Educação Brasileira Pública e Privada

Educação brasileira pública e privada

Falar sobre educação no Brasil parece ser fácil, porém o próprio fato de não termos uma boa qualidade de ensino, nos torna incapazes de perceber com maior clareza sobre o tema proposto. Tendo então como ponto de partida o artigo “o público e o privado em educação” (Bueno, Dourado) , e o vídeo “Pro dia nascer feliz”, além de outras leituras, podemos discorrer então em poucas palavras sobre: as diferenças entre o público e o privado na educação brasileira; políticas estabelecidas pelo Estado brasileiro; o papel da educação nas relações sociais bem como sobre o conflito entre o público e o privado.

Ao pensar sobre educação pública e privada , a primeira idéia que vem à tona é a de que parece haver um abismo; como se as privadas fossem muito superiores as públicas. Usamos para isto alguns divisores: estrutura física, bibliotecas, acesso a cultura extra sala de aula, laboratórios, salas informatizadas, quantidade de alunos por sala, seleção natural da classe social ( que reflete diretamente no desenvolvimento do aluno), discentes e docentes comprometidos ou não com o ensino-aprendizagem, plano de ensino e engajamento na realização dos mesmos, professores capacitados e competentes para o ofício . Apesar de as escolas privadas de base oferecerem melhor condições de ensino-aprendizagem, o fato é que elas não distanciaram tanto das escolas públicas , o que é percebido especialmente pelas notas/médias do ENEM , em que a diferença de pontos é de aproximadamente 150. Diante desta realidade , nos questionamos: onde está o problema?

Pensar nas políticas que o Estado brasileiro tem adotado e nas que pode assumir seria um passo em direção a melhoria na educação brasileira. O que não faltam são discursos defensores da educação pública, e defensores/protetores da privada. Havendo uma tendência a privatização do público ,e um subsidiar do privado pelo público. Neste embate entre privado e público , vale os interesses político-ideológicas pela supremacia .

Quanto ao papel da educação nas relações sociais, no curso do texto mesmo já sinalizamos alguns: educação tendenciosa, visando manter os interesses da classe dominante. Embora a educação seja um direito de todos e responsabilidade do Estado e da família, isso com gratuidade assegurado por Lei, nem sempre o indivíduo tem este acesso. É sabido que a educação tem como objetivo compartilhar informações de modo a gerar transformações sociais promovendo o bem estar do indivíduo e de uma sociedade melhor, tanto política,econômica , moral e social . As escolas especialmente as públicas de base recebem todo tipo de classe social, e precisa estar apta para tratar com as diferenças e particularidades de cada grupo, que trazem na bagagem diferentes experiências, que ao serem tratadas adequadamente podem de fato alcançar o alvo maior da pragmática da educação –ser agente de transformação social. Isso serve tanto para as camadas mais baixas da sociedade como as mais altas, uma vez que esta última tem em suas mãos maior condição de fazer a diferença.