Desafios e Estratégias Para Alunos com Deficiência Intelectual
Por: PaulaLadislau • 8/4/2020 • Trabalho acadêmico • 3.364 Palavras (14 Páginas) • 237 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este assunto é de extrema importância para escola e família, pois, atualmente o principal foco da inclusão escolar são as crianças e jovens portadoras de necessidades educacionais especiais e deve-se direcionar um olhar atento aos desafios que são encontrados no cotidiano escolar e buscar trabalhar com estratégias mais eficazes para garantir um ensino de qualidade a esses alunos.
A criança que possui a deficiência intelectual tem mais dificuldade para interpretar conteúdos abstratos e possui impedimentos de longo prazo há também grandes barreiras existentes no ambiente escolar.
Este trabalho investiga quais são os maiores desafios que os educadores estão se deparando para trabalhar com alunos com deficiência intelectual nas escolas de rede publica e quais são as estratégias que estão sendo utilizadas pelos professores em sala de aula para desenvolver a aprendizagem com este público.
Neste sentido é importante que os profissionais estejam preparados para buscar novas estratégias que se desvinculem da antiga concepção quantitativa, como por exemplo, o uso do QI como padrão balizador de quem é mais ou menos intelectualmente capaz, e se apropriar de novas concepções que valorizem o processo de aprendizagem como um fator de desenvolvimento, e não apenas os resultados obtidos por ele. Um caminho a ser traçado poderia ser a possibilidade de diagnosticar os desafios, propor estratégias eficazes, estudar teorias especificas que atenda melhor o estudante no seu desenvolvimento escolar, trabalhar com a teoria das múltiplas inteligências seria um opção bem viável. Um estudante com deficiência intelectual não tem idade mental diferente da cronológica, nem é menos inteligente que os demais. Ele é diferente, como todos os outros. Com algumas características que se sobressaem, talvez. Mas é importante lembrar que na educação inclusiva a diferença é reconhecida como um valor e cada um tem o direito de ser como é.
O objetivo desta pesquisa é apresentar as melhores estratégias para o professor trabalhar em sala de aula com os deficientes intelectuais e superar através de práticas eficazes o grande desafio que é como desenvolver o cognitivo desses alunos, como também promover utilizando técnicas mais apropriadas para tal deficiência não apenas a inclusão, mais também um ensino de qualidade.
Essa pesquisa bibliográfica se desenvolve dentro da área da psicologia, irá abordar a educação inclusiva, com foco em alunos com deficiência intelectual, são baseadas em autores renomados, no âmbito do tema, como Gardner (1983) e Montoan (2007). Também contará com uma pesquisa descritiva que virá confrontar teoria e prática, realizada por meio de questionários com o intuito de coletar dados qualitativos, será feita uma pesquisa com professores que atuam na área da educação especial, nos quais professores que se encontram em situações escolar cotidianas fornecerão informações preciosas para chegarmos a uma conclusão mais precisa sobre o assunto.
Os caminhos dos alunos com Deficiência Intelectual nas escolas
Nota-se a necessidade de rever os caminhos traçados pelos alunos portadores de deficiência intelectual, e quais áreas do desenvolvimento humano são mais afetadas, e interferem no desenvolvimento escolar.
Para tanto, torna-se necessário, primeiramente, conhecer para identificar as principais características dos alunos com deficiência intelectual. Existem quatro áreas distintas em que os indivíduos com deficiência intelectual podem se enquadrar (considerando sempre que cada indivíduo possui características, dificuldades e habilidades próprias): área motora, área cognitiva, área da comunicação e a área sócio educacional.
O que caracteriza a deficiência intelectual?
A deficiência intelectual é definida pela baixa capacidade de compreender, aprender e aplicar informações e tarefas novas ou complexas. Caracteriza-se pela falta de concentração, dificuldade em interagir e se comunicar e baixa capacidade de compreensão linguística (não compreendem a escrita ou precisam de um sistema de aprendizado especial).
Os principais tipos de doenças intelectuais
Causas genéticas:
A Síndrome de Down é o tipo mais comum de deficiência intelectual, causada pelo excesso de um cromossomo no material genético da pessoa, resultando na trissomia do cromossomo 21. Esse cromossomo a mais é oriundo de uma alteração na divisão do material genético no momento da formação do gameta feminino ou masculino.
A Síndrome do X Frágil é causada por um problema genético no cromossomo X que provoca alterações comportamentais e de aprendizado. Pode acontecer em homens e mulheres, porém, nos homens a manifestação da doença é mais grave.
A Síndrome de Angelman também conhecida como "síndrome da boneca feliz", é causada por uma anomalia em um gene transmitido pela mãe. A maioria dos casos de Síndrome de Angelman ocorre quando uma parte do cromossomo 15 materno é apagado.
A Síndrome de Prader-Willi é causada por uma alteração do cromossomo 15 paterno no momento da concepção. O distúrbio caracteriza-se por hipotonia (músculos "moles") ao nascimento, retardo mental, ingestão excessiva de alimentos (hiperfagia), baixa produção de hormônios sexuais, estatura baixa e atraso no desenvolvimento psicomotor.
Causas não genéticas:
São muitas as causas não genéticas que podem resultar em algum grau de comprometimento intelectual, desde doenças infecciosas, doenças hereditárias e exposição a substâncias tóxicas.
No entanto, indica-se que esses alunos tenham contato com pessoas da mesma idade cronológica para contribuir com o seu desenvolvimento.
Todavia, é importante salientar que as limitações das pessoas com deficiência intelectual dependem das oportunidades e necessidades individuais. Deve-se compreender, portanto, que cada indivíduo com deficiência intelectual tem, como qualquer outro, limitações e competências. Assim, o estímulo por parte de familiares, amigos e professores podem determinar o grau de desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual e, deste modo, as formas de enfrentamento das dificuldades.
Na escola é possível criar mecanismos de estímulo cognitivo, social e motor, criando, assim, para qualquer criança,
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