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Currículo Teorias e Aplicabilidade

Por:   •  24/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  132 Visualizações

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Joyce Aparecida Vidal Porto-Carrero

        Currículo teorias e aplicabilidade

Avaliação feita pelo Centro Universitário Claretiano, para verificação parcial (Ciclo 2) do desempenho na disciplina Currículo e Aplicação da Educação.

Osasco – SP.

27/09/21

Teorias sobre Currículo e sua importância

Currículo é parte essencial de uma escola e da educação como um todo. É impossível compreendermos a prática pedagógica e o aprendizado sem vincularmos o currículo e a forma que ele foi pensado e projetado. É por meio do currículo que o aprendizado chega ao educando. No entanto, a forma que ele foi pensado, quais conteúdos foram selecionados para compô-lo ou até mesmo a metodologia de ensino que colocará o currículo em prática, tudo isso foi selecionado de forma planejada e intencional e não de forma aleatória, os teóricos críticos e pós-críticos são muito precisos ao defender essa ideia.

Pensando nas teorias sobre o currículo devemos levar em consideração as 3 principais: a teoria tradicional, a crítica e a pós-crítica. Cada qual apresenta suas características, fundamentos e contexto de surgimento.  

A teoria tradicional, a mais antiga, se preocupa em ser uma transmissora de conhecimento e de valores para uma determinada sociedade. De acordo com essa teoria, a escola deve nutrir de conhecimento e habilidades as crianças, tornando-as eficientes, produtivas e preparadas para atuar na sociedade em que estão inseridas. No entanto, nesse tipo de escola ou currículo não há incentivo a reflexão, ou seja, o aluno é apenas uma esponja que absorve conhecimento e que o colocará em prática quando for inserido no mundo do trabalho. Os professores, por sua vez, são apenas transmissores de um conhecimento engessado e que não exerce nenhum tipo de autonomia com relação a sua prática. Esse tipo de teoria sustenta, por exemplo, a educação tecnicista que foi muito aplicada no Brasil nas décadas de 1960, 1970 e 1980.  

Já a teoria crítica, fruto principalmente de análises marxistas, vê a necessidade de transformar a educação e a escola em lugares de reflexão e crescimento analítico dos educandos sobre a sociedade em que ele está inserido. Esta seria uma teoria que defende a ideia de união entre a educação e a ideologia que levaria as futuras gerações a atuarem contra a classe dominante. Segundo a teoria Crítica a classe dominante estaria manipulando a educação e a cultura e que era necessários uma educação e um currículo que levasse a sociedade a abrir os olhos com relação a essas práticas que enxergasse que essa não seria uma escola democrática, que isso seria só ilusório, que de fato essa seria uma escola, currículo e educação excludente. Sendo assim, a teoria crítica exige que o currículo não seja apenas algo mecânico e/ou burocrático, mas sim que ele forneça ferramentas analíticas, de pesquisa, de reflexão e produtor de conhecimento. Paulo Freire, estaria inserido dentro desse universo da teoria crítica enxergando o currículo como caminho para a libertação e que o aprendiz nunca deverá ser apenas um depósito de conhecimento e que para tal a prática pedagógica deve estar embebida de muita reflexão e contextualização local.  

Por fim, cabe ainda salientarmos a existência da teoria pós-crítica. A teoria pós-crítica que ressalta a existência de um mundo multicultural e que o currículo deve levar em consideração esse universo rico em diversidades. Ao propor um currículo baseado na teoria pós-crítica todas as diferenças sociais, de gênero, raciais, étnicas e afins seriam levadas em consideração e seriam contempladas e isso promoveria uma sociedade mais justa, tolerante, respeitosa e harmônica, beneficiando a sociedade como um todo. Atualmente muitos Estados brasileiros já seguem esse perspectiva pós- crítica em seus currículos oficiais.  

Em suma, entendermos como os currículos foram pensados e planejados ao logo da história escolar se faz de profunda importância a medida que entendemos currículo não apenas como um papel formal e burocrático onde estão dispostos conteúdos a serem aplicados, precisamos entender o currículo como uma extensão da escola como reflexo social, político e econômico e que impacta grandemente na construção das próximas gerações e por isso devemos tratá-lo e analisá-lo com muita atenção e cuidado.

Referências Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 35 ed. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2003.

HORNBURG, N.; SILVA, R. Teorias Sobre Currículo Uma análise para compreensão e mudançaRevista de divulgação técnico-científica do ICPG. 3 n. 10 - jan.jun./2007.

SILVA, Tomaz Tadeu da Silva. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do Currículo. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

Teorias de Currículo e suas aplicabilidades

As teorias de currículo, desenvolvidas na sociedade ao longo do tempo e por todo contexto educacional que partem a partir da idade Moderna, precisam ser entendias não apenas como simplesmente teorias, elas precisam ser refletidas e colocadas em prática dentro dos ambientes escolares, levando em consideração cada realidade, cada contexto e cada situação escolar. Sendo assim, as teorias possibilitam reflexão e ação e não são apenas ideias engessadas.  Dessa forma, devemos fazer esse exercício de extrema importância, pensar as teorias na prática e no dia a dia dos contextos educacionais.

Partindo da teoria tradicional, a mais antiga, podemos enxergá-la em contexto educacionais bem específicos, que veem os alunos apenas como depósitos de informações e conteúdos, que pensam em formar alunos para o abastecimento do mercado de trabalho, mecanizados, pouco reflexivos. Vejo essa realidade muito presente em alguns contextos, como em escolas técnicas, que não refletem sobre sua prática e que ainda mantém como objetivo educacional apenas a formação de mão de obra barata para um país subdesenvolvido. Isso não quer dizer que todas as escolas técnicas, que existem atualmente e que eram muito comuns no Brasil nas décadas de 1960/1970/1980, seguem um padrão tradicional, diferentemente, por exemplo, das escolas coloniais brasileiras administradas pelos jesuítas que eram unanimemente assim, porém, ainda existe a tendência dessas escolas privilegiarem uma educação mecanizada , que tendem desenvolver habilidades nos alunos para o mundo capitalista , industrial e tecnológico no qual estão inseridos. Gostaria de ressaltar ainda, que tais contextos educacionais ao invés de democratizarem a educação a torna ainda mais excludente, visto que os alunos só tem acesso aquilo que é pertinente a sua futura função trabalhista ou realidade social, fora isso que temos o fato de que atualmente a tecnologia e industrialização estão num modelo tão intensivo que conviemos com uma situação bem contraditória, com a mesma velocidade que os aprendizes são ensinados e inseridos no mercado logo se tornam obsoletos e dispensáveis devido as inovações que não conseguem , devido a falta de dinheiro para investimento em suas carreiras ou afins, alcançar , se tornando assim ainda mais submissos a dinâmica capitalista e excludente e o pior não são capazes de perceber tal situação, visto que não receberam educação ideal para se tornarem esse tipo de cidadãos.

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