DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GENERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Por: Jesus Jé • 23/10/2020 • Trabalho acadêmico • 2.223 Palavras (9 Páginas) • 178 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS 10
- INTRODUÇÃO
Na fase da adolescência ocorrem mudanças, tanto hormonal quanto psicológica. Há uma grande pressão para ser aceito (a) na sociedade e seguir os padrões que por ela são impostos. Por isso é importante que os adolescentes estejam bem informados e preparados para essa fase da vida. Tal preparação deveria ser discutida em casa e na escola, mas mesmo atualmente o assunto ainda é um tabu em muitas famílias e escolas. A maioria dos profissionais tem receio de tratar tal assunto já que muitas famílias não concordam com tal tipo de instrução no ambiente escolar.
O estudo em questão tem por finalidade analisar as vertentes em torno dos desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar. Trazendo a investigação e especulação sobre consequências que a não abordagem do referente tema pode ocasionar a formação de consciência social do jovem, usando parâmetros como a importância dos pais, dos amigos e da escola no processo de identificação de gênero e da não comunicação sobre igualdade de gênero, respeito e liberdade devido a aspectos estabelecidos por uma sociedade presa a modelos antiquados de organização social.
- DESENVOLVIMENTO
Entende-se por igualdade de gênero a forma em que homens e mulheres adquirem direitos e deveres, igualitariamente, dentro do poder de liberdade que os condiciona a busca pelas mesmas oportunidades e valorização em todos os âmbitos da sociedade, sendo eles político, familiar, profissional, entre outros, sem limitações criadas a partir de estabelecimento de estereótipos.
A igualdade é o principio da garantia da cidadania, que tem por foco que todos os indivíduos introduzidos na sociedade devem ter por direito condições que os permitem a participação ativa em todas as áreas do Estado a qual estão inclusos. A partir da igualdade e do respeito nenhum ser humano se torna excluso, passando a exercer sua liberdade e privilégios que o cabe independente de quaisquer que sejam suas diferenças.
A igualdade é o princípio tanto da não-discriminação quanto ela é o foco pelo qual homens lutaram para eliminar os privilégios de sangue, de etnia, de religião ou de crença. Ela ainda é o norte pelo qual as pessoas lutam para ir reduzindo as desigualdades e eliminando as diferenças discriminatórias (CURY, 2002).
Desde séculos passados diversos grupos sociais que são discriminados dentro do corpo social pela supremacia que impõem padrões de comportamento lutam por inclusão para alcançar maior espaço. Entre esses está o círculo social de luta feminina que foi o primeiro a dar inicio ao movimento por igualdade de gênero. “Com a intensa formação de movimentos feministas e de mulheres em várias partes do mundo, principalmente na década de 1970, os papéis sociais atribuídos às mulheres e aos homens passaram a ser questionados (FUJIKAWA e SILVA, 2014)”.
“As tendências do movimento feminista tiveram início no final do século XIX e se estenderam pelas três primeiras décadas do século XX. O movimento sufragista, que teve à frente Bertha Lutz (ALVES, A.A.C e ALVES A.K.S, 2013).” O Sufrágio Feminino procurava obter direitos e deveres sociais, políticos e econômicos as mulheres assim como eram dados aos homens.
Após anos de luta, a busca por igualdade ainda se vê necessária e atual, casos de discriminação ainda são constantes, é notório em casos em que indivíduos demonstram interesse por atividades consideradas não convencionais aos padrões de papeis tidos como “ideais” aos respectivos gêneros incitados pela sociedade. Mesmo estando evidentes mudanças na estrutura familiar ao comparar o “modelo familiar” contemporâneo com o de décadas passadas, estigmas seguem atrelados a cultura social dos indivíduos, que frequentemente revelam resquícios de tal sistema organizacional.
Desde a infância as pessoas se deparam com separação de funções e atividades de acordo com o que se considera correspondente a cada gênero que o compete, classificando-os como “coisa de menina” e “coisa de menino”. O menino ao demonstrar interesse por atividades consideradas de natureza feminina é alvo de criticas e escárnio, assim como a menina ao mostrar-se interessada em praticas tidas como de caráter masculino, também são alvos de preconceito e repressão.
Em seu livro “O segundo sexo”, Simone Beauvoir diz:
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.
Ou seja, de acordo com seu ponto de vista, sexo é um fator biológico e fisiológico que distinguem os homens e as mulheres. Já o gênero, é de caráter social, conjunto de comportamentos e qualidades construídos através com processo social, formando assim sua identidade.
Dentro do processo de formação de identidade, entra o processo de identificação de gênero, onde o individuo se reconhece em características e atributos que podem ou não condizer ao sexo biológico que possui.
Embora a identidade pessoal se vá adquirindo ao longo das diferentes etapas do desenvolvimento, a adolescência ocupa indiscutivelmente um lugar central na construção da identidade do Eu. A partir das modificações impostas ao corpo, pelo processo de maturação biológica, os processos identificatórios da infância começam a ser postos em causa na adolescência. (ALVES e MOTA, 2015)
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