DIFICULDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS COM AUTISMO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI

ANTONIA MARIA DA SILVA

DIFICULDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 DE CRIANÇAS COM AUTISMO

Caratinga – MG

2016

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI

DIFICULDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 DE CRIANÇAS COM AUTISMO

ANTONIA MARIA DA SILVA

Artigo científico apresentado ao Núcleo de pós-graduação e extensão da FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Alfabetização e Letramento.

Caratinga – MG

2016

DIFICULDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 DE CRIANÇAS COM AUTISMO

Antonia Maria da Silva^[1]

RESUMO

No Brasil não existe a preocupação ao atendimento de crianças autistas, há uma total desatenção para com a formação adequada de profissionais das áreas de medicina, psicologia, pedagogia, entre outras. No currículo destes cursos, as informações sobre autismo são pobres e obsoletas, o que por sua vez impede que o trabalho de investigação diagnóstica e intervenção ocorram em tempo hábil. Este estudo trata da dificuldade que o professor enfrenta na alfabetização e no letramento de crianças autistas. Entendendo que este assunto é vivenciado em muitas escolas e tão pouco discutido, este trabalho é de suma importância para os profissionais e para a criança autista, que tem seu desenvolvimento afetado globalmente, pois enfrenta dificuldades na área da comunicação, interação e imaginação. O professor, sendo o mediador das aprendizagens, tem um papel fundamental no desenvolvimento desta criança e para conseguir alcançar um bom resultado, precisa estar preparado. .Sendo assim o objetivo deste estudo é analisar as dificuldades que o professor encontra na alfabetização e letramento de crianças com autismo.  Este estudo configura –se, como um estudo de caso com abordagem qualitativa, sendo este realizado através da aplicação de um questionário semi- estruturado contendo seis questões, a 06 professores que atuam na Escola Carlos Machado Portela. Com os resultados obtidos pode se concluir que, em geral, as crianças com autismo, apresentam dificuldade em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas quando tem um profissional qualificado e bem capacitado para lhe darem com esses alunos, sem dúvida que o aprendizado é será muito bom,sendo assim é possível perceber mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e a aprendizagem.

Palavras-chave: Letramento; Autismo; Dificuldade de aprendizagem.

1-INTRODUÇÃO

                

Alfabetizar para a vida tem sido uma tarefa árdua, e esta tarefa envolve de modo geral os alunos e professores, pois, assim como o docente apresenta dificuldade para encontrar métodos inovadores e capazes de produzir resultados positivos mediante ao desenvolvimento da leitura e da escrita, os discentes, por sua vez, também apresentam dificuldades para captar o conhecimento repassado e transformá-lo em aprendizado satisfatório.

O autismo é considerado um Distúrbio do desenvolvimento e faz parte de um grupo de condições denominadas, no seu conjunto, de Distúrbios Abrangentes do Desenvolvimento ou transtornos globais do desenvolvimento (ASSUMPÇÃO, 2000).

Atualmente, o sistema escolar brasileiro busca encontrar soluções que respondam ao acesso e à permanência dos alunos com autismo no ensino regular. Algumas instituições públicas e particulares já mudaram sua organização pedagógica, valorizando e reconhecendo as diferenças desses alunos, sem discriminar-los ou segregá-los. Ainda assim existe resistência, por parte de algumas redes de ensino, professores, pais e instituições.

Sendo assim este trabalho tem como objetivo geral analisar as dificuldades que o professores encontra na alfabetização e letramento de crianças com autismo. E como objetivos específicos analisar a percepção dos professores em relação aos alunos autista; Ressaltar as dificuldades encontradas em sala de aula pelo o docente quanto ao ensino de crianças autista; além de analisar a capacitação do professor para lhe dar com alunos especiais.

Segundo Souza (et al, 2004) muitas crianças autistas com severas dificuldades de aprendizado estão em estabelecimentos em que suas necessidades não  são reconhecidas e onde elas causam consideráveis problemas de manejo ao professor e à sala.

Foi nessa perspectiva que surgiu o interesse em pesquisar sobre a temática, advindo da necessidade de analisar a dificuldade que o professor enfrenta em sala de aula para alfabetizar crianças com autismo. Diante da realidade vivida em sala de aula procurou-se realizar uma pesquisa que poderá desencadear boas discussões sobre a problemática. No presente trabalho, busco contribuir nessa direção, discutindo e analisando as dificuldades para alfabetizar crianças com autismo. O estudo também poderá vir a ser instrumento que auxiliará educadores a transformar as dificuldades de lhe dar com alunos portadores de autismo em sucesso e aprendizado constante.

.A metodologia utilizada foi um estudo de caso com abordagem qualitativa, utilizou-se como instrumento de coleta de dados, observação direta no ambiente, um questionário com seis perguntas, o mesmo foi aplicado a 6 professores que atuam na escola Carlos Machado Portela.

A análise discursiva do material coletado nas entrevistas apóia-se nas idéias de ANTUNES (2008), juntamente com argumentos de outros estudiosos tais, como: CAMARGO (2009); FONSECA (2014); GOMES (2011); GURGEL (2012) e PEREIRA, (2013), esses dentre outros autores citados no decorrer do estudo.

Este trabalho está organizado em desenvolvimento, metodologia, discussão dos resultados, conclusão e referências bibliográficas. Onde no desenvolvimento é feito uma explanação do tema, apresentando dados relevantes que permitem refletir sobre a dificuldade que o professor encontra para alfabetizar crianças com autismo. Para isso fez-se uso de um referencial teórico embasado em autores que explicam as dificuldades de aprendizagem que os autistas demonstram além de falar da importância de se ter um professor capacitado para ser o mediador do conhecimento. Em seguida vêm os métodos pelos os quais foi coletado os dados para a realização do trabalho, na discussão dos resultados são expostos os dados obtidos após análise dos mesmos, comprovado através de embasamento teórico. E, por fim, é feito algumas considerações sobre as dificuldades na alfabetização e no letramento de crianças autistas, e como as mudanças vem ocorrendo nos dias de hoje em relação a essas dificuldades.