BRNIQUEDOS E BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTL
Por: ROSELIADUDINHA • 26/7/2016 • Trabalho acadêmico • 5.310 Palavras (22 Páginas) • 270 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR E O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ROSELIA ALVES RAMOS SANTOS[1]
RESUMO
O presente artigo pretende relatar a importância das brincadeiras e do aspecto lúdico no processo de desenvolvimento das crianças, em todos os seus aspectos, sejam eles cognitivos, motor e social, fazendo destes assuntos uma questão importante a serem trabalhadas pelos profissionais da educação e pelos familiares, que têm a responsabilidade sobre o cuidar e o educar. Entendendo que, através do ambiente lúdico, divertido e acolhedor, a criança é estimulada a aprender e desenvolver todas suas potencialidades. Foram aplicados questionários com professores de Educação Infantil para compreender e analisar a realidade prática e teórica sobre a necessidade que as brincadeiras têm para o processo ensino-aprendizagem, bem como, analisar in loco as ações dos alunos e professores mediante as brincadeiras propostas e desenvolvidas no dia a dia na escola.
Palavras-chave: Ludicidade, Jogos; Brincadeiras
ABSTRACT
This article aims to describe the importance of play and playfulness of the children's development process in all its aspects, be they cognitive, motor and social, making these issues a major issue to be worked by the teachers and the family who have responsibility for the care and education. Understanding that, through playful, fun and welcoming environment, the child is encouraged to learn and develop all their potential. Questionnaires were applied to early childhood education teachers to understand and analyze the theoretical and practical reality of the need that the games have to the teaching-learning process, and to evaluate in situ the actions of students and teachers through the games proposed and developed in everyday at school.
Keywords: Playfulness, Games; Play
1 Introdução
A escola deve ampliar seus conceitos e procurar enxergar sua didática através do olhar da criança, e o brincar é a linguagem da criança é sua forma de comunicação com o mundo.
Em Vygotsky (1998, p. 122), “para resolver problemas de tensão, a criança envolve-se num mundo imaginário onde todos seus desejos são realizáveis, esse mundo nada mais é do que a arte de brincar”.
A ludicidade é muito importante para a Educação e, em especial para a Educação Infantil, pois, através dela, a criança desenvolve habilidades para a uma aprendizagem efetiva.
Mediante essa perspectiva, a brincadeira infantil assume posição privilegiada para análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com uma visão de que é apenas uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. Através do brincar, surge na criança a capacidade de imaginação, planejamento e apropriação de novos conhecimentos.
O presente artigo surgiu a partir das observações e experiência ao fazer os estágios na área de educação infantil e fundamental. Podendo acompanhar de perto o processo de desenvolvimento da aprendizagem das crianças, surgiu a preocupação de parar, refletir e analisar sobre o poder e a responsabilidade que os educadores têm para o desenvolvimento de forma eficiente e criativa dos alunos, propiciando a aprendizagem num ambiente lúdico e transformador.
2 Revisão Bibliográfica
O lúdico sempre esteve presente na história da humanidade. Na Idade Média, por exemplo, os jogos, embora presentes nas atividades socioeducacionais, não eram vistos como recurso pedagógico, capaz de promover a aprendizagem. Seu foco era apenas no que se referiam às atividades recreativas.
Ariès (1981, p. 69) afirma que:
Na Idade Média, os jogos eram basicamente destinados aos homens, visto que as mulheres e as crianças não eram consideradas cidadãs e, pro conseguinte, estando à margem, não participavam de todas as atividades organizadas pela sociedade. Porém, em algumas ocasiões nas quais eram realizadas as festas da comunidade, o jogo funcionava como um grande elemento de união entre as pessoas.
Nessa época, as crianças eram vistas como adultos “em miniaturas” e tinham que trabalhar. Era muito difícil serem inseridas nas brincadeiras. Apesar dessa restrição, nos momentos de festa, os jogos eram considerados instrumentos de união e integração da sociedade.
Ainda em Ariès (1981, p. 99):
O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia. Nesta perspectiva o sentimento de infância é algo que caracteriza a criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se diferencia da do adulto, e, portanto merece um olhar mais específico.
Percebemos que o mesmo tratamento que os adultos recebiam, também era dado às crianças. Eram consideradas como “adultos em miniatura”.
Foi a partir do Renascimento em que surgiu uma nova concepção da infância, quando foi considerado que o desenvolvimento da inteligência se dá através do brincar, mudando a idéia de que os jogos eram mera distração.
Para Kishimoto (2002, p. 62):
O Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Por isso, foi adotada como instrumento de aprendizagem de conteúdos escolares. Para se contrapor aos processos verbalista de ensino, à palmatória vigente, o pedagogo deveria dar forma lúdica aos conteúdos.
No Romantismo, o jogo aparece como um comportamento frequente e espontâneo da própria criança. Froebel, pedagogista alemão, fundador do primeiro jardim de infância, defendia a ideia de que a criança se expressa através de atividades da linguagem, da percepção sensorial e do brinquedo.
Pena e Neves (2013) cita que:
Froebel foi influenciado pelo grande movimento de seu tempo em favor do jogo. Ao elaborar sua teoria da lei da conexão interna, percebe que o jogo resulta em benefícios intelectuais, morais e físicos e o constitui como elemento importante no desenvolvimento integral da criança.
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