Desafios da Prática Docente
Por: MaFerreira14 • 15/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.245 Palavras (9 Páginas) • 309 Visualizações
Desafios cotidianos da prática de ensino
Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
ATPS – Didática e Práticas de Ensino
Disciplina: Pedagogia
Profª. Andressa Motta
Tutor à distância: Elenice Lisbôa Gomes da Silva.
Desafios Cotidianos da prática docente
Estratégias para uma educação verdadeiramente inclusiva
Daiane Marins – RA 354189
Elisabeth Marmitt – RA 385388
Jucemara Cristina dos Santos Garcia – RA 380578
Juliana Vieira de Matos – RA 354196
Maria de Lourdes Costa dos Santos - RA 378654
Porto Alegre/RS
2013
Desafios cotidianos da prática docente
Diante das mudanças contínuas da sociedade o desafio da atualidade é construir novas ideias, provocar trocas dentro da própria cultura escolar, superando dificuldades e fortalecer o trabalho em equipe, estimulando assim, a colaboração de todos inseridos neste processo. Este desafio tem sido motivo de discussão em vários setores da nossa sociedade, os quais entenderam que o sistema de ensino e o modelo escolar atual são inadequados.
Nosso sistema educacional tem que reformular-se, reorganizar-se e flexibilizar-se para seguir essa mudança, discutir suas propostas curriculares e seu aspecto social apontando sentido a formação de sujeitos pensantes, que vivem e interagem na sociedade, ampliando horizontes.
Para isso se faz necessário refletir e reestruturar processos e sistemas que motivem essa nova maneira de pensar e agir. Os educadores deverão ser promotores comprometidos com os processos de crescimento pessoal e social dos alunos, através de uma prática inovadora.
Enquanto membros de uma sociedade que se espera democrata, tem-se que priorizar uma educação de qualidade e acessível a todos. Todavia, essa busca não deve tolerar qualquer tipo exclusão. Assegurando que as garantias legais sejam conhecidas com a maior clareza possível, apresentando as condições reais da educação escolar. Portanto, somente a partir desta ciência podem-se identificar os principais pontos necessários a serem mudados para que se alcance a qualidade esperada nas escolas. Acreditar em uma escola inclusiva; sem dúvida é um dos grandes desafios atuais em nosso sistema educacional.
Desafios de uma Escola Inclusiva
Para o cometimento de uma educação que inclua cada individuo que compõe a sociedade, sem segregação, ou seja, a inclusão de todos, quaisquer que sejam suas limitações e possibilidades individuais e sociais, é preciso ampliar a participação nas situações comuns para indivíduos e grupos que se encontram, até então segregados. Todavia, é necessário criar o entendimento de que a inclusão e a integração não se concretizam pela simples extinção de serviços ou auxílios especiais de educação, e sim pela promoção da inclusão educacional como elemento formador da cidadania.
Os sistemas educacionais federais, estaduais e municipais, assim como a rede privada de escolas e todos que fazem parte da comunidade escolar têm se empenhado no sentido de por em prática os pressupostos legais que exigem ou amparam iniciativas no caminho da inclusão escolar. Porém a legislação que trata deste seguimento ainda é pouco conhecida até mesmo pelos professores, gerando questionamentos em todos que compõem a sociedade.
Desta forma, devemos nos dispor a realizar mudanças de atitudes na atual conjuntura escolar, efetivando a integração e deixar de inferir a existência de preconceito e discriminação negativa no espaço escolar e na sua comunidade e procurar contornar os obstáculos que se apresentarem.
No entanto, se o comprometimento não envolver a maior parte da comunidade escolar, e as atitudes do meio permanecerem não problematizadas, poucos resultados serão obtidos.
Estratégias de comunicação e de ensino para uma educação verdadeiramente inclusiva
Para que possamos compreender a criança com necessidades educacionais especiais e suas necessidades, é importante nos empenharmos na elaboração de um projeto voltado ao atendimento da mesma, buscando adequar-se a sua realidade, contando como base os programas educacionais. Buscar prioritariamente espaços que apresentam infraestrutura, mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos necessários para assegurar aos estudantes público alvo da educação especial pleno acesso ao currículo escolar em igualdade de condições com os demais estudantes.
Bem como professores com formação voltada a Educação Especial para realizar este trabalho.
Levando em consideração que ao iniciarmos nossas atividades docentes e ingressarmos em uma sala de aula regular, e que a educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ocorrer neste espaço, tendo a possibilidade de nesta sala haver uma ou mais crianças com necessidades educacionais especiais, pressupondo que seja a surdez, procuramos desenvolver algumas atividades que alcancem todos os objetivos do ensino proposto e supra todas as necessidades destas crianças.
Na hipótese de que a sala de aula onde desenvolveremos estes trabalhos serão salas regulares onde haja um ou mais alunos com surdez e que todos estariam gozando dos programas de inclusão de alunos surdos a rede regular de ensino e que haja as premissas básicas já expostas em lei para a formação de escolas, segue algumas sugestões de atividades possíveis de serem oferecidas nas salas de aula regular que contemplem o aprendizado para o aluno surdo, e ajuda na integração entre eles e os alunos ouvintes.
