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Aula de português: encontro e interação

Por:   •  22/11/2017  •  Resenha  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  2.198 Visualizações

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ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003 p.39-85.

De início a autora apresenta alguns princípios teóricos capazes de fundamentar um ensino da língua mais relevante e eficiente chamando atenção sobre a interdependência existente entre teoria e prática, enfatizando como é importante que o professor entenda o significado dessa ligação, no sentido de melhorar o desenvolvimento das suas práticas em sala de aula. Pimenta e Lima (2004) comentam que a profissão do professor desenvolve habilidades específicas para realizar-se. Todavia, a prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão podem reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria ou de uma teoria desvinculada da prática. Por esse motivo discute-se também a importância da não acomodação do educador, que deve assumir uma postura ativa, procurando meios de se envolver em pesquisas, no sentido de transformar sua prática baseando-se em estudos, que possibilite a aquisição de uma ampla fundamentação teórica.

Para Fontana (2013), à teoria pode ser entendida como a sistematização de representações sobre a realidade, as quais o homem constrói sobre objetos ou fenômenos, segundo critérios lógicos, ou seja, a teoria nada mais é que uma ferramenta que visa tornar a atividade pedagógica mais produtiva, relevante e significativa. Para tanto, é necessário para o professor não esperar que alguém os diga o que fazer e como fazer, devendo haver o constante trabalho de estudar, pesquisar, avaliar, de criar de inventar e reinventar sua prática, que naturalmente depende de uma ampla fundamentação teórica, como afirma a autora.

Assumindo a dimensão interacional da linguagem, Antunes apresenta alguns princípios teóricos capazes de fundamentar um ensino mais relevante e eficiente. Para isso tem como pontos de referência a prática da escrita, a prática da leitura, a prática da reflexão sobre a gramática e a prática da oralidade, sendo a linguagem mencionada como um fenômeno que por vezes afasta o professor da sua prática ideal. Dentro disso destacam-se duas tendências de fatos voltados à linguagem: Um centrado na língua como sistema potencial, e outro centrado na atuação social. Sendo esta segunda uma consideração mais ampla, e consequentemente mais produtiva para as práticas pedagógicas.

Outro ponto relevante discutido no capítulo se refere à variabilidade da escrita, seja na forma, em decorrência das diferenças de função que se propõe cumprir, e consequentemente em decorrência dos diferentes gêneros em que ela se realiza. Geraldi (1993) comenta que a escrita é uma das atividades que valoriza o papel do sujeito na sociedade, uma vez que é por meio de enunciados escritos que o indivíduo pode interagir em seu ambiente social, expor seu posicionamento e agir sobre o mundo. Assim se supõe que alguém seleciona algo a ser dito ao outro em vista alcançar algum objetivo. Ter o que dizer é, portanto uma condição prévia para o êxito da atividade de escrever. As palavras são uma ponte entre quem escreve e quem ler, e para que a mesma ocorra deve-se considerar três importantes etapas mencionadas pela autora: o planejamento, a escrita em si, e a revisão e reescrita.

Em suma, este capítulo se apresenta de forma a encorajar atuais e futuros professores de língua portuguesa,

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