DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CARENA SAMANTA HERRERO RIBEIRO

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Professora: Angelita Martins Guedes

Mogi Guaçu

2019

CARENA SAMANTA HERRERO RIBEIRO

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Produção textual interdisciplinar individual apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a conclusão de atividades interdisciplinares no curso de licenciatura em Pedagogia.

Mogi Guaçu

2019

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................4

2.1 Desafios enfrentados ..........................................................................................4

2.2 A igualdade de gênero hoje e o ambiente escolar ...........................................6

3 CONCLUSÃO ..........................................................................................................9

REFERÊNCIAS .........................................................................................................10

1 INTRODUÇÃO

Muito têm-se discutido nos últimos tempos sobre a igualdade de gênero na sociedade como um todo, e não se espera nada diferente se tratando do âmbito escolar. Mas quais os desafios que se enfrenta perante a temática e quais as possibilidades para uma maior abertura e compreensão do tema?

Primeiramente deve se levar em consideração nossa Constituição Federal de 1988 onde diz no inciso I: “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”. O primeiro inciso do artigo 5º da Constituição Federal nos fala de “igualdade de gênero”. Resumindo, diz que todas as pessoas são iguais aos olhos da Constituição, independentemente de seu gênero. Esmiuçando a lei, nos diz que todos os cidadãos brasileiros devem ter os mesmos direitos, oportunidades, responsabilidades e obrigações.

A questão é que a igualdade de gênero, em momento algum, não ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas mostra que o gênero não deve ser um motivo de discriminação. Ainda que, o gênero não pode ser a causa para que se atribua a uma pessoa mais obrigações ou menos direitos. Isso significa dizer que a igualdade de gênero concorda com a ideia de que os indivíduos são mesmo diferentes e que tais particularidades precisam, e devem, ser levadas em consideração, a fim de garantir que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se desenvolver, sendo valorizadas igualmente.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Desafios enfrentados

Considerar a igualdade de gênero é de suma importância para construção de uma sociedade legitimamente igual, justa e democrática de fato.

Ao analisarmos nosso presente, precisamos reconhecer que vivemos em uma sociedade que ainda discrimina mulheres, pelo fato de serem mulheres, e precisa-se estabelecer o compromisso de alterar a situação atual.

Um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) é o de alcançar essa igualdade de gênero e “empoderar” todas as meninas e mulheres. Isso está presente no documento conhecido como Agenda 2030. Em resumo, são metas da ONU a serem cumpridas até o ano de 2030 onde a igualdade de gênero é a quinta delas.

Mesmo que, essa questão ainda seja vista como uma “coisa de mulheres” a igualdade de gênero é uma questão de direitos humanos, e é necessário que homens também se envolvam e interessem por esse assunto, talvez assim seja uma meta mais alcançável. Hoje, crimes como assédio, estupro, feminicídio, dentre tantas outras formas de violência contra a mulher, podem ser considerados problemas sociais e demandam atenção da sociedade como um todo.

Muito se avançou nos últimos tempos, principalmente no ultimo século. Segundo o site do governo do Estado de São Paulo, em 1985 foi criada a primeira delegacia da mulher. Atualmente existem 130 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) em funcionamento no estado. Além disso, com o passar dos anos, foi aprovada a Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que prevê o aumento do rigor nas punições que envolvem violência doméstica ou familiar. Hoje, agressores de mulheres podem ser presos em flagrante ou ter prisão preventiva decretada. Além disso, a lei ainda prevê a saída do agressor da residência de domicilio e a proibição de sua aproximação, tanto da mulher agredida, quanto dos filhos.

Pode-se até pensar que não há relação alguma com tais atitudes e o âmbito escolar, mas nota-se que essa geração que comete tais crimes é a mesma que foi educada com certas frases preconceituosas. Segundo Lins, Machado e Escoura é comum ouvirmos nas escolas as frases como “menina é vaidosa”, “menino é mais agitado”. No âmbito familiar não é diferente e ouvia-se muito “carrinho é para meninos” e “boneca é para meninas”. Além disso, mais recentemente, ouvimos da atual Sra Ministra Damares Alves, responsável pela pasta da Mulher, da Família e

dos Direitos Humanos, a frase “menino veste azul, menina veste rosa”. Isso tudo mostra, ainda, uma geração que, mesmo inconscientemente, faz uma clara distinção de gêneros.

2.2 A igualdade de gênero hoje e o ambiente escolar

Ao se tratar de igualdade de gênero busca-se garantir oportunidades iguais a todos os cidadãos. Apesar dos avanços, ainda há muito a ser conquistado. Para garantir tal igualdade é necessário um esforço contínuo de toda a sociedade, no sentido de erradicar todas as formas de discriminação e violências baseadas em gênero. Consegue-se assegurar esse direito na prática por meio da garantia dos direitos das mulheres em diferentes esferas: política, saúde, mercado de trabalho, integridade moral e física, entre outros.