Discutir alfabetização e alfabetização através da linguagem de sinais brasileira
Pesquisas Acadêmicas: Discutir alfabetização e alfabetização através da linguagem de sinais brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adrisana • 29/3/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.174 Palavras (9 Páginas) • 669 Visualizações
INTRODUÇÃO
O trabalho de sinas de libras tem como proposta a inclusão de crianças com deficiência auditiva ao ingressar no ambiente escolar.
Tendo como prioridade discutir o letramento e alfabetização através da Língua Brasileira de Sinais, seguindo as práticas pedagógicas que os educadores se apoiam no ensino da alfabetização.
A maioria dos deficientes auditivos apresentam dificuldades para aprender o sentido da leitura, ou seja, elas aprendem, mas possuem limitações em interpretar e compreender um texto.
Ao falar em educação inclusiva tem-se que vislumbrar o âmbito que abrange tal proposta para uma política educacional. Este processo visa não só a integração social, mas tem uma dimensão bem maior, objetivando um movimento que transforme concepções sobre a diversidade humana e a participação das pessoas, com deficiência ou não, em uma sociedade em que todos sejam de fato cidadãos.
A surdez pode ser caracterizada como uma deficiência relacionada a uma anomalia orgânica, dependente de idade em que se instala, sua intensidade e sua causa. As causas mais comuns de surdez são: Congênitas, isto é, hereditárias, de nascimento; Infecção por rubéola durante a gravidez; Infecções virais, sífilis ou remédios tóxicos para o ouvido durante a gravidez; Falta de oxigênio durante o parto; Trabalho de parto prolongado e traumático; Infecções de ouvido, com saída de pus da parte mais interna do ouvido; Traumatismo muito sério do crânio; Exposição muito prolongada a ruído intenso; Tumores; Alterações das glândulas endócrinas; Problemas circulatórios; Distúrbios do osso do ouvido (otospongiose ou otosclerose).
A concepção clínico-patológico concebe a surdez como uma deficiência a ser curada através de recursos como: treinamento precoce de aplicação sonora individuais, intervenções cirúrgicas como implante conclear etc.
Até os dias atuais, a comunidade surda trabalha com grande afinco por espaço e reconhecimento perante a sociedade ouvinte. Podemos distinguir a história da cultura e educação dos surdos divide-se em 3 períodos distintos:
1. Revelação cultural: Nesta fase os povos surdos não tinham problemas com a educação. A maioria dos sujeitos surdos dominava a arte da escrita e há evidência de que antes do congresso do Milão havia muitos escritores surdos, artistas surdos, professores surdos e outros sujeitos surdos bem-sucedidos.
2. Isolamento cultural: ocorre uma fase de isolamento da comunidade surda em consequência do congresso de Milão de 1880 que proíbe o acesso da língua de sinais na educação dos surdos, nesta fase as comunidades surdas resistem à imposição da língua oral.
3. O despertar cultural: a partir dos anos 60 inicia uma nova fase para o re-nascimento na aceitação da língua de sinais e cultura surda após de muitos anos de opressão ouvintista para com os povos surdos.
Uma grande barreira para o desenvolvimento natural de um surdo é a falta de informação sobre a surdez e a melhor forma de aprendizagem e comunicação para a pessoa surda. Fazendo uma analise sobre a questão da língua oral e língua de sinais, alguns autores dizem que nas escolas de surdos continuam se reproduzindo uma oposição entre oralidade e gestualidade e argumenta ainda que língua de sinais e a língua oral não constituem uma oposição e não podem ser vistas ou interpretadas como tal, mas sim canais diferentes de comunicação.
Na área da surdez, geralmente se encontra o termo “ cultura” como referência à Língua de Sinais, às estratégias sociais e aos mecanismos compensatório de que os surdos usufruem para agir sobre o mundo, como despertar que vibra, a campainha que acione a luz. Porém, devemos perceber que Códigos específicos não expressam uma cultura diferente, apenas indicam a particularidade de um grupo dentro de um sistema social, não há como conceber uma ideia de cultura surda e de seu oposto, cultura ouvinte. Portanto, assumir a existência da cultura surda implica também admitir segregação entre surdos e ouvintes.
Essa "cultura" dos surdos nada mais é do que uma particularidade cultural que constrói a cidadania da pessoa surda e envolve questão como diferenças humanas, multiculturalismo e construção de identidades. Percebe-se com isso que não há realmente uma divisão entre "cultura surda" e " cultura ouvinte", mas sim aspectos culturais que possuem diferentes formas de serem acessados, compreendidos e construídos.
Essa real diferença é o que leva a um desenvolvimento psicocultural próprio dos surdos, já que eles não podem acessar certos aspectos da cultura como os ouvintes, e por isso desenvolvem suas potencialidades de forma diversa.
Trabalhando com alunos portadores de deficiência auditiva
Ao trabalhar com a inclusão de crianças com deficiência auditiva na sala de aula, é importante preparar uma metodologia que facilite a compreensão do conteúdo pelo aluno, além de fornecer a ele recursos visuais.
Há diversas atividades que podem ser adaptadas e trabalhadas na sala de aula, de modo a contemplar também a criança surda. Ao trabalharmos com a alfabetização é importante ter em mente que trabalhar com palavras soltas, fora de um contexto, não produz bons resultados na aprendizagem, então devemos trabalhar a aquisição de nova palavras trabalhando textos.
A sugestão colocada aqui é que tanto a aquisição quanto a fixação de vocabulário, e consequentemente o desenvolvimento na leitura, aconteçam também a partir de jogos e brincadeiras realizados com a criança. O objetivo dessa atividade é ampliar e fixar o conhecimento de palavras da Língua Portuguesa de forma lúdica.
Para a atividade utilizarmos um jogo da memória, onde trabalharemos com a palavra escrita e o sinal representativo em LIBRAS. As crianças deverão sortear no jogo da memória as palavras com os sinais e as imagens correspondentes, anotando as palavras encontradas no caderno e fazendo a representação delas com os sinais.
Esse jogo é interessante para se utilizar vocabulário que esteja sendo trabalhado em aula (verbos, meios de transporte, países,...) para fixação, ou confeccioná-lo por classificação aleatoriamente (comidas, bebidas, vestuário, brinquedos, animais,...) para introdução de palavras novas.
Após a anotação, os alunos devem produzir um texto que contemple essas palavras, e após, apresentar para a sala as palavras que encontraram, como leitura no caso dos alunos sem deficiência, e em sinais, no caso dos alunos surdos.
Outra sugestão está
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