Projeto
Saiba ver e ouvir as diferenças.
Público alvo
Ensino Fundamental - Alunos com surdez e demais.
Justificativa
Concebemos a ideia de que as atividades em conjunto apresentam grande subsídio para a inclusão das pessoas com necessidades especiais de ensino na sociedade, devido à possibilidade de uma grande troca de saberes. Podendo estas ocorrer em espaços predispostos para iniciar uma mudança de comportamento, como na sala de aula, onde o papel do educador é primordial e deve ser firmado com empenho.
Objetivo Geral
O objetivo principal é minimizar as limitações dos alunos deficientes, a fim de promover a escolarização eficaz e exitosa criando estratégias que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas e promover a interação com o grupo.
Objetivo específico
Integrar alunos surdos com alunos ouvintes.
Estratégias de comunicação e ensino para inclusão social de surdos
Confeccionar crachás das crianças e professor, com escrita não convencional (fotos, caricaturas, cores, sinais, entre outros) escolhida pelo(s) aluno(s) surdo(s), acompanhada da convencional, nome de todos os componentes do grupo. Atividades serão propostas, para que o aluno reflita sobre: representações gráficas em geral, a escrita como registro.
Etiquetar todos os espaços da sala de aula (janela, porta, cadeira, os diferentes caminhos) com o nome e sinal, incentivando as crianças a nomeá-los, e a conhecerem o nome e o sinal em Libras.
Utilizar sinais visuais com cartelas coloridas que podem substituir comandos de voz, os movimentos, os números, as tarefas, etc.
Ao passar conteúdos no quadro, na explicação, o professor nunca deve fazê-la de costas para os alunos, sempre de frente, possibilitando a leitura labial;
O professor, ao escrever no quadro, não pode passar o conteúdo e falar ao mesmo tempo, visto que o aluno surdo ou escreve ou presta atenção na tradução;
Levar para a sala de aula recursos como: material concreto, cartazes para colar na parede, revistas, livros, figuras, brinquedos, etc., relacionados ao conteúdo que será trabalhado.
Relações de ensino compartilhadas no cotidiano escolar
Devido a enumeras teorias existentes a respeito da educação especial, que tem movimentado o cotidiano dos profissionais envolvidos com a formação de sujeitos no âmbito escolar e que buscam novas alternativas de ensino, elaboramos algumas atividades onde constam conteúdos dinâmicos, contribuindo para uma nova forma de aprendizagem. Fazendo com que a sala de aula seja um ambiente estimulante, que valorize a interação de todos os alunos, surdos e ouvintes que possibilite à criança percorrer o conhecimento de maneira mais motivada, crítica e criativa, que proporcione trocas de experiências, de afetividade no ato de aprender e desenvolver o pensamento.
Ano e Etapa de Ensino: 3º ano, 1º trimestre.
Número de alunos da turma: 24 alunos.
Faixa etária: 8 a 9 anos de idade.
Principais características: consiste em um grupo de 24 crianças onde 13 são meninos, e 11 são meninas. Organizados em carteiras individuais, tendo bastante espaço para formações de duplas e grupos. São crianças na maioria de sua parte com facilidade de desenvolvimento nas tarefas propostas, porém há 2 alunos que tem dificuldades de leitura e interpretação de texto, assim tornando mais difícil o entendimento de diversificados assuntos, e 1 aluno com deficiência auditiva/surdez. Em geral todos têm disciplina dentro da sala de aula. E apresentam uma conduta coerente para a idade. Demonstram bastante interesse e esforço em busca do conhecimento dos assuntos abordados, são questionadores e atentos aos conteúdos passados. Crianças com boa integração e cumplicidade.
A equipe docente é composta pela professora regente, o professor de Educação Física, a professora de oficina de informática, estagiária/monitora de inclusão, eventualmente uma intérprete de LIBRAS.
Nas aulas de conteúdo obrigatório que são ministradas pela professora regente, há a presença da estagiária/monitora de inclusão para auxílio ao aluno com deficiência auditiva/surdez, onde a mesma trabalha os conteúdos da aula, com material específico para o aluno, material este previamente preparado pela professora regente. Não há acompanhamento em todos os momentos pela intérprete de LIBRAS.
A professora e a estagiária parecem não medir esforços para que o aluno com deficiência auditiva/surdez, sempre preocupadas com o entendimento do conteúdo pelo mesmo. Embora não meçam esforços, infelizmente este aluno não consegue acompanhar o desenvolvimento dos demais.
Nas aulas de Educação Física e oficina de informática parece acompanhar melhor. A professora regente acredita que isto ocorre devido aos estímulos visuais mais latentes que ele recebe nestes momentos, fato esse que não ocorre com mais intensidade nas aulas de conteúdo normal, devido a disponibilidade da própria professora, em dar maior atenção ao aluno e da intérprete.
