Dificuldades Matemáticas - Que caminho seguir?
Por: roseligarcia2005 • 9/2/2016 • Artigo • 8.241 Palavras (33 Páginas) • 479 Visualizações
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
REDEFOR – REDE SÃO PAULO DE FORMAÇÃO DOCENTE
Dificuldades Matemáticas - Que caminho seguir?
Cristiane Murbach Pinhati Aba
Eliana Regina dos Santos Oliveira Freitas
Fátima Del Ciello de Menezes
Regiane Aparecida Scalzitti Tofoli
Roseli de Oliveira Garcia
Solange Moreira Marquez Aun
Vanda Maria Arpicio
São Paulo, 2012
Sumário
Resumo
1. Introdução
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
1.2.1 Método:
2. Desenvolvimento
2.1 Relatórios de Pesquisa da E.E. CEL JOAQUIM SALLES
2.2 Relatórios de Pesquisa da E.E. PROFESSOR “ARLINDO SILVESTRE”
2.3 Relatório de Pesquisa da E.E. CASTELO BRANCO
2.4 Relatório de Pesquisa da E.E. PROFESSOR GABRIEL POZZI
2.5 Relatório de Pesquisa da E.E. “PROF.ª MARIA APARECIDA DOS SANTOS CASTRO”
3. Resultados
3.1 Plano de ação para melhoria dos resultados da Avaliação da Aprendizagem em Processo
3.2 Plano de Ação Coletivo para auxiliar o ensino da matemática nas escolas públicas
4. Considerações Finais
5. Referencia bibliográfica
6. Anexos
Resumo
Esse estudo está baseado nos resultados da Avaliação da Aprendizagem em Processo, aplicada aos alunos dos 7ºs ano do ciclo II e na coleta de dados sobre as causas prováveis da dificuldade de aprendizagem apresentada pelos alunos em matemática, assim como a identificação de ações bem sucedidas na rede estadual e nas escolas acompanhadas durante esse estudo.
Concluímos que a avaliação é um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem, abrangendo o desempenho do professor, do aluno, dos objetivos propostos e do sistema de ensino, portanto é mais que medir a quantidade de conteúdos que o aluno se apropriou em determinado período. Todas as áreas de conhecimento passam a ter responsabilidade nessa aquisição de saberes.
Palavras chave: avaliação; aprendizagem; educação matemática.
1. Introdução
O raciocínio matemático tem ligação com a vida, com as relações humanas, e contribui para que o aluno possa compreender as questões do seu tempo e o contexto histórico no qual vive.
A aprendizagem da matemática precisa ir além da apropriação de regras e técnicas, tão comum no ensino tradicional onde os alunos faziam atividades mecânicas. Para que isso aconteça, o trabalho com o raciocínio matemático deverá levar o aluno a formular conceitos, tornando o ensino mais significativo e coerente com o seu contexto de vida, ajudando-os na resolução de problemas através das discussões de ideias, checagem de informações e desafios sempre criativos e intrigantes.
Segundo Simone Selbach (2010, p. 39)
A matemática é uma das mais importantes “ferramentas” para a humanidade e, sem ela, o homem jamais seria capaz de sair das cavernas para, tempos depois, inventar o computador e viajar pelos espaços siderais. Portanto, ensinar matemática é ensinar a viver, é capacitar o aluno a perceber seu próprio corpo no espaço físico, estabelecendo relações de semelhanças e diferenças e deslocando-se com segurança em diferentes direções.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) a partir das Expectativas de Aprendizagem de Matemática do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental desenvolvem o Projeto “Educação Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – EMAI” que compreende um conjunto de ações com o objetivo de articular o processo de desenvolvimento curricular em Matemática à formação de professores e à avaliação de desempenho dos estudantes, elementos chave de promoção da qualidade da educação.
Esta ação tem como característica principal o envolvimento de todos os professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir da consideração de que o professor é o gerenciador do desenvolvimento do currículo em sala de aula para a construção da aprendizagem dos alunos.
Espera-se que as ações implementadas no Ciclo I, reflitam positivamente no Ciclo II o mais rápido possível, embora segundo Moran (2011)
As mudanças na educação são lentas e difíceis, mas precisam ser aceleradas porque o que temos feito até agora é estruturalmente insuficiente para acompanhar o ritmo alucinante experimentado pela sociedade como um todo.
Para o ciclo II e Ensino Médio, o Currículo Oficial do Estado de São Paulo propõe a todas as disciplinas, inclusive matemática, prioridade no ensino das competências de leitura e escrita, articuladas aos conteúdos de ensino.
Para tanto, professores e alunos, contam com cadernos organizados por bimestres e disciplinas em que constam situações de aprendizagem com indicações claras das competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos em cada tema ou conteúdo, estratégias de ensino, sugestões de avaliação e recuperação, projetos de experimentação, sugestões de materiais complementares, objetivando orientar o trabalho do professor no ensino dos conteúdos específicos.
Observa-se que o trabalho que vem sendo desenvolvido no Ciclo I, não difere do proposto ao Ciclo II, que é a reflexão constante da prática pedagógica, mediante os resultados apresentados pelos alunos, tendo como elemento norteador do processo de aprendizagem, o currículo oficial.
A preocupação com a aprendizagem a partir dos saberes dos educandos, deve ser objeto de constante análise e preocupação por parte dos professores, no sentido de buscar compreender os vários caminhos que o aluno tem para aprender, os reais significados das avaliações - processual e diagnóstica - as novas posturas e atitudes diante das inovações curriculares, concluindo a ideia de “autonomia para governar o próprio raciocínio e tomar decisões”, a qual permite ao professor o papel de mediador, provocador, organizador de boas perguntas, desafiador e não único e mero transmissor de conteúdos.
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