo de caso, os autores desenvolvem um estudo sobre dificuldades de aprendizagem. Assinalam a abertura que a família demonstrou para o trabalho de intervenção. Uma das sugestões dadas foi a delimitação de rotinas para o desenvolvimento da autonomia da adolescente, tendo como pano de fundo o papel desempenhado pela família no tratamento para superar as dificuldades de aprendizagem.
4 CITAÇÕES
“Psicopedagogia surgiu da necessidade de atendimento e orientação a crianças que apresentavam dificuldades ligadas à sua educação, mais especificamente à sua aprendizagem, quer cognitiva, quer de comportamento social” (MENEZES; LOPES; AVOGLIA, 2012, p. 75).
“[...] o processo de aprender vai constituindo o sujeito em consequência da necessidade emergente do intercâmbio entre seu organismo e o meio” (MENEZES; LOPES; AVOGLIA, 2012, p. 76).
“[...] cabe ao profissional no processo diagnóstico, investigar o caminho da atenção do cliente no processo de aprendizagem, verificando se ele está sendo capaz de selecionar os estímulos que recebe e se sua estabilidade está adequada, analisando ainda se as oscilações apresentadas são compatíveis com sua idade e situação de aprendizagem” (MENEZES; LOPES; AVOGLIA, 2012, p. 78).
“[...] indivíduo, apesar de ser único, inegavelmente possui as características de seus semelhantes e a expressa nas suas ações, pensamentos, sentimentos e é assim que uma informação pode ser generalizada/explicada, através da apreensão dos processos que a constitui” (MENEZES; LOPES; AVOGLIA, 2012, p. 79).
“No decorrer de cada um dos instrumentos de investigação foram avaliados aspectos afetivos e ambientais da adolescente, vistos como de especial importância no processo diagnóstico e terapêutico. Estes aspectos foram observados a partir dos relatos da jovem e de seus pais durante os atendimentos e dos questionários complementares às atividades aplicadas” (MENEZES; LOPES; AVOGLIA, 2012, p. 82).
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