Atividades lúdicas para o ensino da matemática
Por: Talita Arruda de Oliveira • 24/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.752 Palavras (8 Páginas) • 340 Visualizações
ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Talita Arruda de Oliveira RA: 2013100531
RESUMO: Para trabalhar a matemática no ensino fundamental é importante considerar que a aprendizagem de conceitos e procedimentos matemáticos se relaciona com a atribuição de significados e estes resultam de relações que se estabelecem entre esta e outras áreas do conhecimento. Estabelecer as relações para possibilitar a atribuição de significados às noções matemáticas é de extrema importância. Ao elaborar atividades é importante considerar dois aspectos: relacionar observações do mundo real com representações e relacionar representações com princípios e conceitos matemáticos.
PALAVRAS CHAVE: Matemática. Operações fundamentais. Lógica. Álgebra. Atividades lúdicas.
INTRODUÇÃO
É notável que grande parte dos alunos do ensino fundamental apresenta defasagens quando o assunto envolve matemática. Por esta razão, é importante que o professor busque metodologias diferenciadas com o objetivo de levar o aluno a estabelecer relações críticas entre os conteúdos matemáticos estudados e situações reais, como por exemplo, algumas brincadeiras infantis.
Não somente pelos alunos, mas para grande parte da sociedade, a matemática é tida como uma disciplina pouco relacionada ao cotidiano e vista como algo de difícil compreensão, desinteressante e longe de ser atraente, principalmente pela grande diversidade de fórmulas abstratas que de fato não tem sentido algum antes de serem compreendidas, porém, ao contrário desse pensamento, a matemática está muito mais próxima do dia-a-dia das pessoas do que se imagina e seus conceitos podem ser facilmente entendidos, desde que sejam oferecidas condições satisfatórias para sua compreensão.
A fim de ultrapassar as barreiras existentes entre o ensinar e o compreender matemática é que o lúdico se torna uma ferramenta poderosa ao passo que motiva o aluno para o entendimento dos conceitos que são extremamente importantes para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da coerência, além, é claro, da compreensão do mundo que os cerca. É uma ferramenta para atender à necessidade de elaborar pedagogicamente aulas com maior aproveitamento e entretenimento, ajudando o aluno a analisar, compreender e elaborar situações que possam resolver determinados problemas propostos pelo professor permitindo a análise e compreensão do resultado e assim adquirir conhecimento, interpretar e articular métodos para argumentar e concretizar problemas.
A ludicidade, quando bem trabalhada, proporciona ao professor grande produtividade no exercício profissional ao passo que desenvolve no aluno habilidades nunca imaginadas numa aula tradicional. Os benefícios são inúmeros principalmente no que diz respeito à interação dos alunos com o professor o que cria um clima afetivo na sala de aula além, é claro, de desenvolver maior capacidade de concentração, intuição e criatividade frente aos desafios propostos pelos jogos. As atividades farão com que o busque a solução do problema proposto, e isso promove (na maioria dos casos) maior interação com seus colegas, e consequentemente desenvolve a cooperação e o diálogo, ou seja, os alunos com o intermédio do professor são agentes ativos no processo de ensino aprendizagem. Vale ressaltar que a aprendizagem de conceitos e procedimentos matemáticos está ligada à compreensão e atribuição de significado, uma vez que tais significados levam o aluno a estabelecer relações entre esta área e outras áreas de seu conhecimento.
Ao elaborar as atividades matemáticas, o professor deve levar em conta dois aspectos básicos da aprendizagem nesta ciência exata: relacionar observações do mundo real com representações e relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos.
Jogos matemáticos que explorem os conceitos geométricos, algébricos e aritméticos no Ensino Fundamental possibilitam aguçar a curiosidade e o interesse do aluno que muitas vezes considera esses assuntos desinteressantes e fora da sua realidade. A interação promovida pelo lúdico permite também o confronto entre pontos de vista, fazendo com que o aluno defenda suas idéias de forma lógica e coerente tornando-se, assim, mais crítico e menos passivo e, desta forma, desenvolvendo a capacidade de resolver problemas. Todas essas afirmações estão comprovadas: o lúdico é realmente uma ferramenta capaz de romper as barreiras da rotina e do comodismo, características estas que o ensino da matemática, em geral, apresenta no contexto da educação brasileira.
Portanto, a atividade lúdica é, sem dúvida, uma grande oportunidade que o professor de matemática possui para desenvolver as habilidades e competências necessárias para o aluno. O lúdico, ao ser utilizado, promove então a motivação no ensino da Matemática, o que deixa as aulas mais atrativas e estimulantes além de desmistificar (em grande parte dos casos) a idéia que as pessoas possuem dessa área do conhecimento, ou seja, a idéia de uma ciência composta por conteúdos de difícil compreensão e compreendida para poucos.
A proposta das atividades lúdicas no Ensino Fundamental tem a finalidade de despertar o desejo pela matemática e introduzir as primeiras noções de como desenvolver e utilizar esse conhecimento dando alicerce para que o mesmo possa abranger seus conceitos durante a vida escolar. O aluno, no Ensino Fundamental, joga e, através do jogo, desenvolve mesmo que inconscientemente os conceitos matemáticos. A brincadeira não é mera brincadeira, mesmo que o aluno não tenha conhecimento de tal fato.
1 - AS FASES DE DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Piaget (apud BOCK, PURTADO, TEIXEIRA, 2002, p.101), “cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessa faixa etária”. Para os autores, o desenvolvimento do ser humano deve ser entendido como uma totalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos:
- Físico-motor: se refere ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, com a capacidade de manipular os objetos e de exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a chupeta à boca, consegue tomar a mamadeira sozinha, isto quando aproxima aos sete meses, porque já coordena os movimentos das mãos;
- Intelectual: se refere à capacidade de pensar e raciocinar. Por exemplo: quando a criança de 02 anos usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está debaixo de uma poltrona ou o jovem que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou salário;
- Afetivo-emocional: se refere ao modo particular da criança integrar as suas experiências (sentimentos). A sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplo: quando sentimos vergonha de alguém que nos chamou a atenção, a alegria de ganhar um presente;
- Social: se refere à reação da criança diante das outras, quando se envolve na brincadeira ou não. Por exemplo, criança reunida no pátio será possível observar as que brincam em grupo e outras que brincam sozinhas.
Ainda sob este ponto de vista, os períodos do desenvolvimento humano são subdivididos de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento que interfere no desenvolvimento global:
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