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Brincar um contexto para o desenvolvimento e aprendizagem

Por:   •  30/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.396 Palavras (10 Páginas)  •  550 Visualizações

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Brincar um contexto para o desenvolvimento e a aprendizagem

Jogos

Os jogos envolvem jogadores e regras eminentemente sociais e desenvolvem-se apartir do amadurecimento das crianças, para as crianças pequenas os jogos é esperar a sua vez e para crianças maiores os jogos mais complexos com regras.

O que torna o jogo divertido? Aquilo que aumenta o prazer das crianças entre 3 e 8 anos é a brincadeira de movimento do jogo. Já as crianças entre 7 e 12 anos gostam de mostrar suas habilidades e competências físicas e mental.

Entre 3 e 5 anos, as crianças brincam de esconde-esconde e de inúmeros jogos com uma pessoa central, como no pega- pega. Entre 5 e 7 anos, alguns jogos envolvem aceitação e rejeição, como a cantiga de roda, outros envolvem ataque e defesa, como a guerra de bolas de neve. De 7 a 9 anos, acrescentam-se jogos de dominação e submissão, jogos complexos de cartas e de tabuleiro, e esportes em espaços abertos. As crianças menores, em idade escolar, cometem erros em razão de sua empolgação e impulsividade. As crianças maiores, se preocupam mais com os  resultados, apreciam jogos como as charadas e são mais propensas a participar de times organizados.

Os jogos baseiam-se, em habilidades ou em estratégias. Os jogos de habilidades motoras são sempre dirigidos por adultos.

As crianças pequenas, os adultos e as crianças maiores não abordam o jogo do mesmo modo. De 3 a 5 anos, elas jogam como se participassem da brincadeira de movimento e  imitam. Aos 3 e 4 anos, as crianças percebem as regras de um jogo como uma maneira interessante de brincar e não como exigência. Não ficam preocupadas com os outros jogadores e sim com suas próprias ações.

Crianças de 7 e 8 anos, começam a preocupar-se com problemas como controlar os outros , vencer e perder. Podem discutir as regras antes de jogar, buscando as verdadeiras.  Nessa faixa etária, as crianças consideram, quase sempre, as regras “sagradas e intocáveis, provenientes dos adultos e eternas”. As regras de alguns jogos podem variar, devem ser seguidas, mudadas, ignoradas, aplicadas e inventadas, conforme o contexto do jogo e o que as crianças acham divertido, justo e aceitável. O grupo permite modificar o jogo, se necessário. O modo como as regras são alteradas também contribui para a hierarquia social dos grupos de crianças e estabelece o que é aceitável e o que não é. Ao decidirem as regras entre elas mesmas, as crianças desenvolvem habilidades de negociação.

Os jogos são variados e combina-se com brincadeiras de muitos outros tipos. Há jogos de cantar e dançar, que usam uma variedade de objetos, de movimento, associados à dramatização, de linguagem e de construção.

O adulto providencia materiais, espaço e tempo para que as crianças, de todas as idades, brinquem e joguem. Explica o modo de jogar, as regras e, se necessário, faz demonstração para ensinar como se joga.

Humor

Em geral, os adultos não consideram divertido o humor das crianças muito pequenas. O humor das crianças limitam-se à experiências e ao desenvolvimento cognitivo, o que faz que o desempenho delas se modifique ao longo do tempo. Para entender esse humor e apreciar as tentativas de humor das crianças muito pequenas, é preciso observar o contexto que elas estão.

A incongruência no humor das crianças. A incongruência nem sempre provoca divertimento, pois é quando ocorre uma disposição de idéias, expectativas sociais ou de objetos, apesar da incongruência não ser a único ingrediente do humor das crianças, provavelmente é o mais comum humor infantil, mas nem sempre provoca divertimento, as crianças podem reagir a ela com interesse, curiosidade, ansiedade, medo e divertimento.

O humor, como outras formas de brincar, é emoldurado por claros sinais de brincadeira. Como: “toc-toc”, a criança ignorará ou a tratará com curiosidade.

Exagero. As crianças costumam fazer palhaçada, desenhar orelhas gigantescas nos cachorros e rir de seus próprios gracejos ou das pilhérias dos outros.

O humor é social. As crianças riem mais em grupos do que sozinhas.O humor depende da habilidade que a criança tem de fazer de conta, e requer que ela tenha uma orientação para a diversão, dentro da situação que ocorrer o humor, a não existência dessa situação a criança poderá apreciar o exagero, sem achar divertido. As crianças geralmente compartilham seus gracejos com pessoas que tem maiores laços afetivos, como por exemplo seus pais.

As tendências desenvolvimentais do humor das crianças. O humor obedece a uma sequência. No primeiro estágio, os bebês riem e sorriem, sem que haja humor nisso. Em seguida, riem para o principal cuidador que faz uma cara engraçada ou uma brincadeira como “Cadê o nenê? No segundo estágio, a criança simplesmente usa um objeto, servindo-se do humor não verbal. Quando a criança está em um estado de ânimo brincalhão, pegar o sapato da mãe e usar como telefone pode provocar risadas.

O terceiro estágio, as crianças dão nomes, que sabem ser incorretos, a objetos e atividades. Por exemplo, chamam o gato de cachorro e o olho de pé. Entre 3 e 4 anos, deliciam-se com o exagero. Por exemplo, desenhar um gato sem orelhas é engraçado. Outra forma de humor típica dessa idade é chamar alguém pelo nome errado. Riem quando alguém leva um tombo de forma engraçada. Apesar de terem limitações cognitivas, pois são pequenas, não têm maldades.

No quarto estágio, as crianças dependem menos dos objetos e brincam com as palavras – quanto mais tolas forem as palavras, melhor. Nesse estágio, começam a produzir palavras sem sentido, a partir de palavras comum, e a inventar outras sem sentido.. Por exemplo: uma criança de 5 anos conta uma história fantasiosa sobre um elefante feito de espaguetes para divertir os amigos.

O quinto estágio no desenvolvimento do humor – quando passam a compreender os significados múltiplos das palavras – começa por volta dos 7 anos. Compreendem que um gracejo precisa de algo que o dê sentido. Começam a memorizar piadas e contá-las repetidamente aos amigos, embora apreciem sempre novas platéias. È o começo do humor que se parece com o humor do adulto. Começam elaborar trocadilhos e jogos de palavras.

As crianças menores imitam as maiores na tentativa de fazer humor.

Valorizar o humor das crianças. Os adultos que compreendem as tentativas de humor das crianças, escutam atentamente e sorriem ou riem de seus gracejos. Respondê-las para que “deixem de ser bobas” ou para que “parem de bancar tolas” inibe o desenvolvimento do humor. O humor ajuda a criança como membro do grupo, eleva a posição de um membro dentro do grupo e levanta a moral. Embora o conteúdo do humor se modifique à medida que a criança cresce, a habilidade e a confiança que ela desenvolver nessa área a capacitarão a participar com êxito, de uma variedade de situações sociais.

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