RESENHA - O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES / SUPER DOTAÇÃO: AS ESCOLAS PAULISTANAS E O INSTITUTO LABTALENTO
Por: Honorio Hondo • 27/5/2020 • Resenha • 2.193 Palavras (9 Páginas) • 381 Visualizações
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ANHANGUERA EDUCACIONAL
POLO SANTO ANDRÉ/SP - UNIA
PSICOLOGIA
MATUTINO - 1º SEM
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL
Prof.ª Dinah Stella Bertoni Stevanato
Alunos: | Adriano de Araújo Cavalcanti | RA: 379862113595 | |||
Ana Paula Saranti Puzzi | RA: 382961013595 | ||||
Eliza Abôamara | RA: 370375413595 | ||||
Honorio Vebber Hondo | RA: 382686913595 | ||||
Marcia Maria de Carvalho | RA: 380460413595 |
RESENHA
“O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO: AS ESCOLAS PAULISTANAS E O INSTITUTO LABTALENTO”
Santo André – SP – Brasil
2020
- Introdução
Esta resenha baseia-se na publicação Pesquisa e Prática em Educação Inclusiva, Manaus, v. 1, n. 1, jan./jun. 2018, ISSN 2595-1920, da Universidade Federal do Amazonas, pág. 27 - 42. Trata-se de um Relato de Pesquisa realizados por Camila de Almeida Sture (Especialista em Educação Especial com ênfase em Altas Habilidades/Superdotação pela Universidade Estadual Mesquita Júlio de Mesquita Filho - UNESP) e Ana Paula Pacheco Moraes Maturana (Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar sobre “O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO: AS ESCOLAS PAULISTANAS E O INSTITUTO LABTALENTO”
- Resumo
O estudo apresentado no texto nos traz uma análise/comparação da forma de tratamento dos alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) em duas situações diferentes. Para cada instituição estudada, foi utilizado um método de pesquisa diferente, porém tendo como principal objetivo o entendimento de como são tratados os alunos com AH/SD nas regiões que abrangem.
- 1º CASO - Escolas Paulistanas Municipais
Foi apresentado um questionário a 32 professores que lecionam no ensino fundamental em três diferentes escolas da rede municipal da zona sul de São Paulo. O resultado dos questionários se apresenta compilado no quadro abaixo:
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A formulação do quadro foi baseada em 6 questões, como objetivo saber se os professores seriam capazes de identificar possíveis alunos AH/SD, sobre quem fazia a identificação destes estudantes, sobre a formação dos professores em relação ao tema das AH/SD, do conhecimento da Lei Municipal que assegura o atendimento especializado ao estudante com AH/SD e descrições sobre o conhecimento que tinham sobre enriquecimento curricular e práticas que utilizavam com os estudantes deste público. Os dados apresentados deixam claro a necessidade de formação adequada para uma correta identificação e atendimento aos alunos com AH/SD. Considerando as estimativas, a baixa indicação de práticas pedagógicas adequadas aos estudantes AH/SD também se dá pela falta de formação dos professores da rede municipal neste tema. Outro ponto que deve ser observado é que mesmo o Brasil tendo toda a legislação que define, garante o acesso, a identificação, cadastramento e atendimento educacional especializado, ainda assim, são poucos os serviços voltados a este público, ficando restritos a poucas regiões de atuação, liderados por pesquisadores da área. Isto quando não ficam também dependentes do interesse político/governamental, tendo atividades interrompidas de acordo com os interesses dos governantes. Em São Paulo por exemplo além de não fornecerem um serviço educacional especializado, os professores não têm conhecimento da legislação, que lhes garante inclusive a formação necessária. Ainda das respostas ao questionário podemos também ter uma ideia de qual é a visão dos professores sobre práticas pedagógicas voltadas aos estudantes com AH/SD, algumas propostas são parcialmente adequadas – aprofundar conteúdo, trazer mais informação, solicitar pesquisa - pois possibilitam trabalhar com a capacidade e interesses próprios do aluno. Entretanto deve-se ressaltar que tais alternativas são isoladas, sem planejamento para o decorrer do ano, não explorando de forma consistente toda capacidade e exploração da criatividade.
- 2º CASO. Instituto LabTalento (laboratório universitário na Itália que se ocupa da AH/SD)
Foi baseado em entrevista com a Professora Maria Assunta Zanetti, pesquisa documental e exposição feita durante o VII Congresso Internacional do LabTalento. Durante a entrevista a professora informa que a partir de 2010 já foram atendidos mais de 250 estudantes entre 04 e 16 anos, dos quais apenas 30 são meninas. Segundo suas pesquisas isto ocorre porque estas têm mais facilidade em se adaptar, não “atrapalham” a aula, não criam dificuldades aos professores assim tendo menor visibilidade neste tema. Estas crianças em um primeiro momento chegavam ao Labtalento através dos próprios pais, que notavam as dificuldades de adaptação ao ensino comum, e por muitas vezes eram diagnosticados (erroneamente) como TDAH ou com Distúrbio de Comportamento opositor. Afirma, porém, que nos últimos anos, graças aos trabalhos de sensibilização, divulgação e formação feitos em vários níveis (escola, família, profissionais da saúde) passou-se a ter a indicação de profissionais como professores, psicólogos, neuro psiquiatras e pediatras.
O quadro abaixo mostra quais os principais motivos de encaminhamento de avaliação do LabTalento:
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A professora explica que o processo de avaliação se dá primeiro com a família, onde é solicitado preenchimento de um questionário pelos pais, sendo este analisado e agendada uma entrevista com a família. A criança passa por uma entrevista aprofundada e por instrumento de avaliação enquanto pais e professores recebem questionários que dão maiores informações sobre a criança. Tudo é analisado, produzido um relatório e enviado a família, e por fim é marcada nova entrevista onde são explicados todos os pontos aos pais e, então, a criança e família passa a ser assistidas pela Labtalento.
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