Docencia
Por: camiladelagnolli • 7/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.347 Palavras (10 Páginas) • 216 Visualizações
ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO VALE DO TELES PIRES
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR
Disciplina: Pesquisa em Educação
Docentes: Egeslaine de Nez e Ralf H. Siebiger
Data: 13/02/2015
Nome: Camila Damasceno Delagnolli
Resenha de artigos científicos
O trabalho da disciplina de Pesquisa em Educação trata-se de um exercício de revisão bibliográfica dirigida. Toda revisão bibliográfica é feita para um determinado fim, seja para compreendermos melhor nossa questão de pesquisa, seja para conhecermos os referenciais teóricos de esclarecimento e análise dessa questão, seja para conhecermos o que já se produziu em termos de pesquisa científica sobre o tema escolhido, entre outras possibilidades. Ou seja, a revisão bibliográfica não é uma atividade desinteressada, mas sim, possui uma finalidade. E é essa finalidade que irá conduzir nossa busca por referências e, principalmente, ser nosso critério de seleção dessas referências: manter o que realmente nos interessa, e descartar aquilo que não atende às nossas necessidades de pesquisa.
Nesse sentido, o presente trabalho consiste em apresentar um texto contendo resenhas de, no mínimo, 3 (três) artigos científicos selecionados por você de acordo com um tema relacionado à Educação. Para tanto, as 'instruções' são as seguintes:
1) Escolher um tema (questão) de pesquisa e delimitá-lo;
2) Selecionar, a partir de pesquisa de artigos nas bases de dados informadas (arquivo com sites de pesquisa), no mínimo 3 (três) artigos sobre o tema;
3) Elaborar uma resenha sobre cada artigo, incluindo, em sua análise:
a) Breve resumo do assunto do artigo;
a) A contribuição que cada artigo oferece para a compreensão/elucidação de sua questão de pesquisa;
b) Identificação, caso seja possível, do referencial teórico e da abordagem metodológica utilizados pelo autor para a produção do texto (nessa identificação, basta citar os autores e/ou teorias que o autor utilizou e, no caso da abordagem metodológica, basta citar o tipo de pesquisa utilizada – se bibliográfica, documental, estudo de caso, histórica, entre outras possíveis);
Para cada artigo selecionado, sugere-se a apreciação de seu conteúdo de acordo com o seguinte 'modelo':
Artigo 1
1. Referência bibliográfica do artigo
2. Resenha (que compreende):
2.1 Resumo do que se trata o artigo;
2.2 Análise (dividida em dois tópicos):
a) Contribuição para a compreensão/elucidação da questão de pesquisa;
b) Referencial teórico e abordagem metodológica utilizados.
Avaliação e qualidade no Ensino Superior: os impactos do período 1995-2002
Giselle Cristina Martins Real
Universidade Federal da Grande Dourados
O trabalho consiste em apreender os impactos que a política de avaliação da Educação Superior adotada no período de 1995 a 2002 proporcionou à construção da concepção de qualidade nas instituições de Ensino Superior de forma a compreender a sua lógica intrínseca.
Os estudos evidenciaram a constituição de um estado avaliador no contexto brasileiro que, a partir da adoção de um “ethos competitivo”, classificava as instituições por avaliações de rendimento do aluno, gerando competição, ao mesmo tempo em que pretendia melhorar à qualidade do ensino. Esses estudos buscavam contribuir para a política educacional, apontando os vícios e uma qualidade questionável gerada pela política adotada diante dos valores anunciados constituintes da República Federativa Brasileira.
Estudando a história da avaliação da Educação Superior brasileira, foi possível verificar que a avaliação, no período de 1968 a 1994, tem um papel fundamental na busca de melhoria da qualidade dos cursos de Ensino Superior, na medida em que passa a ser instrumento capaz de conter a expansão de cursos por meio da supervisão e do monitoramento. No entanto, foi possível analisar uma ruptura na política de avaliação adotada para o período de 1995 a 2002 em relação à concepção de qualidade pretendida pelos períodos históricos anteriores.
Na gestão do regime militar e na Nova República, a política de Educação Superior implementada, concebia a avaliação de cursos e de instituições como um instrumento capaz de gerar qualidade educacional na medida em que freava a expansão. No entanto, a visão de qualidade desenhada nos anos de 1995 a 2002 desassociou a quantidade como condição para a qualidade, permitindo a expansão de instituições e cursos, notadamente privados, em proporções significativamente maiores do que a realizada nos períodos anteriores. Diante disso, a avaliação ganha novos contornos, tornando-se mais complexa, uma vez que propicia a classificação das instituições e dos cursos em vários graus (A, B, C, D e E, no caso do provão, ou CMB — Condições Muito Boas —, CB — Condições Boas —, CR — Condições Regulares e CI — Condições Insuficientes —, nas avaliações de reconhecimento de cursos) e categorias distintas, proporcionadas por critérios específicos de acordo com a organização administrativa própria à instituição, como instituto superior de educação, faculdade, universidade, centro universitário, entre outras.
Nessa pesquisa podemos observar que com o tempo a avaliação, passa a ser utilizada como um mecanismo de expansão de cursos e instituições, elas foram ficando cada vez mais rigorosa com a questão “qualidade” no ensino podendo assim avaliar as instituições por meio de avaliações aplicadas em alunos que estavam cursando e que já cursaram as instituições de ensino. A partir da configuração de concepções distintas de qualidade, o que se pode observar foi à diversificação existente constituída por universidade, centro universitário e faculdade
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