DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO
Por: Beto Medeiros • 17/12/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.116 Palavras (5 Páginas) • 298 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO
DISCIPLINA: Teorias e práticas curriculares
DOCENTE: DENISE NATHALIA POTIGUARA DE MORAES LIMA
DISCENTE: Humberto Felipe de Medeiros,
Atividade de avaliação da II Unidade/UFRN
DEZEMBRO/2018
O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.
O Brasil é um país de grandes contrastes sociais e desigualdades resultantes de um longo período de colonização e exploração das populações indígenas e negras.
Bem, vejo o Brasil como um país único onde, ao mesmo tempo em que se quer dar uma ‘bolsa estupro’ para a mulher que sofre violência sexual, também se quer que a mesma crie o fruto dessa violência ao lado de quem praticou essa violência.
E com este exemplo instrutivo, que torna mais fácil a questão, o que é o Brasil e quero destacar o caráter punitivo que marca o pensamento social de boa parte dos brasileiros.
Em nosso pais, a história de problemas e conflitos circundou bem mais do que a formação de classes sociais dessemelhantes por sua condição material.
De acordo com Brito (2017)
Durante mais de trezentos anos, o modo de produção brasileiro se baseou na escravidão,
que tinha como mão de obra a população negra. Em 1888, o Brasil se marca na história
como o último país das Américas a abolir a escravidão, sem que houvesse, entretanto,
nenhum projeto de indenização à população negra por parte do Estado brasileiro. Deste
modo, não havia espaço para a população negra inserir-se na sociedade de classes
brasileira e na República que surgira em 1889
Durante esse período da escravatura brasileira, fazendeiros, militares, governantes reivindicavam o direito sobre as almas e corpos de seus cativos.
As relações da colônia ajudaram a moldar vários estereótipos projetados sobre o homem e a mulher negra como da “cor do pecado”, a mulata com sede de sexo, o negro selvagem na cama e muitas outras.
É no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial.
A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo “justificada” por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros.
Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros.
Mais que uma simples herança de nosso passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.
Os períodos denominados pelos historiadores como Brasil Colônia e Brasil Império duraram cerca de quatrocentos anos e foram marcados pela presença de um modo de produção baseado na escravidão, onde foram trazidos a um novo país para trabalharem e serem tratados como animais ou até pior.
Ainda hoje vemos as consequências do regime escravagista perduram, expondo estatísticas nas quais essas populações aparecem em enormes prejuízos em relação aos brancos.
Essas constatações hoje já começam a ser aceitas pelos governos, e medidas de equalização dos quadros de desigualdades começam a serem tomadas, mas ainda está longe de pagarmos nossas dívidas com nosso povo, ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa única questão demonstram o tamanho do nosso problema pois negar o racismo também não o faz desaparecer.
Pelo contrário, o reforça, nega-lo significa banalizar aquilo que não é natural – o baixo salário, a sub-representação no parlamento, o aniquilamento da população negra nas periferias.
Afirmar que o racismo não existe é um discurso ideológico que contribui para culpabilizar os sujeitos e encobrir que as dimensões supracitadas são produtos da história e das relações políticas.
Há incontáveis anos jovens pretos são assassinados nas periferias pelas mãos da legislação proibicionista, do crime organizado e da polícia militar; a mídia de massas insiste em retratar a população preta em uma condição de inferioridade, do ERRADO, do CRIMINOSSO!
É necessário e urgente que a garantia dos direitos fundamentais como saúde, educação e trabalho, seja efetivada com justiça, de forma que as camadas não favorecidas da sociedade brasileira possam ter um aumento significativo de qualidade de vida.
Os discursos que negam o racismo apenas o reforçam pois fazem crer que a população negra ocupa determinada posição social porque é, naturalmente, inferior, e não porque as relações sociais estabelecidas ao longo da história contribuíram para que ela, em termos gerais, ocupasse as bases da pirâmide social.
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