Os outros alunos de uma forma geral são acessíveis aos conteúdos passados e tentam sempre interagir com os professores, e se mostram bem sensibilizados com a questão das necessidades especiais do colega com deficiência auditiva/surdez, respeitando suas dificuldades e demonstrando interesse e curiosidade pelos materiais pedagógicos específicos para ele, e às vezes dispersam da aula devido a estes materiais e também pela presença da interprete e da estagiária/monitora de inclusão.
Recursos de ensino disponibilizados na sala de aula: livros didáticos, material impresso, revistas, jornais, ilustrações, jogos, quebra cabeças, lousa, caneta atômica, papel pardo, materiais diversos para desenhos e recorte como folhas de oficio, tesouras, lápis de cor, canetinhas.
Recursos de ensino disponibilizados na escola: escola disponibiliza acesso aos alunos, a livros didáticos através da biblioteca, internet através da sala de informática. Disponibiliza materiais de multimídias (Data show, TV com Vídeo e DVD), e máquina copiadora para reprodução de material e dois computadores e uma impressora para elaboração de material para impressão.
Tempo de duração: Uma aula com duração de 4 horas.
Atividades Propostas:
Iniciar mostrando o vídeo ABECEDÁRIO DA XUXA disponível em http://youtu.be/E_rXeXyhHyM.
Roda de conversa: sobre o que trata o vídeo, quais as letras ou objetos que os alunos identificaram no vídeo; quais os sinais demonstrados no vídeo que os alunos ouvintes e surdos já visualizaram anteriormente, o que os alunos acharam do vídeo. Breve explicação oral, gestual ou escrita.
Entregar-lhes folha de xérox de alfabeto com os pés conforme imagem abaixo e lhes explicar esta curiosidade: “Alfabeto Datilológico com os pés”. Disponível em http://www.dicionariolibras.com.br/website/portifolio_detalhar.asp?cod=124&idi=1&moe=6&id_portifolio=2640.
Distribuir em fichas a atividade para os alunos, onde cada grupo deve escolher a forma de respondê-las e apresentá-las, seja utilizando cartazes, dramatização, música, texto escrito, gestos, objetos, desenhos, colagens, etc.;
Materiais a serem utilizados nas aulas
Data show, folhas xerocadas, folhas cartolina, folhas de ofício, materiais para desenho diversos, lápis preto, borracha, jornais, revistas, tesoura e cola.
Considerações finais
Partindo da premissa de que devemos dar condições para que a criança com necessidades especiais de aprendizagem possa participar ativamente das ideias e atividades do grupo escolar e das atividades da sociedade em geral.
Concebemos a ideia de que as atividades em conjunto apresentam grande subsídio para a inclusão das pessoas com tais necessidades na sociedade, devido a possibilidade de uma grande troca de saberes. Podendo estas ocorrer em espaços predispostos para iniciar uma mudança de comportamento, como na sala de aula, onde o papel do educador é primordial e deve ser firmado com empenho.
Não existe uma receita que nos mostre passo a passo o que deve ser feito para atingirmos bons resultados, sabendo que para inovar na educação é preciso iniciar a ação pela escola e professores, que ao perceberem que existem vários aspectos na aprendizagem que devem valorizar a diversidade e que seu papel não é meramente de informante, mas sim de um formador de opiniões.
Segundo Teresa Mantoan (2007), a inclusão é um desafio que, ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria da qualidade de educação, pois para que os alunos com ou sem deficiência possam exercer o direito à educação em sua plenitude, é indispensável que essa aprimore suas práticas, a fim de atender às diferenças.
Referências Bibliográficas
YOU TUBE. Abecedário da Xuxa. Disponível em http://youtu.be/E_rXeXyhHyM. Acesso em 24/03/2013.
INEP. Educação Especial. Disponível em http://sitio.educacenso.inep.gov.br/educacao-especial. Acesso em 17/03/2013.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O direito à diferença, na igualdade de direitos. Bengala Legal, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/mantoan.php. Acesso em 24/03/2013.
HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo, 2006. Editora Ática.
Dicionário Michaelis on line. Disponível em http://michaelis.uol.com.br/. Acesso em março e abril de 2013.
FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. Disponível em: http://www.feneis.org.br/page/educacao.asp#. Acesso em: 10/03/2013.
MANZINI, Eduardo José; DELIBERATO, Débora. Portal de ajudas técnicas para educação. Equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos para comunicação alternativa. 2. Ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0By4Xp8VZacZTMzcxZWY1NjktZDcyMy00YzYxLWJkYmEtMDc3MzdhYmZmYzM5&hl=en_US. Acesso em: 17/03/. 2013.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Legislação Específica e Dados da Educação Especial. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp. Acesso em: 17/03/2013.
Dicionário de LIBRAS on line. Disponível em http://www.dicionariolibras.com.br/website/portifolio_detalhar.asp?cod=124&idi=1&moe=6&id_portifolio=2640. Aceso em 17/03/2013.
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