ESTUDO COMPARATICO ARGUMENTATIVO DAS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO DE PIAGET E VYGOTSKI
Por: Paulo josé • 29/3/2020 • Trabalho acadêmico • 1.909 Palavras (8 Páginas) • 230 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO
BLENDA CARINE DANTAS DE MEDEIROS
MARCELLA GONÇALVES DE MESQUITA
MARIA ALLICE XAVIER DE SOUZA
PAULO JOSÉ GOMES COSTA
SILMARA GOMES BARBOSA
ESTUDO COMPARATICO ARGUMENTATIVO DAS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO DE PIAGET E VYGOTSKI.
João Pessoa-PB
2019
Para dar início a uma análise comparativa das teorias de aprendizagem e desenvolvimento de Piaget e Vygotsky será necessário entender a trajetória que levou esses dois teóricos a escreverem sobre educação e sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento do aprendiz, dessa forma o presente trabalho irá inicialmente apresentar os dois autores para só então apresentar as suas respectivas teorias e por fim comparando as mesmas.
Desenvolvimento e aprendizagem para Piaget.
O educador, psicólogo e biólogo Jean Piaget desde de sua juventude se debruçou sobre os estudos acerca da biologia, psicologia e outros conteúdos que futuramente seriam bases para sua teoria já que para formulação da mesma, Piaget relacionou noções biologia, como por exemplo a teoria darwinista, com o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Ademais também possível perceber relações com o pensamento freudiano quando o mesmo se dedica ao estudo da fase egocêntrica da criança.
Foi no laboratório de Binet, já depois do seu doutorado, que o teórico aprofundou-se no campo da psicologia, mais especificamente a respeito do desenvolvimento infantil. A inquietação acerca desse campo de pesquisa se dar a partir do fascínio de Piaget diante da observação do processo pelos quais a crianças passavam para chegar até suas conclusões. Foi nas décadas de 40 e 50 que ele aprofundou seus estudos utilizando os próprios filhos no processo de observação.
Como dito acima Piaget se apropriou de conceitos da biologia para a formulação de sua teoria isto fica claro quando o autor apresenta importância da hereditariedade no desenvolvimento cognitivo da criança, outros aspectos com a mesma importância para esse processo são o meio social e físico no qual o indivíduo faz parte, a aprendizagem por sua vez é também um fator desse desenvolvimento.
Para o autor aprendizagem se dar através do processo de aquisição dar experiência e é a partir dessa afirmação que irá surgir a teoria da equilibração que será explicada mais adiante.
Segundo o autor o processo de aprendizagem se dar através da modificação duradoura do comportamento do indivíduo depois de passar por situações que o agregaram experiências essa modificação seria o que é chamado de equilíbrio. Tal processo de aprendizagem se dar através de desequilíbrios e reequilíbrios de forma que o indivíduo ao passar pela experiência de uma nova informação, com a qual não tenha familiaridade e que não vá entender inicialmente, ele naturalmente se desequilibra, entretanto, a partir do processo de adaptação esse sujeito irá se reequilibrar. Para o autor sem esse desequilíbrio o processo de aprendizagem seria estático.
Para que aconteça esse equilíbrio é necessário que os seus dois processos estejam acontecendo de forma eficiente e equilibrada esses dois processos são de assimilação e adaptação. Esse equilíbrio também depende da fase do desenvolvimento mental do sujeito.
O equilíbrio é atingido quando o sujeito ao observar a nova informação apresentada consegue assimilar a características dessa informação e adapta-las a estruturas já existentes, ou seja, a conhecimentos que o sujeito já tinha anteriormente. Agregando o novo conhecimento ao conhecimento antigo o indivíduo atinge um novo momento de equilíbrio.
Se nessa mesma situação de uma nova informação não é possível que o sujeito assimile os elementos dessa informação ele volta para o momento de equilíbrio anterior já que é difícil para o ser humano está nesse momento de desequilíbrio.
O autor separa o desenvolvimento em quatro estágios, são eles: sensório-motor que vai até um ano e meio ou dois anos, o pré-operacional que vai de dois a aproximadamente sete anos, o operacional concreto que vai de sete a onze ou doze anos e o formal que acontece quando o indivíduo chega a adolescência, cada etapa tem suas características e seus tempos são estimativas podendo durar mais ou menos no desenvolvimento de diferentes pessoas.
Nesse primeiro estágio a criança irá incorporar hábitos e percepções deixando de ser um indivíduo que só apresenta reflexos para iniciar seu desenvolvimento, para Piaget isso só acontece quando o meio oferece elementos para que essa criança comece a experienciar o mundo. No final desse estágio a criança irá começar a desenvolver a linguagem aumentando rapidamente o seu vocabulário.
Para o teórico esses elementos presentes no meio são de extrema importância para o desenvolvimento do indivíduo já que na sua concepção seres humanos estão sempre em busca do estado de equilíbrio, ou seja, naturalmente curiosos. Deixando claro que essa interação deve partir do indivíduo para o meio não sendo benéfico o ato de força essa interação com o meio.
Ao colocar essa teoria em uma sala de aula a figura do professo não deve obrigar ou forçar que as crianças interajam com o meio, que aprendam determinada informação ou que fação experiências antes que os próprio al/unos demostrem interesse para isso. A sala de aula assim como a escola em geral deve fornecer elementos para despertar a curiosidade desses alunos, dessa forma vai surgir deles a vontade de aprende e obter mais informações e só aí a figura do professor irá intervir.
Os períodos pré-operacionais-operacionais e operacionais terão características próprias, portanto a criança no pré-operacional será centralizadora, egocêntrica, é irreversível e nesse momento iram acontecer mais assimilações do que adaptações, no operacional a característica do egocentrismo é reduzida diante das novas interações que iram surgir, por exemplo com novos coleguinhas na escola, vai haver também a descentralização na qual o aluno passa a enxergar mais características do objeto, passa também a acontecer um equilíbrio entre assimilação e adaptação, e por fim a criança sai do pensamento transdutivo e passa para um pensamento indutivo (do particular para o geral) e dedutivo (do geral para o particular)
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