DEFICIENCIA INTELECTUAL
Por: assmann • 5/8/2019 • Artigo • 5.332 Palavras (22 Páginas) • 153 Visualizações
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
LEANDRO. Lourdes Assmann[1]
SILVA, Silvia Sofia Scheid da[2]
RESUMO
O presente artigo foi elaborado para a apresentação na disciplina Trabalho de Conclusão do Curso de Pós em Educação especial. O tema apresentado é: Deficiência Intelectual: A Aprendizagem e a Inclusão. O presente estudo tem como finalidade apresentar as dificuldades encontradas no ambiente escolar sobre as questões da deficiência intelectual, além de perceber quais são as maiores dificuldades para a adequada inclusão desses alunos no ensino regular. Tendo como objetivo geral desenvolver estratégias para que a aprendizagem e a inclusão ocorram por meio de um processo continuo e diversificado, com o intuito de promover uma educação diferenciada estimulando a aprendizagem cognitiva, e psicomotora dos educandos. Utilizamos como metodologia uma pesquisa bibliográfica, tendo todas as informações retiradas de livros sites da internet, revistas, e nos referenciais teóricos com os seguintes autores: SIlvana M. Blascovi- Assis (1997); Rosangela Leonel- Reis e Ricardo Ross (2008); Hilda M.Silva- Ferreira (2015); Adelaide M.Braga-Melo (2010); A. L. Amaral (1994); Revista Diversidades (2008). Conclui-se, que há muito a se fazer e a ser alcançado no ambiente escolar, percebemos que há ainda uma concepção de deficiência intelectual que dificulta “enxergar” esse aluno como um ser com possibilidades de aprendizagem. Acreditamos na irreversibilidade do processo inclusivo desencadeado há algumas décadas e que os obstáculos para a prática pedagógica de alunos com DI estão visíveis e possíveis de serem superadas desde que sejam transformadas em desafios para todos que compõem a escola e aos que constroem as políticas públicas para a educação inclusiva.
Palavras-chave: Deficiência Intelectual. Aprendizagem. Inclusão Escolar.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda um aprofundamento com bases científicas, e consequentes intervenções no campo das estratégias para aprendizagem e inclusão destinadas a deficientes intelectuais. O conceito de educação inclusiva passou a ser pauta da agenda política na década de 1990, por uma reivindicação das pessoas com deficiência, seus familiares e de grupos organizados em torno da defesa de direitos. De fato, especialmente os estudantes com deficiência estiveram excluídos ou segregados do sistema regular de ensino até recentemente. A declaração de Salamanca é considerada mundialmente um dos mais importantes documentos que visam à inclusão social, pois defende “aqueles com necessidades educacionais especiais e que devem ter acesso à escola regular, isso deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades”. (BRASIL, 1994).
Como ocorre a inclusão e a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual? Através da utilização de métodos e técnicas, esses são os meios que contemplam códigos e linguagens apropriadas para a aprendizagem. Para se produzir uma aprendizagem significativa torna-se imprescindível desenvolver critérios de mediação, isso possibilita a interação, pois é através da interação e estimulação que o desenvolvimento cognitivo acontece.
Segundo Feuerstein (1994) afirma que duas são as formas de aprendizagem humana, uma delas é a experiência direta de aprendizado, a outra é a experiência de aprendizagem mediada. Sendo assim, esse autor sustenta que ocorrem mudanças e que são determinantes no desenvolvimento cognitivo causando respostas diferenciadas em relação ao meio em que vive. Portanto, o professor deve se predispor a criar novas aprendizagens, aceitar este desafio, e participar ativamente do processo de aprender com os alunos.
Segundo os autores Pacheco (2007), Gonzalez (2007), Carvalho (2001)e Stainback (1999), devem ser analisadas e postas em prática adaptações no currículo, que favoreçam um rendimento escolar satisfatório e que leve em conta a ampliação dos seus processos cognitivos, visando a construção e o domínio da linguagem escrita.
O objetivo geral do estudo foi desenvolver estratégias para que a aprendizagem e a inclusão ocorram por meio de um processo continuo e diversificado. Assim como os seguintes objetivos específicos: Avaliar o aluno conforme a necessidade de cada um; Utilizar material pedagógico concreto e atividades práticas; Desenvolver habilidades cognitivas para facilitar a construção do conhecimento; Desenvolver a socialização.
A motivação inicial para a realização dessa pesquisa surgiu do interesse pessoal pelo tema, com o intuito de conhecer as bases teóricas e metodológicas que fundamentam o processo de inclusão dos alunos nas escolas, como também contribuir com informações sobre este tema.
A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica, feita através de revistas, sites, livros e monografias, pois tratam da inclusão de crianças no convívio escolar e principalmente a respeito do papel da aprendizagem neste processo de inclusão.
A inclusão de alunos que apresentam, necessidades educacionais especiais vêm mobilizando a sociedade e toda comunidade escolar frente a este novo modelo de escola, onde todos os alunos devem estar incluídos nas salas de aulas, do ensino regular. Esse movimento faz com que a escola reflita sobre princípios desse novo paradigma, que vai desde a convivência com esses alunos em um mesmo espaço até uma mudança na organização de todo o trabalho pedagógico da escola.
A inclusão está aí, presente cada vez mais nas escolas e, é preciso agir, pois de nada adianta ficar esperando que as mudanças ocorram sem nada fazer. Cabe à escola e aos educadores fazerem o possível para que estes educandos sejam realmente incluídos e aceitos.
2 A ESCOLA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A partir da fundamentação teórica observamos que a escola é uma extensão da família. A escola sem dúvida é um lugar importantíssimo para o desenvolvimento do ser humano, onde por meio do professor, acontece a intermediação para auxiliar no processo de ensino.
Não é uma tarefa fácil, muitas vezes por parte da comunidade escolar ocorre o desinteresse, isso faz com que ocorra uma análise do papel real da escola e do conteúdo que está sendo desenvolvido no meio social.
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