Dissertação sobre as teorias curriculares tradicionais e críticas, para a disciplina de Práticas Curriculares de Ensino I Cur.Sab. e Ação Doc.

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CURSO DE GEOGRAFIA

Dissertação sobre as teorias curriculares tradicionais e críticas, para a disciplina de Práticas Curriculares de Ensino I Cur.Sab. e Ação Doc.

Aluno (a): Gotardo Alves de Almeida Neto

Prof.: Jaqueline Gomes

TEORIAS CURRICULARES TRADICIONAIS

O currículo escolar, além de ser uma listagem de conteúdos e diretrizes usados por professores, é uma concepção histórica e cultural que se alteram ao longo dos anos. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser trabalhados em sala de aula e também, a metodologia que será usada para os diferentes níveis de ensino.

Outra finalidade do currículo escolar é auxiliar na construção de identidade dos alunos, relacionando o conteúdo com o contexto social que está inserido.

Dessa forma, as teorias curriculares têm como função compreender e descrever os eventos da prática curricular, de que forma aquela prática curricular está sendo aplicada, qual o objetivo e se houve algum resultado.

As teorias curriculares tradicionais surgiram nos Estados Unidos em meados do século XX que teve como precursor Jhon Franklin Bobbitt. Desde então, o sistema educacional estava ligado ao sistema industrial, padronizando, impondo regras e trabalhos repetitivos, criando um padrão de sociedade subordinado ao sistema fabril.

O motivo dos alunos ficarem subordinados ao sistema industrial se da por conta que, as teorias curriculares tradicionais tem como base os princípios do Taylorismo e uma tendência conservadora e capitalista.

No filme Escritores da Liberdade, lançado em 2007, a teoria curricular tradicional está presente em algumas cenas do filme. Uma delas é quando a personagem principal, interpretada por Hilary Swank, conversa com seu pai em um jantar. O modo de falar do pai da personagem deixa explícito um aspecto conservado de sua parte, quando o mesmo fala que sua filha poderia ser diretora de uma grande corporação, mas em vez disso ela prefere ensinar em uma escola, onde o mesmo classifica como presídio.

Percebe-se claramente a teoria curricular tradicional, já que as disciplinas trabalhadas com os alunos na sala de aula são voltadas para o mercado de trabalho, voltadas para o sistema fabril. Com isso, o aluno não tem a oportunidade de ter um pensamento crítico dentro da sala de aula, o que impede o aluno de perceber a realidade em que se encontra.

Outro momento do filme em que se percebe a presença da teoria curricular tradicional é quando a personagem principal tem uma conversa com a coordenadora na biblioteca da escola. A coordenadora deixa claro que os alunos de Erin Gruwell não são capazes de ler livros literários que requer um pouco mais de atenção e amplo vocabulário.

A teoria tradicional curricular não permite que o aluno tenha outros tipos de conhecimentos, a não ser conhecimentos do sistema fabril, a mecânica. Com isso, ler livros literários, como o Diário de Annie Frank, era algo que “não se permitia”, pois o aluno saia da escola direto para o mercado de trabalho, trabalhando oito horas diárias, chegando em sua casa cansado e com o estresse.

TEORIAS CURRICULARES CRÍTICAS

As teorias curriculares críticas têm como base as concepções marxistas e nas ideias da Teoria Crítica, vinculadas a Max Horkheimer e Theodor Adorno. Com isso, começou um processo transição das teorias curriculares tradicionais para as teorias curriculares críticas.