Bingo da química

O USO DOS JOGOS COMO ESTRATÉGIA NO ENSINO DA QUÍMICA: APRENDENDO A ENSINAR

Márcia Angélica Diniz1,Diego Araújo das Chagas2

1,2 Universidade de Uberaba/PIBID, [e-mail],[e-mail]

Linha de trabalho: Jogos e Atividades Lúdicas.

Resumo

O trabalho a seguir foi desenvolvido pelos alunos do curso de Licenciatura em Química da Universidade de Uberaba, do programa PIBID: CAPES/ UNIUBE. Teve como objetivo a construção de um jogo de “bingo” para desenvolver nos alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Paulo José Derenusson habilidades em trabalhar, distribuição eletrônica de elementos químicos, localização dos elementos na tabela periódica e a capacidade de trabalhar em equipe. O jogo foi produzido a partir de materiais alternativos. Após aplicação verificou se maior interesse por parte dos alunos nas aulas e melhor rendimento nas avaliações.

Palavras-chave: Lúdico, habilidade, didático

Contexto do Relato

O Presente trabalho é parte das atividades desenvolvidas pelos Pibidianos do Curso de Licenciatura em Química da Universidade de Uberaba, com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Paulo José Derenusson, localizada na cidade de Uberaba.  O mesmo tem como propósito despertar nos alunos o interesse para o aprendizado da Química, bem como desenvolver nos Pibidianos, habilidades e competências para a criação e aplicação de novos meios no processo de Ensino-Aprendizagem da química.

        O Referido trabalho trata se de um jogo pedagógico, denominado “ Bingo da Química”. Como todos os outros jogos pedagógicos este tem como objetivo despertar o interesse do aluno e estimular sua aprendizagem de forma descontraída e significativa.  Esse, em particular, trabalha a distribuição eletrônica, a localização de cada elemento dos grupos “A” da tabela periódica e, principalmente, a capacidade de realizar trabalhos em grupo.

Sabe se que a habilidade na distribuição eletrônica permite ao aluno uma série de “movimentos” na resolução de situações-problemas no ensino de Química. Como, por exemplo: localização de grupos e períodos dos elementos químicos, conceitos de camada de valência, níveis mais ou menos energéticos, ligações químicas e etc.

Observa se atualmente, que o ensino de Química deve passar por transformações significativas para auxiliar e estimular os alunos na construção do próprio conhecimento. Uma das mudanças refere-se a inserir nas aulas atividades lúdicas, que consistem de recursos metodológicos diferenciados e descontraídos que possibilitam a expressão e a interação dos estudantes.

O uso do lúdico, na forma de brincadeiras e jogos, é defendido como facilitador do processo de ensino aprendizagem por fazer parte do universo criativo do homem desde os primórdios da humanidade (Andrade e Sanches, 2004).

Campos (2010) defende que os jogos auxiliam no processo ensino aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações.

Os jogos são indicados como recurso didático educativo que podem ser utilizados em momentos distintos, como na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos importantes e avaliação de conteúdos já desenvolvidos (CUNHA; 2004). Na atividade lúdica o objetivo é de propiciar o meio para que o aluno induza o seu raciocínio, a reflexão e consequentemente a construção do seu conhecimento, promovendo assim, a construção do conhecimento cognitivo, físico, social e psicomotor o que o leva a memorizar mais facilmente o assunto abordado.

Desta forma os autores do presente trabalho teve como propósito a construção de um jogo pedagógico ( Bingo da Química) e sua aplicação nos alunos da Escola Estadual Paulo José Derenusson, nas turmas de 1º ano do Ensino Médio.

Detalhamento das Atividades

O processo de realização deste trabalho foi dividido em etapas. A primeira foi à confecção das cartelas com nove colunas e seis linhas a serem usadas no jogo.

Para isso, foram selecionados quarenta elementos químicos dos grupos 1A a 8A, para serem utilizados no bingo. Cada cartela era composta por vinte e cinco destes elementos de forma aleatória. Foi construído também a roleta do bingo, a partir de material alternativo.

Inicialmente, dividiu se a sala em grupos de três alunos. Em seguida forneceu se a cada grupo uma cartela. O professor, na sua mesa, ficou encarregado de fazer o sorteio dos números. Conforme todo jogo de bingo, o locutor, ou seja, o professor, “cantava” o número da bola que foi sorteada, número este que é referente ao número atômico do elemento, O grupo rapidamente fazia em uma folha de rascunho a distribuição eletrônica do elemento, pelo diagrama de Linus Pauling, e localizava o elemento na cartela, ou seja, identificava o grupo e o período ao qual o elemento faz parte. Ao encontrar na cartela o referido elemento o grupo fazia um pequeno sinal de lápis em cima do símbolo deste elemento.